09 de fevereiro, 2020
Pe. Carlos Cabecinhas desafia peregrinos a “assumir o compromisso de irradiar a Luz de Cristo”Reitor do Santuário de Fátima presidiu a eucaristia dominical na Basílica da Santíssima Trindade
O reitor do Santuário de Fátima, o Pe. Carlos Cabecinhas, presidiu esta manhã à eucaristia dominical na Basílica da Santíssima Trindade, e falou da exortação presente na liturgia deste domingo: ser “Sal e Luz”. “Jesus apresenta aos seus discípulos estas duas imagens expressivas da identidade cristã: «vós sois o sal da terra»; «vós sois a luz do mundo»”, explicou o sacerdote, dizendo ainda que essas representações pretendem “sublinhar que a fé cristã não é uma realidade para uso e consumo pessoal, a fé é expansiva e contagiante, capaz de marcar tudo o que a circunda”. O Pe. Carlos Cabecinhas considera que a fé “é muito do ambiente que vivemos, e desta forma o modo como vivemos deve levar o sabor de Jesus Cristo a todas as dimensões da nossa vida e às realidades da vida quotidiana”. “O cristão não é a fonte da luz, a verdadeira luz que nos ilumina é Jesus Cristo, e assim o discípulo de Jesus é chamado a irradiar essa luz de Cristo”, acrescentou o reitor do Santuário, por considerar que só é possível “ser luz do mundo se nos deixarmos nós próprios conduzir por essa luz, se nos deixarmos iluminar por Ele, em todas as dimensões e âmbitos da nossa vida”. Ser sal e ser luz significa “não nos envergonharmos da nossa fé, assumir atitudes e opções guiadas pela nossa fé e pelos valores evangélicos na nossa relação uns com os outros, no âmbito profissional, e na vida familiar”. “Ser sal e ser luz não significa procurar protagonismos, porque até o sal quando cumpre o propósito de temperar e dar sabor, é discreto”, e desse modo Jesus interpela a que “mais que a nossa palavra, que tenhamos a coragem de ser uma interpelação profética, um reflexo da luz de Deus e que não nos escondamos a nossa responsabilidade de cristãos”. Na sua reflecção, o Pe. Carlos Cabecinhas lembra que Jesus interpela cada um “a não se deixar vencer pela tentação de uma vivência de fé cómoda e instalada, mostra-nos o absurdo de uma vida cristã insossa e insípida, apática e medíocre”. “A verdadeira fé é aquela que é vivida em cada dia e em cada âmbito da vida e que é capaz de contagiar outros”, alertou. O reitor do Santuário lembrou ainda as palavras de São João Paulo II, na ocasião da Beatificação do Francisco e da Jacinta, por recorrer à imagem da luz, designando-os como «candeias que Deus acendeu». “Receberam a luz de Jesus Cristo, oferecida pelas mãos da Senhora mais brilhante que o sol, e não deixaram mais de a comunicar”, concluiu. Francisco e Jacinta Marto foram beatificados em 2000, em Fátima, pelo Papa João Paulo II. Em 2017 o Papa Francisco declarou os pequenos videntes Santos. O Santuário de Fátima está a preparar um programa celebrativo, que vai assinalar a efeméride do centenário da morte de Santa Jacinta Marto. As celebrações começam a 16 de fevereiro com o VI Concerto Evocativo dos Três Pastorinhos de Fátima na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima. |