20 de julho, 2008


No dia 13 de Julho 143 pessoas receberam  a Bênção de Doente.
Antes desse momento, um dos mais recentes capelães do Santuário de Fátima, neste caso aquele que está responsável pelo acolhimento aos peregrinos de língua espanhola, rezou com os doentes, que aguardavam a bênção no local que lhes é especialmente reservado na Colunata Norte.
Em Português, o Padre Ángel Antonio Alonso Ramírez afirmou:
Irmãos:
"E porque essas revelações eram extraordinárias, para que não me enchesse de orgulho, foi-me dado um espinho na carne, um anjo de Satanás, para me ferir, a fim de que não me orgulhasse. A esse respeito, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. Mas Ele respondeu-me: «Basta-te a minha graça, porque a força manifesta-se na fraqueza.»
De bom grado, portanto, prefiro gloriar-me nas minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo.
Por isso me com prazo nas fraquezas, nas afrontas, nas necessidades, nas perseguições e nas angústias, por Cristo. Pois quando sou fraco, então é que sou forte." (2.Cor 12,7 -1 O)
 
- Queridos irmãos doentes, que nos acompanhais pelos meios de comunicação social, e os que vos encontrais nesta celebração.
 
- "Três vezes pedi ao Senhor que o afastasse (de mim)". O tema da debilidade aparece nesta passagem que escutámos. Paulo por três vezes pediu ao Senhor que afastasse dele o espinho. “Com frequência o mundo se esquece que o nosso valor perante Deus não depende da inteligência, nem da saúde, que nos permitem tantos actos de generosidade. Estes aspectos poderiam desaparecer a todo o momento. O vosso sofrimento põe em evidência que o nosso valor perante Deus depende apenas da opção que tenhamos feito de amar o mais possível, de amar o mais possível na verdade, de ser amados com imensa ternura por Deus”. Muitos pensam que são demasiado pobres para contribuir com algo para a humanidade; pensam que não têm nada a dizer; ficam com a sensação de que as suas vidas rasgadas não importam nada a ninguém ... é compatível amar e sofrer?
 
- "Basta-te a minha graça". No meio de toda a dor e sofrimento, Deus derrama a sua graça sobre toda a carne, uma carne que leva um espinho. A carne, toda a debilidade do homem criado, a debilidade da nossa história diária, uma carne criada à imagem e semelhança de Deus, uma carne que leva as marcas das mãos criadoras, do amor do coração de Deus, e portanto, amada com imensa ternura. A nossa carne é Ungida pela Graça de Deus, pela sua ternura; na Cruz, a carne já não é inimiga de Deus, mas sim a Aliança que Deus estabeleçe com o Homem. Daí por diante haverá uma Aliança inquebrável no coração do homem, entre o Coração ferido do Senhor e o coração ferido de toda a pessoa humana: uma Aliança que se chama "MISERICÓRDIA"; o Amor faz-se misericórdia, a justiça converte-se em perdão e ternura. Amor e dor convertem-se nas duas vozes do único canto da ternura de Deus. Partilhamos com Ele o Seu próprio coração pobre.
O sofrimento e o amor não são incompatíveis, senão que a dor se converte no caminho de amar a Deus. Eis aqui a maior das façanhas da história: que a carne, a humanidade na sua debilidade, longe de ser inimiga do Espírito, é portadora do mesmo.
 
- "A força manifesta-se na fraqueza". Juntamente com a graça, o Senhor dá-nos a Sua Mãe. Em Fátima, onde apareceu com o Coração rodeado de espinhos, Maria mostra-nos que ela sabe o que é o sofrimento, a debilidade. Maria como Mãe, ensina-nos o caminho de crer, amar, adorar no nosso sofrimento e enfermidade. Ninguém como ela sofreu, ninguém como ela amou. Maria é a ternura de Deus. Na Cruz, o Coração de Maria dilata-se à dimensão dos sofrimentos da humanidade. Não há uma lágrima que não seja recolhida no coração materno de Maria. "Provai que amais esta Mãe, consagrando-vos ao seu Coração. Na consagração toda a pessoa humana se entrega a sua Mãe, e ela por sua vez será refúgio e consolo, porque é a arca onde os filhos depositam o seu coração." O amor de Maria para connosco é sempre terno, porque tem o seu fundamento em ser Mãe de Cristo; com o mesmo coração com que ama o seu Filho, nos ama a nós, seus filhos. Salus infirmorum, ora pro nobis.
 
 
 
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