25 de dezembro, 2018

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Pe. Carlos Cabecinhas considera que “celebrar o Natal é celebrar a certeza que Deus caminha ao nosso lado como guia”

Reitor do Santuário de Fátima presidiu esta manhã à missa da Solenidade do Natal do Senhor

 

O Pe. Carlos Cabecinhas, Reitor do Santuário de Fátima, presidiu esta manhã à missa da Solenidade do Natal do Senhor na Basílica da Santíssima Trindade.

Na sua reflexão, o sacerdote falou do “feliz anúncio” do tempo do Natal que “os nossos olhos contemplam no presépio, o mistério de Deus feito Menino, que vem ao nosso encontro e assume a nossa condição humana, um Deus próximo que vem viver a nossa vida”.

Os textos bíblicos proclamados não falam do nascimento, mas sim “do significado desse acontecimento, do significado mais profundo do Natal”, explicou, dizendo ainda que as leituras “convidam a contemplar o presépio e perceber o sentido dele, porque toda atenção se centra no sentido mais profundo do Natal”

“No Menino do presépio contemplamos Deus, que vem viver a nossa vida assume a nossa condição, vem viver a nossa vida para nos conduzir para Ele, para nos ajudar a experimentar a vida divina”, reiterou.

O Pe. Carlos Cabecinhas considera que “Deus torna-se companheiro de viagem nos caminhos das nossas vidas; e de facto, a nossa condição humana é condição de peregrinos e a nossa vida é uma caminhada, é uma peregrinação”.

Desse modo, “celebrar o Natal é celebrar esta certeza que Deus caminha ao nosso lado como guia, como auxilio, não caminhamos sozinhos”.

Segundo as palavras do Reitor do Santuário, neste “Jesus peregrino” é Deus “que se faz nosso companheiro de viagem e de tantos deslocados, refugiados e migrantes; é Deus que vem ao encontro de todos os que se encontram perdidos nos caminhos da vida: porque estão sós, porque não encontram sentido para a vida, porque se sentem injustiçados ou incompreendidos...de todos estes se faz companheiro de caminho”.

“No Menino do Presépio, Deus diz-nos que quer percorrer connosco os caminhos da vida, com tudo o que esses caminhos implicam e trazem”, lembrou.

Neste dia, o Pe. Carlos Cabecinhas afirmou ainda que “Jesus é a Palavra definitiva de Deus”, e esta palavra, “Não é uma palavra qualquer, superficial, vazia e banal, como são tantas vezes as palavras que ouvimos no dia-a-dia, o Deus-Menino é essa a Palavra capaz de dar sentido ao caminho das nossas vidas, capaz de atingir a profundidade da nossa existência, mas acima de tudo é a luz que guia e ilumina os nossos passos”.

“Todos nós fazemos a experiência das trevas, não apenas físicas, da falta de luz que nos impede de ver, mas sobretudo existenciais, quando não vemos o sentido da nossa vida, quando não vemos saída para os nossos problemas, dificuldades e dúvidas”, explicou e concluiu dizendo que “o Natal é festa de luz e no Menino do Presépio encontramos a Luz que ilumina as nossas vidas, mostrando-nos o imenso amor de Deus por nós”.         

Já na tradicional Mensagem de Natal, o Reitor do Santuário de Fátima, o Pe. Carlos Cabecinhas, lembrou essa “condição humana”, que é condição de peregrino e a nossa vida uma peregrinação.

“No mistério do Natal, Deus faz-se peregrino connosco e nosso companheiro de viagem”, explica, “toda a vida de Jesus Cristo é apresentada pelos Evangelhos como uma caminhada, uma viagem, uma peregrinação”.

“Dar Graças por peregrinar em Igreja” é o tema do ano pastoral de 2018/2019, o segundo de um ciclo de três anos, intitulado genericamente como “Tempo de Graça e misericórdia”, e que evoca a dimensão eclesial deste dom que Fátima é para a Igreja e para a humanidade.

Na mensagem o Reitor dá graças “por peregrinarmos em Igreja e por descobrirmos no Deus-Menino do presépio, Jesus Cristo, o Deus que se faz nosso Companheiro de viagem, o Guia e o Caminho que nos conduz à vida plena”.

Este ano, a coleta da celebração reverte a favor do projeto Nô Kume Sabi, em Cacheu, uma das regiões da Guiné-Bissau, onde a missionação está a cargo da Congregação das irmãs Franciscanas de Nossa Senhora da Aparecida, do Brasil, e para a Escola Antero Sampaio, dinamizada pelos padres Franciscanos, para compra de mesas para as novas salas de aula decorrentes da extensão da escola da 9ª classe para a 12ª classe.

Em Cacheu, e porque na Guiné-Bissau a ida à escola nunca é só a ida à escola, as irmãs trabalham na área da alimentação e da saúde com as mães e mulheres grávidas.

Em Canchungo, as irmãs criaram, há alguns anos, o Jardim Esperança, onde recebem as crianças para a educação de infância. Quando terminam esta etapa, as crianças passam para a Escola Antero Sampaio, dinamizada pelos padres Franciscanos, que tem desde o 1º ano até ao 12º ano.

Um dos objetivos deste projeto das Irmãs Franciscanas é o de prevenir e combater a desnutrição das grávidas e das crianças até aos 5 anos, através da produção e comercialização de uma mistura vitamínica composta por ingredientes de produção local, como é o caso da cabaceira, do caju, as sementes de abóbora, moringa, farelo de arroz, folhas de mandioca, e as folhas de batata-doce.

Numa outra ação desenvolvida por esta iniciativa, é proporcionado um quadro de formações semanais em ordem a uma gravidez saudável, um parto seguro e institucionalizado e um aleitamento materno exclusivo até aos 6 meses.

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