01 de junho, 2005

Documentação:
Homilia do Senhor Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José da Cruz Policarpo
Santuário de Fátima, 12 de Maio de 2005

Queridos peregrinos,
Nesta missa de vigília, em Ano da Eucaristia, numa profunda união à memória do Santo Padre João Paulo II, que o proclamou, e do actual Papa, Sua Santidade Bento XVI, que repetiu o desafio à Igreja de celebrar este Ano da Eucaristia, somos todos convidados, com fé, com o coração aberto ao Mistério, a meditar no maior dom que Jesus deixou à Sua Igreja: a Eucaristia.
A espiritualidade eucarística faz parte, desde o início, da mensagem de Fátima, e da espiritualidade de Fátima. Mesmo ainda antes das aparições de Nossa Senhora, a aparição do Anjo aos Três Pastorinhos, na Loca do Cabeço, numa dessas aparições, Ele revelou-lhes a Eucaristia, e a importância de a Adorar.
E, conhecemos, pelas Memórias da Irmã Lúcia, o amor que os Três Pastorinhos, mas sobretudo o Francisco, tinham à Eucaristia. Como ele se refugiava, sempre que podia, em silêncio, para adorar Aquele a quem apreendeu a chamar o Jesus Escondido.
E, na pedagogia deste Santuário, sempre a Eucaristia. A Eucaristia-celebração, que se procura que seja cada vez mais solenemente vivida, mas também a Eucaristia- adoração, longa, por vezes sacrificada; sempre fizeram parte da pedagogia e da generosidade dos peregrinos, neste Santuário.
“Fica connosco Senhor!” – Foi o pedido, que ouvíamos agora no Evangelho, que aqueles dois discípulos fizeram ao Ressuscitado, que ainda não conheciam, e Ele ficou.
“Fica connosco Senhor!” – Foi o último grito de um grande crente, João Paulo II, dirigido a Cristo Ressuscitado, Senhor da Igreja, neste ano que ele quis todo consagrado à Eucaristia. “Fica connosco Senhor!”, e Ele ficou.
E nessa Carta Apostólica, já assumida pelo novo Papa, João Paulo II, chama a Nossa Senhora, a Maria, a “Mulher Eucarística”. É uma expressão que pode surpreender, mas Ela é verdadeiramente o ícone da Igreja, e portanto a Igreja tem que poder ler no coração dessa mulher imaculada o segredo do Mistério mais precioso que Lhe foi legado pelos seus Senhores? “Mulher Eucarística” significa que nós podemos descobrir e contemplar em Maria aquelas atitudes fundamentais que a Igreja deve ter para viver de uma maneira cada vez mais santa, e descobrir de uma maneira cada vez mais profunda este dom precioso da Eucaristia. 
Façamos isto, esta noite, contemplando Maria, e descobrindo no Seu olhar e no Seu Coração, essa atitude eucarística. Antes de mais, no Seu Coração Imaculado. A pureza sem mácula do coração da Virgem Maria é a Sua primeira atitude eucarística.
Já no Antigo Testamento era exigido que o cordeiro oferecido em sacrifico para glória de Deus fosse um cordeiro perfeito, sem defeito e sem mancha, e aos sacerdotes que o ofereciam era exigida uma purificação prévia, purificação dos seus pecados e dos pecados do povo, para que aquele sacrifício, que era apenas o símbolo anunciador do verdadeiro cordeiro pascal, que é Nosso Senhor Jesus Cristo, fosse o mais puro possível, o mais santo, porque era um sacrifício oferecido ao Deus três vezes santo.
Essa pureza total do cordeiro e do oferente só é realizada de forma perfeita e definitiva em Nosso Senhor Jesus Cristo. É por isso que Ele pode oferecer-se e pode oferecer-nos a Deus Pai, num acto humano que tem a pureza e profundidade do amor trinitário das pessoas divinas.
A Eucaristia é, na vida de Igreja e na nossa vida de cristãos, a maior motivação e a maior exigência de conversão e de purificação do nosso coração. É por isso que ela anda sempre aliada ao Sacramento da Reconciliação. Nós chamamos-lhe o Santíssimo Sacramento.
Abeirar-se da Eucaristia é, de certo modo, abeirar-se do trono de Deus, através de Cristo Ressuscitado. Como poderíamos fazê-lo sem por todo o empenho do nosso desejo de conversão na purificação do nosso coração?
Um dia no Céu perceberemos como a Eucaristia foi o sacramento que construiu progressivamente em nós esse coração novo, esse desejo de mudança de vida, esse desejo de não manchar com os nossos sentimentos e com as nossas impurezas a Santíssima Glória de Deus.
O Coração Imaculado de Maria pode oferecer-se completamente, aliás só um coração imaculado é capaz de uma oferta total – “Pai faça-se a Tua vontade. Eis a serva do Senhor”.
Enquanto estamos manchados pelo pecado vamos tendo desejos de dom, vamos fazendo gestos e actos de oferta, vamos querendo disponibilizar-nos para a glória de Deus e para a construção do Seu Reino; mas, enquanto o pecado nos dividir, nunca seremos capazes desta disponibilidade sem limites, dessa oferta sem condições, desse dom sem reservas.
Maria, na sua disponibilidade convida-nos a progredirmos, a aprender progressivamente essa atitude do dom, essa graça da disponibilidade, essa ousadia da oferta, para a glória de Deus e para a construção do Seu Reino.
Maria, Mulher Eucarística, foi a primeira que fez a experiência silenciosa da intimidade com o Seu Senhor. Indescritível, eu diria mesmo inimaginável; passou pelo Seu amor materno, que deu forma a uma grande crente, e que se manifestou, já, na antecipação na glória eterna.
O que seria aquela intimidade, deste Coração Imaculado de mulher? Com um filho imaculado, porque divino. Longas horas silenciosas, algumas solicitudes, guardava tudo no Seu coração. Aprendeu a amar, aprendeu a alargar o horizonte do amor, percebeu uma coisa, que nós levamos a vida toda a tentar perceber: que é possível amar a Deus amando os homens, que é possível reconhecer o rosto de Deus no rosto dos homens. É na eucaristia que podemos aprender isso.
João Paulo II fala de um enlevo amoroso que a Eucaristia gera naqueles que longamente, silenciosamente, tomam a sério essa prece – “Fica connosco Senhor”; para quem a Eucaristia é esse convívio sagrado, essa intimidade desejada e construída. É talvez onde a Igreja se aproxima mais da atitude contemplativa de Maria quando trouxe Jesus no Seu seio; quando o viu nascer em Belém; quando fugiu com Ele para o Egipto; quando o acompanhou ao templo de Jerusalém; quando sofreu com Ele e se alegrou com Ele nas vicissitudes da Sua missão; quando, no Calvário, o acolheu amorosamente, como que oferecendo-O de novo, aceitando a Sua morte, e oferecendo-O pela salvação do mundo. Nunca, como na Eucaristia, a Igreja se aproxima dessa atitude adorante do Coração Imaculado de Maria.
“Fazei tudo o que ele vos disser”. Ela guardava tudo no Seu Coração, disposta a tudo, a partir e a regressar. A Eucaristia é, para a Igreja toda e para cada Cristão, o ponto de partida de uma desinquietação missionária. É aí que aprendemos a urgência do Reino, é aí que o amor a Nosso Senhor Jesus Cristo, se torna qualquer coisa que queima o Coração, e que não permite ficarmos parados. 
É a partir da Eucaristia que partimos, partimos a anunciar, partimos a viver no realismo do Reino, partimos a ser sementes vivas de um mundo novo.
Cheia de Graça. Será maior graça para nós do que sermos associados a Cristo Pascal, Sumo Sacerdote, Bom Pastor, vítima eterna e definitiva, para glória de Deus Pai.
Sermos associados a Ele, com a dignidade real do nosso sacerdócio, a oferecer, a oferecer e a oferecermo-nos. Pela Eucaristia passa, todos os dias aquilo, que a Igreja tem de mais nobre, de mais digno, onde se afirma verdadeiramente a dignidade real daqueles que Cristo resgatou pelo Seu sangue.
Na Eucaristia, toda a Igreja é, de certo modo, cheia de graça.
Meus irmãos e irmãs, queridos peregrinos: olhemos silenciosamente, com muito amor, Maria Mãe de Jesus, Mulher Eucarística, e aprendamos com Ela, a não banalizar, a não desperdiçar, a não esquecer o maior que Deus deixou à Sua Igreja: Cristo Eucarístico, o bom Jesus Escondido.
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Homilia de D. José Policarpo,  Santuário de Fátima, 13 de Maio de 2005:
“Fátima e a comunhão com o Santo Padre
Queridos Peregrinos,
 1. Esta é a primeira Peregrinação Aniversária depois da morte do Papa João Paulo II e da eleição do seu sucessor, Sua Santidade Bento XVI. É ocasião propícia para meditar e aprofundar na relação, constitutiva da mensagem, de Fátima com o Santo Padre, seja ele qual for, porque o Papa da Igreja é sempre aquele que, em cada momento histórico, Deus pôs à frente do Seu Povo, como presença sacramental de Cristo Bom Pastor.
 O amor ao Papa está presente, desde o início, na mensagem e na espiritualidade de Fátima. Os pastorinhos rezavam continuamente pelo Santo Padre; e antevendo, em visão profética, os sofrimentos do Vigário de Cristo, a Jacinta exclama: “coitadinho do Santo Padre”. João Paulo II, cujo amor a Nossa Senhora, desde a sua juventude, é bem conhecido, tornou-se no Papa de Fátima, não hesitando em aplicar à sua pessoa a última parte das revelações de Fátima, vulgarmente conhecidas como o “terceiro segredo” de Fátima. Na sua paixão, cuja primeira concretização dramática foi o atentado de que foi vítima, na Praça de São Pedro, no dia 13 de Maio de 1981, a vida e o ministério de João Paulo II cruzaram-se misteriosamente com a Senhora de Fátima, pois considera dever à Sua protecção maternal o dom da vida. Nas suas peregrinações a este Santuário, nas visitas que, a seu pedido, a Imagem da “Capelinha” fez ao Vaticano em momentos solenes da vida da Igreja Universal, João Paulo II sublinhou o carácter sobrenatural e a actualidade salvífica das aparições em Fátima, contribuindo para a credibilidade eclesial e para a dimensão universal do que se passou e passa em Fátima. A Igreja em geral e Fátima em particular ficam-lhe devedoras dessa coragem profética, que integra as aparições de Fátima na actual história da salvação.
 Este legado de João Paulo II constitui para este Santuário, desde os seus responsáveis até aos peregrinos, não apenas uma dívida de gratidão, mas a responsabilidade de aprofundar esse elemento constitutivo da “mensagem”, o amor ao Papa como sublime expressão de amor eclesial. João Paulo II amou tanto Fátima, que arrasta Fátima para o amor ao Papa, seja ele quem for e sejam quais forem as expressões pessoais de apreço por este Santuário. Fátima tem de ser, cada vez mais, um lugar indiscutível de comunhão eclesial, manifestada na união ao Santo Padre, amor à sua pessoa e obediência ao seu Magistério. Mais do que qualquer outro lugar, Fátima deverá ser sempre o lugar onde a Igreja se reúne, seguindo o seu Pastor, acatando a sua palavra, rezando pelo que ele reza, desejando o que ele deseja, sofrendo com ele pelo triunfo do Reino de Deus. Só assim louvaremos Nossa Senhora, que aqui manifestou o seu papel peculiar na história da salvação.
 Hoje estou aqui a cumprir uma promessa que fiz a Sua Santidade Bento XVI. Quando, no final do Conclave, chegou a minha vez de o cumprimentar e jurar-lhe comunhão e obediência, o Santo Padre agarrou-me as mãos e falou-me de Fátima. E eu prometi-lhe, e ele agradeceu-me, que no próximo dia 13 de Maio viria pôr aos pés de Nossa Senhora o seu Pontificado. Aqui estou a cumprir a promessa, não apenas por devoção, mas com grande realismo pastoral, da visão da missão da Igreja no mundo contemporâneo, e peço-vos a todos vós que me acompanheis com fé e amor, neste consagrar a Maria o Pontificado que agora começa. Claro que o nosso coração exultará de alegria, se um dia pudermos renovar esta consagração com a presença física do Santo Padre neste Santuário. Mas não faremos depender disso a nossa oração contínua e a nossa comunhão com ele.
 2. Ao consagrarmos a Nossa Senhora o seu Pontificado, colocamos aos pés de Maria, os seus anseios, os seus projectos, a sua visão de Igreja e a maneira como pensa ser o seu Pastor. Oferecemos o seu silêncio, denso e carregado de esperança e, quem sabe, talvez de sofrimento, na certeza de que os anseios profundos do seu coração se irão manifestando á medida que se vão realizando. Confiamos nele e não precisamos de conhecer os seus sentimentos, para os oferecer. Mas há algo que gostaríamos de lhe prometer, no mesmo acto com que entregamos a Maria o futuro próximo da Igreja:
Prometemos-lhe, antes de mais, tudo fazer por manter este Santuário na fidelidade à mensagem e à vontade de Nossa Senhora. Tudo aqui deve ser actualização viva da mensagem; e porque se trata de uma mensagem de salvação, toda a sua proclamação e vivência tem de ser expressão do mistério da Igreja, sacramento universal de salvação. Uma campanha internacional está a lançar a confusão sobre a pureza de intenções do que se passa neste Santuário. A única resposta que lhe podemos dar é a autenticidade e a verdade sincera do que aqui fazemos, na obediência à Igreja e na fidelidade à mensagem de Nossa Senhora. Fátima é lugar de conversão, pela penitência e pela oração, e, devido á sua internacionalidade, pode expandir a sua fecundidade salvífica nos quatro cantos da terra, participando da universalidade do ministério de Pedro.
Prometemos-lhe escolher como prioridades as suas prioridades pastorais, sejam elas de aprofundamento da autenticidade da vida cristã, de diálogo ecuménico ou inter-religioso ou de construção da harmonia e da paz, para bem de toda a família humana. Seremos ousados quando ele for ousado, na obediência à sua palavra. Acolheremos todos com o mesmo espírito com que ele os acolhe, na certeza de que a todos os que visitarem este Santuário, Fátima falará de Nossa Senhora e do Seu Filho Jesus Cristo. Não há aqui, nem nunca haverá, “templos inter-religiosos ou inter-confessionais”. Há, isso sim, um Santuário onde Maria é Rainha e onde acolhe com amor de Mãe todos os que vêm com um coração recto, peregrinos da verdade e do amor. Fátima quer ser uma escola de comunhão e de oração. A próxima inauguração da Igreja da Santíssima Trindade, abrir-nos-á à fonte do amor inter-pessoal de Deus, fonte de todo o amor, como foi sugerido desde as aparições do Anjo. Nosso Senhor Jesus Cristo e o Espírito que nos envia, e Maria, Mãe de Jesus, serão sempre mensageiros do amor trinitário. Tudo em Fátima deve convergir para um contínuo hino de louvor ao amor trinitário de Deus.
Prometemos-lhe seguí-lo na defesa e proclamação do mistério da Vida. Esse é, aliás, o tema deste Santuário, para este ano: o respeito e a revelação da vida. Tendo em conta os problemas que se põem à volta da vida no mundo contemporâneo, a revelação e defesa da vida serão inevitavelmente, tema do seu Magistério.
A mensagem de Fátima é a proposta de um caminho de descoberta da vida, da verdadeira Vida. Só Deus é vivo, e pela criação comunicou a vida, que traz sempre a marca da beleza de Deus, a todos os seres vivos. Mas só o homem, criado á imagem da Vida de Deus, está vocacionado para atingir a plenitude da Vida. Essa plenitude foi já atingida num Homem, Cristo ressuscitado, que Se tornou no primeiro Homem verdadeiramente vivo e que partilha essa vida, através da acção do Espírito, a quantos n’Ele acreditam. Ele é o ponto de referência de toda a revelação da vida. Desligar a vida da sua fonte em Deus, é diminuí-la na grandeza do seu mistério, e sujeitá-la a todas as fraquezas e limites do pecado humano. Esse é o grito que brota da ressurreição de Cristo, da vitória da Vida sobre a morte: só é possível caminhar para a plenitude da vida, vencendo o pecado e a morte. Nossa Senhora é a primeira criatura que atingiu a plenitude da vida, em Jesus Cristo. A sua maternidade, que foi desde o início mistério de graça, atinge a sua verdade definitiva nessa ordem da graça, tornando-a “Mãe da Igreja”. Quando Jesus lhe diz: “Mulher, eis o teu filho”, anuncia a plenitude da vida que, na mulher, se exprime na plenitude da maternidade. Transformemos o lema deste ano “não matarás”, no propósito de promover sempre a vida, em todas as circunstâncias, porque pela promoção da vida passa a glória do Deus Vivo.
Neste Ano da Eucaristia, vamos celebrar este mistério, em comunhão com o Santo Padre. O culto da Eucaristia é outro elemento constitutivo da mensagem de Fátima. Cada celebração se prolonga, aqui, em adoração, e quando um peregrino adora é a Igreja toda que adora. São dois caminhos convergentes para aprendermos a louvar: contemplar o rosto de Maria e adorar o “Jesus escondido”, na Eucaristia. E o louvor é sempre expressão da Igreja, a cuja comunhão preside o Papa, e que tem em Maria a protecção solícita de uma Mãe.

† JOSÉ, Cardeal-Patriarca

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Também por D. José Policarpo:
Consagração ao Imaculado Coração de Maria, no final a celebração eucarística:
Santíssima Virgem Maria! Ao terminar esta nossa peregrinação, não queremos partir sem entregar à solicitude materna do vosso Imaculado Coração o empenho de todos nós na promoção e defesa do dom, sem preço, que é a vida.
Ressoe em nossos corações todo o encanto do mundo pelo dom da vida! Seja a vida de cada um de nós um cântico de acção de graças ao Deus vivo, Criador e Salvador!
Não se canse a Igreja de confessar diante do mundo a sua esperança na vida eterna, que nos foi merecida pela Morte e Ressurreição de vosso Filho Jesus Cristo!
Saiba cada um de nós promover, respeitar e defender, em todas as circunstâncias, a integridade, a dignidade e os direitos do ser humano – desejado ou imprevisto, são ou enfermo, escorreito ou deficiente - desde o momento da sua concepção, em todas as etapas da sua existência, até à morte natural.
Mãe do divino Amor, livrai-nos do egoísmo e da insensibilidade diante das graves carências de tantos irmãos nossos, sem pão, sem água, sem saúde, sem escola, sem liberdade, sem família, sem alegria.
Neste ano da Eucaristia, em que, com mais frequência e fervor, fazemos memória do Vosso Filho, nosso Advogado junto do Pai, implorai a misericórdia divina para todos nós! Purificai-nos da desorientação das ideias, do ódio e da indiferença com que desprezamos o quinto mandamento da Lei de Deus, e nos tornamos fautores de divisão, de guerra e de morte. 
Neste lugar da Cova da Iria, donde o vosso rosto irradia tão fortemente a luz de Deus, gratos pelos pedidos que nos fizestes, nós Vos consagramos, Maria, os nossos corações, as nossas vidas pessoais, e as nossas famílias!
Seguindo o exemplo que nos deixastes, Vós, a mais fiel dos discípulos de vosso Filho, convosco, e com Ele, nós nos entregamos ao Pai: por todos os nossos irmãos e irmãs; pela Igreja, que nos ensinastes a amar no Segredo de Fátima; e de modo particular pelo Santo Padre Bento XVI, que nos pediu expressamente Vos entreguemos aqui o seu pontificado.
Nós nos entregamos pelos irmãos que andam longe de Deus, e pelos que estão constituídos em autoridade, nas instituições, nacionais, europeias e internacionais.
Ajudai-nos, Mãe, para que em tudo e sempre, nos momentos de alegria, como nos vales tenebrosos de nossas divisões, nos demos as mãos para a promoção e defesa da vida, a fim de podermos um dia, suplantados os combates do tempo presente, passarmos os umbrais da eternidade, onde convosco continuaremos a viver, na glória de Deus, Pai, Filho e Espírito Santo. Ámen.

Mensagem enviada a Bento XVI:
«Santo Padre Bento XVI:
Muitos milhares de Peregrinos, de todas as nacionalidades, encontram-se no Santuário Mariano de Fátima ,na primeira peregrinação aniversaria internacional do ano 2005.
Preside o Senhor Cardeal Patriarca  de Lisboa, estando também presentes muitos bispos e presbíteros.
Todos saudamos efusivamente o Santo Padre Bento XVI.
Recordamos que neste Santuário, em 1996, falou da generosi­dade festiva de Deus. Na Homilia disse: "O Senhor ofereceu aos convidados das bodas de Caná cerca de 600 litros de saboroso vinho ...A abundância é ó sinal de Deus".
Nós cremos e queremos que abundantes graças sejam derra­madas sobre todo o mundo, para que haja paz. Neste ano da Eucaristia, rezamos e empenhamo-nos para que a riqueza do Grande Mistério fortaleça a conversão e a mudança para uma vida melhor. E esperamos ver e ouvir Vossa Santidade, muito em breve, aqui neste Santuário Mariano de Fátima, altar do mundo, a proclamar que a vontade sal­vífica de Deus, com a sua força abundante, vai encaminhando tudo e todos para ò triunfo  do Coração Imaculado de Maria, Mãe do único Salvador, Jesus Cristo.
Santo Padre, temos saudades do Papa João Paulo II, que peregrinou três vezes a este Santuário e beatificou os Pastorinhos Francisco e Jacinta Marto. Mas também temos a grande Alegria de receber o novo Papa, Bento XVI, que o Espírito Santo nos oferece.
Rezamos pelas intenções e pela pessoa de Vossa Santidade, e pedimos à Mãe, que aqui se mostrou ´mais. Brilhante que o sol´ , para   que o Pontificado do actual Papa da Igreja Católica seja uma salutar Bênção para todas as pessoas e nações».
Fátima, l3 de Maio de 2005
O Bispo de Leiria-Fátima
D. Serafim de Sousa Ferreira e Silva
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Missa, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima

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Rosário, na Capelinha das Aparições

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