06 de setembro, 2008

O padre Boaventura Domingos Vieira, da diocese de Leiria-Fátima, faleceu no dia 29 de Agosto, no Hospital de S. André, em Leiria. Tinha 79 anos de idade e era capelão do Mosteiro de Santa Clara, em Monte Real. O funeral realizou-se no dia seguinte para Santa Catarina da Serra, de onde este sacerdote era natural. Presidiu à celebração das exéquias o bispo diocesano, D. António Marto, que recordou o percurso deste sacerdote e disse estar grato a Deus pela vida e obras deste ministro de Cristo. De entre as suas qualidades, destacou o testemunho de dedicação, disponibilidade e generosidade no longo e zeloso ministério que este sacerdote desempenhou ao serviço da Igreja, em múltiplos lugares e actividades.
Filho de José Vieira Repolho e de Ana Maria, o Padre Boaventura nasceu a 1 de Janeiro de 1929, em Santa Catarina da Serra. Tinha 8 irmãos, um deles também sacerdote. Entrou para o Seminário de Leiria em 1942 e terminou o curso no ano de 1953, sendo logo ordenado sacerdote no Santuário de Fátima, no dia 12 de Julho. Pouco depois, foi nomeado coadjutor na paróquia de Monte Redondo. Em 1956, recebeu a missão de Pároco de Nossa Senhora dos Prazeres, em Aljubarrota, serviço que exerceu até Setembro de 1961. Neste ano, foi nomeado ecónomo do Seminário Diocesano, acompanhando os trabalhos de construção do novo edifício.
Cessado aquele serviço, em 1973, foi enviado para trabalhar na Diocese de Nova Lisboa, em Angola, onde também desempenhou funções de ecónomo do Seminário. Dali, em 1976, transferiu-se para o Brasil, onde, em São José do Rio Preto, estado de S. Paulo, exerceu a missão de administrador da Diocese e Pároco.
No ano de1987,  regressou à diocese de Leiria-Fátima, passando a colaborar com o seu irmão, Júlio, na pastoral paroquial da Maceira. Nesta paróquia, foi também professor de Educação Moral e Religiosa Católica. Dez anos depois, passou a ser adminstrador da Gráfica de Leiria, cargo que exerceu até Julho de 2007. Entretanto, desde 1998, exerceu também o serviço de Vigário Paroquial do Souto da Carpalhosa e de capelão do Mosteiro de Santa Clara, em Monte Real.
Era um homem pacífico e de trato simples com as pessoas.  Na sua actividade, por onde passou promoveu a construção de várias obras para o serviço da Igreja. As irmãs Clarissas, de Monte Real, testemunham que encontraram nele “um Sacerdote fiel, pacífico, delicado, discreto, caridoso, construtor de paz e de uma fortaleza incrível no abraçar a cruz da doença sem se queixar. Foi até ao limite das suas forças”. E louvam a Deus pelo dom da sua vida e do seu serviço sacerdotal, manifestando a sua “profunda gratidão e amor” pelo bem que lhes fez.
Do Brasil, o chanceler da diocese de São José do Rio Preto escreveu, apresentando “as mais vivas condolências” e manifestando o reconhecimento do clero e do povo brasileiro com o qual o padre Boaventura “muito trabalhou”, nomeadamente “na criação da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima”, na cidade de S. José do Rio Preto. Por seu lado, o Bispo emérito da mesma diocese, D. José de Aquino Pereira, que recebeu o P. Boaventura, também enviou à família uma mensagem, na qual manifesta a sua gratidão por este sacerdote. E diz: “Vamos pedir a Deus, por intermédio de Nossa Senhora de Fátima e dos Beatos Pastorinhos, que lhe dê no céu a recompensa de todos os seus trabalhos heróicos e seus muitos e grandes sacrifícios durante os anos que viveu aqui connosco. Aqui está um monumento vivo do seu trabalho apostólico, o nosso Santuário de Fátima por ele construído”.
Leiria, 30 de Agosto de 2008
P. Jorge Manuel Faria Guarda
Vigário Geral

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