16 de novembro, 2004

"Eu sou o Pão da Vida…"
Vamos transcrever algumas palavras que a Irmã Lúcia dedica ao Mistério da Eucaristia, que o Santo Padre escolheu para tema deste tempo, de Outubro de 2004 até igual mês do próximo ano.

 «Quando Jesus Cristo manifestou o Seu intento de ficar connosco na Eucaristia, para ser nosso alimento espiritual, a nossa força e a nossa vida, os fariseus escandalizaram-se e não acreditaram. Mas Jesus insistiu: ‘Eu sou o Pão da Vida… Se alguém comer deste Pão, viverá eternamente e o Pão que Eu hei-de dar é a minha Carne pela vida do mundo… Se não comerdes a Carne do Filho do Homem e não beberdes o Seu Sangue, não tereis vida em vós’ (Jo 6, 48-53).
 Destas palavras, é claro, que, se não nos alimentarmos da Sagrada Comunhão, não teremos em nós a vida da graça, a vida sobrenatural, que depende da nossa união com Cristo, pela comunhão do Seu Corpo e do Seu Sangue. Para isto ficou Ele na Eucaristia; para ser nosso alimento espiritual, o nosso Pão de cada dia, que sustenta em nós a vida sobrenatural.
 Mas, para nos podermos alimentar deste Pão, precisamos de estar na graça de Deus, como nos adverte São Paulo… Esta advertência do Apóstolo é para todos nós. Antes de nos aproximarmos da Mesa Eucarística, devemos examinar a própria consciência. Se encontrarmos em nós alguma culpa grave, é preciso primeiro purificarmo-nos, confessando os nossos pecados no Sacramento da Penitência, com verdadeiro arrependimento e propósito de não voltar a pecar. Sem estas duas condições, a nossa confissão não produz todo o seu efeito, ainda que o sacerdote, em nome de Deus, nos absolva. Deus vê a nossa confissão e confirma o perdão, concedido em Seu nome pelo sacerdote, na medida em que vir no nosso coração o arrependimento de O ter ofendido e a resolução que tomarmos de não voltar mais a ofendê-Lo…
Só depois de assim nos termos preparado, é que podemos receber o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, certos de que este Sacramento é para nós fonte de vida, de força e de graça, que nos torna agradáveis aos olhos do Pai, vendo em nós o seu Filho Unigénito, feito um só connosco, por essa união de plena e pessoal entrega d’Ele mesmo, a nós por amor.
Vemos que Jesus Cristo nos assegura da Sua presença real, em corpo e alma, vivo como está no Céu, em todas as partes onde se encontra o Pão e o Vinho consagrados.
Na Eucaristia está, sim vivo, porque pelo poder divino, ressuscitou para não mais morrer, e com o Pai e o Espírito Santo permanece para todo o sempre. Na verdade o filho de Deus detém o poder sobre a morte e a vida… Assim, Jesus Cristo ressuscitado é a nossa vida e a nossa ressurreição… É promessa d’Ele: ‘Eu sou o Pão da vida, o que vem a Mim jamais terá fome e o que acredita em Mim jamais terá sede… E a vontade de meu Pai é esta: que todo aquele que vê o meu Filho e acredita n’Ele, tenha a vida eterna… e eu ressuscitá-lo-ei no último dia’ (Jo 6, 35.40).
Cristo, presente nos nossos altares, não é só alimento e vida; é também vítima expiatória, que ali Se oferece ao Pai pelos nossos pecados. Na verdade a Santa Missa é a renovação incruenta do sacrifício da Cruz; é Cristo imolado como vítima pelos nossos pecados, sob as espécies do Pão e do Vinho. A Cruz, onde Ele deu a sua vida por nós, é a maior prova do seu amor e Ele quis, pelas suas próprias mãos, entregar a cada um de nós o memorial vivo dessa manifestação do Seu amor, instituindo a Eucaristia durante a Última Ceia».
Eis a lição que nos transmitiu a Irmã Lúcia neste Ano da Eucaristia.

Padre Fernando Leite
(Artigo publicado na edição da Voz da Fátima de Novembro 2004)

PDF

HORÁRIOS

07 jul 2024

Missa, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima

  • 07h30
Missa

Rosário, na Capelinha das Aparições

  • 10h00
Terço
Este site usa cookies para melhorar a sua experiência. Ao continuar a navegar estará a aceitar a sua utilização. O seu navegador de Internet está desatualizado. Para otimizar a sua experiência, por favor, atualize o navegador.