12 de maio, 2022

 

Pastorinhos foram canonizados há 5 anos

A 13 de maio de 2017, o Papa Francisco canonizava os beatos Francisco e Jacinta Marto. Momento é hoje recordado nas redes sociais do Santuário.

 

Durante esta Peregrinação Internacional Aniversária de Maio de 2022 celebra-se o 5º aniversário da canonização de Francisco e Jacinta Marto, que a 13 de maio de 2017 se tornaram nos mais jovens santos não-mártires da Igreja.

A canonização decorreu na Cova da Iria, durante as celebrações do Centenário das Aparições, presididas pelo Papa Francisco, depois de ter sido aprovado um milagre atribuído a Francisco e Jacinta, validado pelo Vaticano a 23 de março de 2017 e anunciado a 20 de abril, no final Consistório Ordinário Público para o voto sobre algumas Causas de Canonizações, naquela que seria a última etapa de um processo que durou 65 anos.

Às 10h26 dia dia 13 de maio de 2017, era declarada, pelo Santo Padre, no altar do Recinto de Oração, a santidade de Francisco e Jacinta Marto, num rito de canonização que decorreu logo no início da Missa e após o pedido formal do então bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, acompanhado pela Postuladora da Causa da Canonização de Francisco e Jacinta, momento que é recordado em véspera pelo Santuário de Fátima, num vídeo publicado nas redes sociais.

Também Lucas, a criança brasileira miraculada, subiu ao altar com a família, tendo oportunidade de abraçar o Papa neste dia histórico.

As relíquias dos novos santos foram expostas durante as celebrações, tendo integrado a procissão inicial e final da Missa desse dia.

Durante o dia da canonização, os túmulos dos Santos Pastorinhos, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, foram visitados por milhares de pessoas, que não quiseram partir do Santuário sem rezar diante dos mais jovens santos da Igreja.

Com a canonização, o dia 20 de fevereiro, dia da morte de santa Jacinta, ficou instituído como dia da Festa dos Santos Francisco e Jacinta Marto.

 

Francisco e Jacinta Marto: um história de santidade

Francisco Marto nasceu em 11 de junho de 1908 e foi batizado no dia 20 de junho. Jacinta, sua irmã mais nova, nasceu em 05 de Março de 1910 e foi batizada no dia 19 desse mês. Ambos nasceram em Aljustrel e foram batizados na paróquia de Fátima. Eram os mais novos dos sete filhos de Manuel Pedro Marto e de Olímpia de Jesus, e primos de Lúcia de Jesus (1907-2005).

Receberam, desde muito novos, uma educação cristã simples. Cedo se fizeram pastores do rebanho da família. Acompanhavam a prima Lúcia, um pouco mais velha, também ela pequena pastora. Os três pastorinhos veem um Anjo por três vezes, na Primavera, Verão e Outono de 1916, na Loca do Cabeço e no poço da casa da Lúcia, que os convidou à adoração a Deus. Em 13 de maio de 1917, foram visitados, na Cova da Iria, pela Virgem Maria, que lhes pediu que ali voltassem a cada dia 13 até outubro. No curso dos seis encontros, a Senhora do Rosário dá a ver aos pastorinhos a esperança que Deus oferece ao mundo tocado pelo sofrimento e pelo mal e convida-os a comprometerem-se com a conversão dos corações humanos, pela oração do rosário, pelo sacrifício reparador e pela consagração dos seus corações e do mundo ao Coração Imaculado. As vidas do Francisco e da Jacinta transformaram-se definitivamente à luz da Mensagem de Misericórdia.

O Francisco assume uma vida de contemplação, comprometido com a consolação de Deus que lhe parece estar «tão triste». A Senhora recomendara que ele rezasse muitos terços. E muito rezará o Francisco, procurando a solidão do monte ou a companhia do Jesus escondido no sacrário da Igreja paroquial para «pensar em Deus».

A Jacinta deixa-se impressionar pelo sofrimento dos pecadores e reza e sacrifica-se pela sua conversão, pela paz no mundo, e pelo Santo Padre: «Sofro muito, mas ofereço tudo pela conversão dos pecadores e para reparar o Coração Imaculado de Maria, e também pelo Santo Padre», confidenciou a Lúcia, na sua doença. E, pouco antes de morrer, dizia: «No Céu vou amar muito a Jesus e o Coração Imaculado de Maria».

Em 4 de abril de 1919, pelas 22h00, faleceu o Francisco, com apenas 10 anos. Adoecera, em outubro de 1918, com a epidemia broncopneumónica, tal como a sua irmã Jacinta, que adoece no final do ano de 1918. Esta virá a ser internada no Hospital de Ourém, e mais tarde em Lisboa, no Hospital de D. Estefânia. Falecerá sozinha, às 22h30 do dia 20 de fevereiro de 1920, com 9 anos.

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