Padre Carlos Cabecinhas trouxe à reflexão a coerência entre a fé que se professa e o modo como se vive

Padre Carlos Cabecinhas trouxe à reflexão a coerência entre a fé que se professa e o modo como se vive

Reitor do Santuário de Fátima presidiu à missa deste domingo, no Recinto de Oração, e lembrou que ser cristão não é “um título que se use sem consequências”.

Na homilia deste XXI Domingo do Tempo Comum, o reitor do Santuário de Fátima convidou os peregrinos a refletirem sobre as opções que determinam o rumo da vida e a capacidade de as pôr em prática, dia após dia.

Tomando por base a Palavra de Deus professada este domingo, o padre Carlos Cabecinhas lembrou que a opção por Jesus e pela sua vontade é um caminho de exigência, que necessita de ser renovado a cada dia. Contudo, é também a única via que conduz “às verdadeiras alegrias”, referiu, durante a missa a que presidiu no Recinto de Oração. 

“É verdade que as palavras de Jesus ‘são palavras duras’ para os nossos ouvidos e as atitudes a que nos convida são exigentes”, afirmou. Reconheceu igualmente que “é fácil sentirmos a tentação de atenuar essa exigência, como é fácil sentirmo-nos tentados a acalmar a nossa consciência com algumas práticas cristãs, isoladas”.

No entanto, “ser cristão não é um nome, um título que se use sem consequências” ou “algo que possamos fazer uma vez e está feito”, sublinhou o sacerdote. “Dizermo-nos cristãos e não estarmos dispostos a acolher as propostas de Jesus é enganarmo-nos a nós próprios”, disse, remetendo a assembleia para a necessidade de coerência entre a fé que se professa e o modo como se vive.

O presidente da celebração lembrou ainda que “como os ‘Doze’, que escolheram ficar com Jesus, pois estavam convencidos de que só em Jesus Cristo encontravam ‘palavras de vida eterna’, também nós somos convidados a procurar em Jesus Cristo a orientação para o nosso agir e o sentido para a nossa vida”.

A terminar, o reitor do Santuário sublinhou que no centro da mensagem Fátima “está o convite à conversão”, “o desafio a fazermos as opções a que Deus nos chama”. E, nesse esforço, lembrou que não se está só. “Nossa Senhora acompanha-nos com o seu auxílio materno” e “nos Santos Pastorinhos de Fátima encontramos, não apenas intercessores por nós, mas também um exemplo do que significa optar por Jesus Cristo e viver de acordo com a Vontade de Deus”, referiu.