02 de junho, 2024
Padre Carlos Cabecinhas considera que as palavras de Jesus no Evangelho “vêm questionar o modo como nos relacionamos com Deus e com os outros”Reitor do Santuário de Fátima presidiu à missa dominical no Recinto de Oração com a presença de vários grupos portugueses e estrangeiros
O Padre Carlos Cabecinhas, Reitor do Santuário de Fátima presidiu à missa dominical no Recinto de Oração com a presença de vários grupos portugueses e estrangeiros. Nesta celebração, e com base na liturgia deste dia, o sacerdote falou aos peregrinos do amor infinito de Deus por nós, um amor levado ao extremo”. “Quando imaginamos Deus demasiado semelhante a nós, criaturas humanas, traímos Deus e criamos ídolos”, alertou, falando ainda das palavras presentes no Evangelho deste domingo que “vêm questionar o modo como nos relacionamos com Deus e, consequentemente, com os outros”. “Vêm alertar-nos para o perigo de reduzirmos a relação com Deus ao mero cumprimento de umas tantas normas, e olhemos para o exemplo dos santos Pastorinhos de Fátima, uma vez que a sua relação com Deus era genuína, havia uma imensa preocupação por consolar, por fazer companhia a Jesus, por dar alegria”, explicou o padre Carlos Cabecinhas. Mas as palavras de Jesus no Evangelho, “levam-nos inevitavelmente a pensarmos no modo como nós, cristãos, encaramos e vivemos o domingo”. O domingo “é um dos valores fundamentais da comunidade cristã, pois nele se concentram, como num sacramento semanal, a centralidade de Cristo e da sua Páscoa, a experiência comunitária da Igreja, a celebração da Palavra de Deus e da Eucaristia”. “É também o modo como vivemos o domingo que a Palavra de Deus vem pôr em causa”, acrescentou, chamando atenção para “o risco de nos atermos à letra da norma, em vez de nos deixarmos orientar pelo seu sentido”. Quando assim é, “a participação na missa dominical torna-se apenas um preceito, que importa cumprir, mas não um encontro com Cristo, vivo, na assembleia de irmãos”. “O repouso dominical, mais que um preceito que importa cumprir, é um dom que nos liberta”, considera o reitor do Santuário de Fátima, “deixamos os trabalhos diários, para termos tempo para Deus e para os outros”. O descanso dominical “é um sinal que manifesta a nossa dignidade humana e cristã, orienta-nos para a relação com Deus e com os outros, sem formalismos que escravizam e as absolutizações que matam o espírito”, concluiu. Os peregrinos foram ainda convidados a ter presentes nas suas orações o 5.º Congresso Eucarístico a decorrer em Braga. Esta tarde a Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima acolhe mais um Encontros na Basílica, pelas 15h30, com entrada livre. |