14 de outubro, 2006

Peregrinação Internacional Aniversária de Setembro
12 e 13 de Setembro em Fátima
Tema: “Não cometerás adultério”

Presidiu à Peregrinação Aniversária de Setembro D. Ilídio Leandro, Bispo de Viseu.
D. Ilídio Pinto Leandro foi ordenado bispo no dia 23 de Julho deste ano, na Sé de Viseu. Presidiu à celebração de ordenação D. António Marto, Bispo de Leiria-Fátima e antecessor de D. Ilídio como Bispo de Viseu.
No dia da ordenação episcopal e da entrada na Diocese de Viseu, D. Ilídio Leandro, que escolheu como lema episcopal "CONVOSCO, POR CRISTO, PARA TODOS", orou à Virgem pelo seu novo trabalho pastoral.
“MARIA, minha Mãe e padroeira desta nossa Catedral (de Viseu), acolhe-me e sustenta-me nos Teus braços! Nos Teus braços, mostra-me o Rosto do Teu Filho, Jesus Cristo. Dá-me a alegria do serviço humilde e confiante! Ensina-me a viver a Palavra do Pai, tornada Carne em Teu Filho Jesus Cristo e concede-me a bondade de ser, como Tu, a expressão e o anúncio das maravilhas e das graças do nosso Deus. AMEN!”, rezou o novo prelado, na cerimónia da tomada de posse.
--------------------------
13 de Setembro Eucaristia
Homilia de D. Ilídio Leandro:
«Celebramos a Senhora de Fátima, a Senhora mais branca que o sol, sob o título de "Maria, Mãe do Amor Formoso".
É o Amor Formoso, enquanto Belo, Bom, Verdadeiro e Feliz... que todos nós procuramos. É este Amor que, na linguagem de Santo Agostinho, nos faz sonhar, buscar, correr, levando o coração a não descansar sem O encontrar... Não é este Amor, nos mais diversos nomes e acepções, a fonte da paz, da serenidade e da alegria... no fundo, a fonte da felicidade?... Não é a sua ausência que nos faz correr e que nos toma insatisfeitos, vazios e infelizes?!...
Maria é a Sua Mãe, como lhe é atribuído na 1ª leitura, na interpretação da Igreja. Ela pode e quer guiar-nos até Ele, pois nela está "toda a graça do caminho e da verdade". Ela pode e quer apresentar-nos a Ele, pois que convida a aproximarem-se dela todos os que desejam saciar-¬se dos seus frutos. É para nos apresentar ao Filho que nos convida para Ela. Quais as exigências deste Amor Formoso e que nos pede Ele como condições?... Vamos à Palavra de Deus.
A 2ª leitura diz-nos que este Amor é, sobretudo, entrega e comunhão.
O amor não é outra coisa – procura o outro porque não pode estar só. Encontrando o outro, une-se a ele, pois só quer existir para o outro e pelo outro. A referência para esta tese é a relação de amor entre Cristo e a Igreja. Esta referência é a plenitude de toda uma História de amor e de Salvação que nos é relatada no Antigo Testamento. Descreve-nos uma procura e um chamamento permanente... Deus procura e chama o Seu povo. A ele Se entrega por amor, para que o mesmo povo encontre a felicidade e a paz. A recusa deste chamamento e a fuga a esta procura leva o povo ao exílio, à escravidão, à derrota, à solidão... Precisamente porque não quer o Amor, foge do Amor; adultera-se em idolatrias prostitutas; não encontra a satisfação ou a paz... Porém, o Povo vai experimentando que só o amor enche o coração porque, ainda com Santo Agostinho, Deus criou-nos assim e quer-nos assim, à Sua imagem e com a Sua marca de infinito no coração.
Este chamamento ao amor e à comunhão atinge o auge e a plenitude na Eucaristia. Maria, a Mãe do Amor Formoso é, também, a Mãe da Eucaristia, pois, ali, realiza-se o Amor na plenitude de Comunhão, de entrega, de unidade, assumindo-nos n´ Ele para termos vida em abundância.
Nasce daqui a grande riqueza do Matrimónio, comparado, enquanto mistério grande, ao Grande Mistério da união de Cristo com a Igreja, que tem a referência máxima na Eucaristia, pois Jesus faz a Igreja e a Igreja, no dizer de João Paulo II, faz a Eucaristia. O matrimónio, na união entre homem e mulher, é grande mistério porque o homem é chamado a sair de si mesmo, da sua própria casa, para, no amor, consumar a comunhão com a sua esposa, sendo uma só carne, na unidade da entrega e na riqueza da mútua doação.
É este um belo exemplo do amor que procura permanentemente o outro para viver com o outro e construir com ele a comunhão: um amor ao jeito de Deus que procura a relação com o Seu povo; um amor ao jeito de Deus feito Homem que procura a relação com a Igreja, com cada um de nós. Relação consumada e levada ao máximo na entrega de Deus Filho à Igreja no Mistério Pascal, vivido e celebrado na Eucaristia.
Quem entende e vive assim o amor, não o vive apenas em palavras nem o quer finito ou sujeito a condições de interesse ou de conveniência... Vive-o, procurando entrar nos movimentos e dinamismos do amor… Movimentos e dinamismos que, no dizer do Papa Bento XVI, convidam ao ágape, à realização da felicidade na suma comunhão. Este amor não usa o outro; não subalterniza o outro; não esquece o outro... Ao contrário, tem o outro sempre em primeiro lugar; escuta e adivinha o coração do outro; vive de modo a que o outro viva e seja feliz; ama o outro como a si mesmo; sabe que não é feliz se o outro não é feliz também.
É assim o nosso amor?...
É assim que amamos os irmãos?... É assim que os casais entendem o amor no casamento e na família?...
Que bela lição nos é dada na 1ª leitura que ouvimos há pouco!...
Como o mundo teria a ganhar com a aprendizagem• desta lição e das suas consequências!... Como tudo seria diferente, se o mundo lesse e entendesse a história à luz do Amor Formoso, ensinada por Sua Mãe... Não se preocupava tanto com as seringas e a sua troca ou as salas onde se droga... mas com a vida e saúde das pessoas e com as soluções para os problemas concretos... Não se preocupava tanto com a morte dos terroristas, continuando a obra começada, imortalizando os marcos negros da história, mas preocupava-se mais com as vítimas de milhões e milhões que sofrem as consequências... Não se preocupava tanto com os preservativos e a segurança do sexo mas com a verdade, a responsabilidade e a formação da consciência para assumir a beleza do amor e da vida... Não se preocupava tanto por facilitar os divórcios, mas apostava mais na defesa do casal e da família...
Se o mundo lesse e entendesse a história, a comunicação social não preenchia as suas páginas e as suas horas com os problemas existentes, mas procurava encontrar, ver e mostrar ao mundo as soluções e as pessoas que as procuram e que vivem, amando e entregando-se por elas...
Para onde caminha o nosso mundo, o mundo que Deus ama, o mundo ao qual Deus Se entrega por amor, para o salvar?
Torna-se tão urgente viver o amor e inventar formas novas de amar que Jesus faz deste estilo de vida o Seu mandamento, o único mandamento, como nos diz o Evangelho. É este o Amor Formoso. É este o Amor que nos dá Maria, tornando-se Mãe de Jesus, o Filho de Deus. De uma forma tão simples, porque clara, porque experimentada e porque a única forma de seguir Jesus Cristo, Ele diz-nos hoje: "Assim como o Pai Me amou, também Eu vos amei. Permanecei no Meu amor". Nada mais simples... Não porque seja fácil amar assim, mas porque é condição para sermos cristãos, para sermos filhos de Deus, para nos assumirmos nos nossos compromissos sacramentais: baptismo, matrimónio, ordem... Tudo o mais que seja diferente – toda a espécie de adultério, prostituição ou idolatria – é desvio e fuga da alegria completa que só o amor nos dá.
O mundo precisa de alegria; o mundo precisa de amor; o mundo precisa de paz; o mundo precisa de fidelidade ao Amor Formoso que nos vem de Maria e é, mesmo, a fonte da alegria, do amor, da paz e da felicidade...
Sem esta fidelidade aos valores do Amor Formoso; sem este acolhimento do convite do Livro de Ben-Sirá, personificado em Maria, a sociedade vive insegura, a fugir de si própria, pois ela própria provoca e gera o terror, a violência, a corrupção, a morte, toda a espécie de adultérios e de divórcios.
Peçamos à Mãe do Amor Formoso que nos entusiasme pela beleza do Amor e que nos dê o sentido da Sua alegria! ASSIM SEJA».   D. Ilídio Leandro, Bispo de Viseu

Informações:
Durante a Peregrinação Aniversária de Setembro, de acordo com informações da secretaria da Associação de Servitas de Nossa Senhora de Fátima, 2214 peregrinos foram atendidos, nas diversas secções de acolhimento: Posto de Socorros – 97; Confissões – 1419; Lava-pés – 183; Promessas – 353; Admissão de Doentes para a Bênção do Doente – 162.

Estiveram ao serviço durante estes dias: 94 servitas, 21 escuteiros, 1 mádico e 1 enfermeiro.
_______
12 de Setembro
Na noite de dia 12 de Setembro, 61 grupos de peregrinos vindos de catorze países participaram nas celebrações nocturnas da Peregrinação Aniversária de Setembro, presididas por D. Ilídio Leandro, Bispo de Viseu.
 Até às 20h00 (do dia 12), de acordo com informações da secretaria da Associação de Servitas de Nossa Senhora de Fátima, 1327 peregrinos foram atendidos, nas diversas secções de acolhimento: Posto de Socorros – 61; Confissões – 902; Lava-pés – 155; Promessas – 65; Admissão de Doentes para a Bênção do Doente – 104.
Terminada a Eucaristia e após o regresso da Imagem de Nossa Senhora de Fátima à Capelinha das Aparições, a Vigília de Oração continuou, como habitualmente nas peregrinações aniversárias, por toda a madrugada do dia 13, das 00h00 até às 7h00.
Todos os momentos de oração; que usualmente ficam a cargo de de movimentos religiosos ou outras de instituições católicas; foram desta vez orientados pelos capelães do Santuário de Fátima e contaram com a participação dos funcionários do Santuário, dos voluntários e seus familiares, que, pela primeira vez nesta celebração, se juntaram, de forma organizada, aos peregrinos do Santuário.
“A vigília de oração durante toda a noite é um dos grandes sinais de Fátima. Desde o início, o povo vinha de véspera. Muitos por fervor espiritual, alguns por não terem onde descansar, sempre as grandes noites de Fátima se caracterizaram pela oração e pela penitência: primeiro na igreja paroquial, depois no recinto do santuário, nas colunatas e na basílica. Eram e são noites de Deus, noites de Céu, que não podemos deixar de renovar, até como reparação pelos males que vai semeando entre nós a multiplicação de noitadas de paródia, onde tantos desprezam a sua dignidade humana, esquecem a família, e perdem a graça divina”, escreveu o Reitor do Santuário no convite endereçado aos funcionários e voluntários do Santuário.
 “Noites de Fátima são para alguns de nós noites de trabalho, e devem ser para todos noites de vigília. Seremos generosos, que Nossa Senhora também o tem sido para connosco. Uns virão só para orar e meditar. Os que têm o dom da música ajudarão nos cânticos. Todos sairemos mais ricos espiritualmente. Todos mais decididos a amar este santuário, onde até irmãos de outros países longínquos passam também a noite connosco, apesar de nada compreenderem da nossa língua”, afirmou Mons. Luciano Guerra no seu apelo, acolhido por 65 funcionários e colaboradores voluntários do Santuário.
 
De seguida, apresenta-se a  homilia da Eucaristia da noite de 12 de Setembro:
EUCARISTIA - 12 de Setembro
Celebramos o Preciosíssimo Sangue de Jesus Cristo. O mesmo é dizer que celebramos a interioridade da vida, na sua fonte e totalidade. Celebramos o próprio núcleo do coração, enquanto símbolo e expressão da vida e do amor.
Jesus Cristo é de uma unidade e coerência extremas no cumprimento da vontade do Pai, entendendo-a como total entrega no Amor: sendo o Pai a fonte da Vida e do Amor; sendo Jesus Cristo, Deus com o Pai – a visibilidade e a Palavra do Amor – Jesus ama não com palavras humanas, mas como Palavra de Deus. Ama tomando-Se a prova e o sinal visíveis do Deus, Amor e Fonte de vida, dando o sinal máximo – o Seu Preciosíssimo Sangue...
Temos neste gesto a síntese, o cumprimento e a plenitude; o ágape e a coroa de toda à Redenção. Temos aqui a gramática e, ao mesmo tempo, a referência e a chave interpretativa para a nossa vivência do amor. Porque, sendo humanos, somos, por vontade e amor de Deus, Seus filhos; precisamente porque filhos, somos chamados à plenitude da pertença no Amor. Então, e por isso, devemos aprender esta gramática e ter em conta esta referência e chave interpretativa, sem o que desperdiçamos a Cruz e o Sangue de Cristo que, derramado por nós, nos purifica e nos embebe, transformando-nos n´Ele.
O amor cria uma relação. Na 1ª leitura que ouvimos, a relação é selada com o sangue aspergido sobre o povo, traduzindo a obrigação de fidelidade às palavras dadas e aceites – a base e os princípios da relação. Na 2ª leitura, S. Pedro lembra-nos que esse sangue de sacrifícios de animais, aspergido sobre o povo, era apenas o sinal da redenção plena e total, feita com o sangue que nos iria purificar definitivamente – o de Cristo. A nossa fidelidade já não é atestada por um sangue qualquer, mas vale o sangue de Jesus Cristo, o Cordeiro imaculado e sem defeito algum, que Se manifestou por nosso amor. O Evangelho apresenta um exemplo dessa fidelidade – o amor no matrimónio. O amor verdadeiro supõe a rejeição de qualquer divórcio; condena qualquer repúdio do outro, mesmo que não leve ao divórcio, pois significa sempre uma entrega a viver na doação e na entrega fiéis. O outro – todo o outro – é importante demais e vale o Sangue preciosíssimo do Senhor, de modo que, o repúdio no coração, mesmo sem a concretização exterior de actos visíveis, é ofensa ao outro e é repúdio, também, do Sangue de Jesus. De facto, a promessa do cumprimento de tudo o que diz o Senhor e que nós aceitamos, em juramento que nos compromete – nos sacramentos do baptismo, do matrimónio ou da ordem ou noutras promessas, mais ou menos solenes ¬essa promessa é quebrada, sempre que deixamos de viver o que prometemos, sempre que não somos fiéis aos compromissos assumidos...
Cometemos adultério quando nos desviamos dos compromissos e quando traímos a confiança que, sobre a nossa palavra e a nossa pessoa, os outros têm legitimidade de ter e de esperar. Isto porque, como nos diz o Senhor no Evangelho, "no começo não foi assim"... No começo do plano de Deus sobre o amor; no começo do meu enamoramento por tudo o que me levou a tomar uma opção decisiva na vida – pela pessoa do outro, no matrimónio ou pela pessoa de Jesus Cristo, na consagração... No começo está o amor; no começo está a fidelidade ao amor; no começo está a entrega ao amor; no começo está a confiança mútua e recíproca, assente no amor; no começo está um projecto para toda a vida, selado com a nossa vontade e o nosso compromisso e abençoado com o Preciosíssimo Sangue do Senhor Jesus Cristo... Esta e não outra pessoa; este e não aquele caminho de consagração; este e não aquele estilo e projecto de vida feliz... pessoa, caminho e projecto que foram tão fortes na minha decisão que me levaram a aceitar e a fazer "tudo o que o Senhor disse"... são eles o "começo", o "princípio", a que eu preciso de dar vigor todos os dias, renovando o compromisso firme e determinado que o Sangue do Senhor me ensina e me estimula a respeitar, a acolher e a amar. ..
A palavra "adultério" significa, na sua raiz, ir para outras opções, diferentes das assumidas, seja na fé, seja na doutrina, seja na ética – do baptismo, do matrimónio, da ordem ou de qualquer outro caminho de comportamentos humanos ou cristãos... Estamos habituados a radicalizar em determinados campos e a facilitar noutros... Porém, quem se desvia dos irmãos a quem deve amor e serviço fraterno, seja nos hospitais, nas políticas, nos direitos humanos, na vida sacerdotal, na vida familiar, no sector público ou no sector privado... está a cometer adultério, deixando compromissos e obrigações assumidas para beneficiar da negligência, da preguiça, do esquecimento ou da injustiça... deixando-se orientar por interesses e fugindo a compromissos...
Pergunto: estarei a diminuir a gravidade de um tipo de adultério por enumerar outros? Não nos pede o preciosíssimo Sangue de Jesus Cristo uma purificação e uma conversão de todas as nossas incoerências, hipocrisias e mentiras, assumindo a nossa unidade e integridade de vida?
Senhor Jesus Cristo, Tu que derramas o Teu Preciosíssimo Sangue sobre todas as minhas fraquezas, que eu me purifique de toda a minha timidez e que assuma, com coragem e valentia, todos os meus compromissos, vivendo-os na alegria do amor e da entrega aos irmãos. Que eu viva a fidelidade da palavra, a interioridade da decisão e da responsabilidade e a coerência do amor e das atitudes, imitando a Bem-aventurada Virgem Maria, Tua e nossa Mãe, a sempre fiel à Palavra que és Tu, vinda do Pai e a Quem somos chamados a escutar com a assistência e com os dons do Espírito Santo. AMEN.
D. Ilídio Leandro, Bispo de Viseu
 
---
ARQUIVO
D. Ilídio Leandro em entrevista:
«Fátima é o deserto do "reencontro"»

D. Ilídio Leandro, Bispo de Viseu, presidirá à Peregrinação Internacional Aniversária de Setembro, 89 anos após a quinta aparição de Nossa Senhora em Fátima.
O anúncio foi feito pelo Bispo de Leiria-Fátima, na conferência de imprensa realizada no Santuário de Fátima, na tarde do dia 12 de Agosto.
O novo bispo português, cuja ordenação e entrada na Diocese de Viseu tiveram lugar a 23 de Julho, foi o primeiro a ser convidado por D. António Marto, que tomou posse na Diocese de Leiria-Fátima a 25 de Junho, para presidir a uma peregrinação aniversária neste santuário mariano.
 Em breve entrevista à Sala de Imprensa do Santuário de Fátima, o bispo que escolheu como lema episcopal "CONVOSCO, POR CRISTO, PARA TODOS" fala sobre o convite feito pelo seu antecessor na Diocese de Viseu e sobre a sua experiência de peregrino de Fátima.
1. Com que sentimentos recebeu o convite de D. António Marto?
D. Ilídio Leandro – Recebi o convite com muita alegria, ainda que com o sentido da responsabilidade e seriedade que comporta. O facto de vir do Senhor D. António Marto honra-me de forma muito especial, pois vem de uma pessoa que me diz muito, que significa muito para mim – o meu antecessor, em Viseu; alguém por quem Viseu nutre uma admiração e carinho muito especiais pelo que significa para todos nós.
2. No dia da sua ordenação e entrada na Diocese de Viseu, terminou o seu discurso com umas palavras dirigidas a Nossa Senhora. Maria tem um lugar especial no seu coração?
D. Ilídio Leandro –
Como não podia deixar de ser. Maria tem o lugar de MÃE no meu coração. MÃE dada por Jesus a mim e a todos nós. Em mim, só pode ter o lugar que teve para S. João: "E dessa hora em diante o discípulo levou-a para sua casa" (Jo 19, 27). Eu quero ser este "discípulo".
3. É peregrino habitual do Santuário de Fátima?
D. Ilídio Leandro – Até agora, não tenho ido, habitualmente, às peregrinações aniversárias. Vou, todos os anos, mais do que uma vez, passar 2 ou 3 dias a Fátima, no silêncio do encontro com a Mãe. Quando estou muito cansado, Fátima é o deserto do "reencontro".

----

 
PDF

HORÁRIOS

07 jul 2024

Missa, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima

  • 07h30
Missa

Rosário, na Capelinha das Aparições

  • 10h00
Terço
Este site usa cookies para melhorar a sua experiência. Ao continuar a navegar estará a aceitar a sua utilização. O seu navegador de Internet está desatualizado. Para otimizar a sua experiência, por favor, atualize o navegador.