23 de maio, 2021
Pe. Carlos Cabecinhas considera que “Espírito que transformou os Apóstolos e os impeliu à missão, transforma-nos também a nós, hoje”Missa dominical no Recinto de Oração, foi presidida pelo reitor do Santuário de Fátima
O reitor do Santuário de Fátima, o Pe. Carlos Cabecinhas, presidiu esta manhã à missa dominical, no Recinto de Oração. Neste dia em que a Igreja celebra o Pentecostes, fizeram-se anunciar nos serviços do Santuário, três grupos de peregrinos, todos de Portugal. A celebração do Pentecostes “é o culminar de todo o Tempo Pascal que temos vindo a celebrar, pois o Espírito Santo é o grande dom que o Senhor ressuscitado concede aos seus discípulos, como mostrava o Evangelho agora proclamado”, explicou o sacerdote, lembrando que apesar de não ser visível, cada um é convidado a perceber os efeitos do Espírito Santo. A primeira leitura abordava “a transformação que se operou nos Apóstolos quando receberam o Espírito Santo: eles que antes estavam paralisados pelo medo, agora saem a anunciar Jesus Cristo, a testemunhar e a levar a todos não apenas a mensagem de Jesus Cristo, mas também a Sua presença viva de ressuscitado”. “O Pentecostes não é um acontecimento do passado, o Espírito que transformou os Apóstolos e os impeliu à missão, transforma-nos também a nós, hoje e como eles, também nós recebemos o Espírito Santo”, considera o Pe. Carlos Cabecinhas. O reitor do Santuário lembra que “recebemo-lo no nosso Batismo, que evocámos através da aspersão com água, no início desta celebração”. “Recebemos o Espírito Santo na Confirmação ou Crisma, recebemos o Espírito Santo quando participamos na Eucaristia e de facto, é por Sua ação que a Palavra proclamada se torna viva e fonte de vida para a assembleia reunida; é Ele que é o vínculo que nos une e forma a assembleia; é por ação do Espírito Santo que Cristo se torna presente, pela transformação dos dons do pão e do vinho no seu corpo e sangue; é o Espírito Santo que é invocado sobre nós, assembleia reunida, para que vivamos a comunhão celebrada na Eucaristia; pela comunhão eucarística, é também o Espírito que recebemos”, reiterou. Assim, “também nós recebemos o Espírito Santo, isso significa que também a nós é confiada a missão de anunciar Jesus Cristo, de O mostrar presente nas nossas vidas e no nosso mundo”. Na segunda leitura está presente um aspeto concreto do testemunho cristão, pois “recebemos o Espírito para estarmos ao serviço dos outros e receber o Espírito Santo implica sempre sairmos do círculo estreito dos nossos interesses para procurarmos o bem comum”. “Aqui se encontra o mais importante testemunho de Jesus Cristo que o Espírito nos impele a dar: o testemunho do amor, da caridade, de preocupação pelo bem dos outros, de disponibilidade para o serviço”, alertou, dizendo ainda que é este “o mais credível testemunho cristão, o mais significativo sinal de que nos deixamos, de facto, conduzir pelo Espírito de Deus”. “O Espírito Santo transforma a mundo, mas transforma-o através de nós, da nossa docilidade à sua ação”, explicou o sacerdote. O Pe. Carlos Cabecinhas recordou o Papa Bento XVI, que pouco de peregrinar a este Santuário, em 2010, afirmou: “Não há Pentecostes sem a Virgem Maria. Foi assim no início, no Cenáculo... E é sempre assim, em todos os lugares e tempos. ... Onde quer que os cristãos se reúnam em oração com Maria, o Senhor doa o seu Espírito”. Desta forma, os Santos Pastorinhos “aprenderam a docilidade ao Espírito Santo, que os conduziu à santidade”. “É com Maria que somos convidados a aprender a atenção aos outros e a vivência da caridade; é por sua intercessão que hoje invocamos o dom do Espírito”, concluiu. O Pentecostes é uma das celebrações mais importantes do calendário cristão, e assinala a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos de Jesus Cristo. |