12 de junho, 2007



- Por uma paz sem armas, um progresso sem explorações e uma justiça sem ódios -

Terminou, ao final da manhã de 13 de Junho, a Peregrinação Internacional Aniversária, presidida por D. Serafim Ferreira e Silva, bispo emérito de Leiria-Fátima. Celebrou-se nesta data o 90º aniversário da segunda aparição de Nossa Senhora do Rosário de Fátima aos três Pastorinhos.
Com o tema "Deus, Pai da Misericórdia", esta peregrinação congregou milhares de peregrinos no Santuário de Fátima. Inscreveram-se para participar na Eucaristia internacional, celebrada no Recinto do Santuário, 39 grupos de peregrinos, vindos de quinze diferentes países.
Concelebraram o Bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto; o bispo emérito de Natal/Brasil, D. Heitor Araujo Sales; e Mons. Guido Fiandino, Bispo Auxiliar de Torino/Itália. 198 peregrinos cumpriram as suas promessas. No Posto de Socorros do Santuário foram atendidas 50 pessoas. 414 fiéis confessaram-se e 102 receberam a bênção do doente.
Durante a homilia, D. Serafim exortou os peregrinos a celebrar e a praticar a misericórdia, e lançou um apelo à paz e à justiça. "Celebremos a misericórdia de Deus e pratiquemos a misericórdia entre os homens, numa solidariedade de compromisso recíproco, de tal modo que cada um pode fazer o que lhe é próprio na construção de uma grande família, alicerçada na verdade, na vida, na entreajuda, na comunhão. Nós queremos uma paz sem armas, um progresso sem explorações ou escravaturas, queremos uma justiça sem ódios, sem retaliações ou vinganças. Não é uma fantasia, nem uma utopia, é a força do Evangelho e a Palavra de Deus encarnou, fez-se homem para nos ajudar a reconstruir harmonia, à luz de Deus", afirmou o prelado. 



No momento seguinte, os fiéis suplicaram a Nossa Senhora, Mãe da Reconciliação, pelo Santo Padre, para que o Sumo  Pontífice não deixe de exortar os homens à reconciliação com Deus. Rezou-se também por aqueles que sofrem por causa da guerra "para que resistindo à tentação do ódio e da vingança, sejam operadores de paz para com todos", e por todos os doentes "para que ofereçam as suas dores pela reconciliação de todos os homens". Uma outra intenção de oração foi para com "aqueles que ouviram e hão-de ouvir a voz do Senhor que os chama a segui-Lo para o serviço de edificação do seu povo" e "pelos consagrados ao reino de Deus, para que vivam o seu chamamento com a mesma dedicação com que Maria se colocou ao serviço do Senhor".
Por seu lado, antes da bênção final, o Bispo de Leiria-Fátima D. António Marto dirigiu-se também a todos os peregrinos, em especial aos doentes, recordando as palavras de Nossa Senhora a 13 de Junho de 1917. Afirmou: "Nossa Senhora diz a cada um de nós o que disse há 90 anos a Lúcia: não desanimes que nunca te deixarei só, o meu Coração Imaculado será o teu refúgio e conduzir-te-á a Deus". Depois, D. António Marto pediu aos peregrinos para que fizessem ½ minuto de silêncio, para que cada um individualmente se consagrasse a Nossa Senhora. 


 
 
Contou a Irmã Lúcia, nas suas memórias que no "Dia 13 de Junho (de) 1917 – Depois de rezar o terço com a Jacinta e o Francisco e mais pessoas que estavam presentes, vimos de novo o reflexo da luz que se aproximava (a que chamávamos relâmpago) e, em seguida, Nossa Senhora sobre a carrasqueira, em tudo igual a Maio.
– Vossemecê que me quer? – perguntei.
– Quero que venhais aqui no dia 13 do mês que vem, que rezeis o terço todos os dias e que aprendam a ler. Depois direi o que quero.
Pedi a cura dum doente.
– Se se converter, curar-se-á durante o ano.
– Queria pedir-Lhe para nos levar para o Céu.
– Sim; a Jacinta e o Francisco levo-os em breve. Mas tu ficas cá mais algum tempo. Jesus quer servir-Se de ti para Me fazer conhecer e amar. Ele quer estabelecer no mundo a devoção a Meu Imaculado Coração (15).
– Fico cá sozinha? – perguntei, com pena.
– Não, filha. E tu sofres muito? Não desanimes. Eu nunca te deixarei. O meu Imaculado Coração será o teu refúgio e o caminho que te conduzirá até Deus.
Foi no momento em que disse estas últimas palavras que abriu as mãos e nos comunicou, pela segunda vez, o reflexo dessa luz imensa. Nela nos víamos como que submergidos em Deus. A Jacinta e o Francisco parecia estarem na parte dessa luz que se elevava para o Céu e eu na que se espargia sobre a terra. À frente da palma da mão direita de Nossa Senhora, estava um coração cercado de espinhos que parecia
estarem-lhe cravados. Compreendemos que era o Imaculado Coração de Maria, ultrajado pelos pecados da humanidade, que queria reparação.
Eis, Ex.mo e Rev.mo Senhor Bispo, ao que nos referíamos, quando dizíamos que Nossa Senhora nos tinha revelado um segredo em Junho. Nossa Senhora não nos mandou, ainda desta vez, guardar segredo, mas sentíamos que Deus a isso nos movia".

International Anniversary Pilgrimage of June 2007
- For peace without arms, progress without exploitation and justice without hate -

The International Anniversary Pilgrimage of June ended around Noon on the 13th and was presided over by His Excellency Serafim Ferreira e Silva, Bishop Emeritus of Leiria-Fatima. On this date we commemorated the 90th anniversary of the second apparition of Our Lady of the Rosary of Fatima to the three Little Shepherds.
This pilgrimage, which had as its theme ‘God, Father of Mercy’, congregated in the Shrine of Fatima thousands of pilgrims. 39 pilgrim groups, from fifteen different countries, had previously signed up to take part in the International Mass, which was celebrated outdoors, in the Prayer Area.
The Mass was concelebrated by Bishop António Marto, of Leiria-Fatima; His Excellency Heitor Araújo Sales, Bishop Emeritus of Natal/Brazil; and His Excellency Guido Fiandino, Auxiliary Bishop of Turin/Italy. 198 pilgrims fulfilled their vows. In the First-Aid Station of the Shrine 50 people were seen; there were 414 confessions; and 102 people received the blessing of the sick.
In his homily, Bishop Serafim urged the pilgrims to celebrate and practice mercy and launched an appeal to peace and justice. “Let us celebrate the mercy of God and let us practice mercy amongst men, in a solidarity of mutual commitment, so that everyone may do what he can in the building up of a great family, founded in truth, life, mutual help, communion. We want peace without arms, progress without exploitation or slavery; we want justice without hate, retaliation or revenge. This is not a fantasy nor a utopia, but the force of the Gospel. For the Word of God became man and dwelt among us in order to help us bring back harmony in the light of God”, the prelate stated.

During the Prayer of the Faithful, the faithful prayed to Our Lady, Mother of Reconciliation, for the Holy Father, that he may not cease to urge men to reconcile themselves with God. Prayers were also offered for those that are suffering the consequences of war “that they resist the temptation of hate and revenge and make peace with everyone”; and for the sick “that they offer up their aches and pains for the reconciliation of all men”.
Another prayer was said for “those who heard or will hear the voice of the Lord calling them to follow Him in building up His people” and “those already consecrated to the Kingdom of God, that they live their calling with the same dedication that Mary placed in serving the Lord”.
Before the final blessing it was the turn of Bishop António Marto, of Leiria-Fatima, to address the pilgrims, specially the sick, reminding them of the words of Our Lady on June 13, 1917: “Our Lady tells each one of us what She told Lucy 90 years ago: don’t be discouraged, for I will never leave you alone; My Immaculate Heart shall be your refuge and shall lead you to God”.




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