03 de setembro, 2023
Pe. Joaquim Ganhão lembra que “o seguimento de Cristo comporta e exige um envolvimento da pessoa toda, por toda a vida”Em Koclirov, o Pe. Carlos Cabecinhas afirmou que “Ser cristão implica fazer da vida um dom generoso a Deus e aos irmãos”
O Recinto de Oração do Santuário de Fátima acolheu a missa dominical presidida pelo Pe. Joaquim Ganhão, Diretor do Serviço de Liturgia, que convidou os peregrinos presentes na Cova da Iria a pensar sobre a procissão de entrada para a eucaristia. “O avançar lento e decidido dos ministros e do presidente da celebração atrás da cruz, atravessando este Santuário para chegar ao altar, exprime visivelmente a mensagem deste domingo”, disse, evocando a Palavra do Senhor hoje proclamada. “Não se trata apenas de caminhar atrás de Cristo, mas sobre tudo de partilhar com Ele o Seu estilo de vida, o seu destino, o seu modo de ser”, reiterou. O sacerdote alertou ainda para o facto de tantas vezes em que se corre o risco de “programar cruzes, e quando a cruz de cada dia nos bate à porta, queremos fugir, a cruz de todos os dias, é aquela cruz que não programamos mas nos bate à porta, coisas pequeninas que ferem o nosso coração, cruzes de outros, como uma doença inesperada, é esta a cruz de todos os dias e que não programamos, seja material ou espiritual, e Jesus diz que é preciso agarrar esta cruz com todo o coração e com toda realidade da nossa vida e segui-Lo”. A comunidade cristã é “convidada a fazer do Altar o centro vivo da sua piedade e da sua fé, o lugar onde, com Cristo nos oferecemos ao Pai". Segundo o Pe. Joaquim Ganhão, “o seguimento de Cristo comporta e exige um envolvimento da pessoa toda, por toda a vida”, e a Eucaristia “enquanto nos conduz para a Cruz coloca-nos no mesmo dinamismo do Senhor, para que, na força do Espírito Santo, Ele faça de nós uma oferta permanente agradável ao Pai”. Com referência aos três pastorinhos, o sacerdote considera que “Maria fez três discípulos a quem ensinou a tomar a cruz todos os dias: oferecerem-se a Deus, rezarem pela conversão dos pecadores e pela Igreja”. Nos Serviços do Santuário, fizeram-se anunciar para esta celebração vários grupos de peregrinos oriundos de Portugal e Espanha.
Em Koclirov, na Chéquia, foi ontem dedicada uma réplica da Capelinha das Aparições de Fátima, numa iniciativa do Apostolado Mundial de Fátima. O Pe. Carlos Cabecinhas, reitor do Santuário de Fátima presidiu esta manhã a uma celebração na réplica da Capelinha das Aparições de Fátima, e perante os muitos peregrinos ali presentes afirmou que para seguir Jesus “é necessário renunciar a si mesmo e tomar a própria cruz”. “A vida plena, a que Jesus nos convida, só se atinge pelo caminho do dom de nós próprios, que é o caminho do amor”, disse ainda, explicando que o convite a tomar a cruz “não pretende absolutizar o sofrimento e a morte de Jesus, mas sim fazer-nos compreender que são o caminho para a ressurreição”. “O cristão não pode viver fechado em si próprio, preocupado apenas em concretizar os seus sonhos pessoais, os seus projetos”, acrescentou, afirmando que “Ser cristão implica fazer da vida um dom generoso a Deus e aos irmãos”. Os Santos Francisco e Jacinta, “aceitam o sofrimento daí adveniente, contudo, não procuravam o sofrimento pelo sofrimento, os sacrifícios pelos sacrifícios, se faziam sacrifícios, faziam-no pelos pecadores, para consolar Jesus Cristo e para reparar, como manifestação de amor, pois a meta não eram os sacrifícios, mas o amor a Deus e aos pecadores, uma vez que quem ama, sacrifica-se, renuncia a si mesmo, porque procura em primeiro lugar o bem daqueles que ama, e não o próprio interesse”. No mundo, existem réplicas da Capelinha de Fátima no Brasil, nos Estados Unidos da América, em Porto Rico, nas Filipinas. Em construção estão projetos idênticos no Panamá e na Ilha Samoa. |