11 de maio, 2018

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Obra de Clara Menéres elogiada pelo Santuário de Fátima, no dia do falecimento da escultora

Museu do Santuário de Fátima divulgou, esta madrugada, uma nota onde elogia a obra desta artista, autora da imagem do túmulo de Santa Jacinta.

O Museu do Santuário de Fátima divulgou, esta madrugada, uma nota onde elogia a obra Clara Menéres, que trabalhou por diversas vezes e em “momentos-chave” da vida do Santuário de Fátima. A escultora e professora catedrática, autora da imagem criada para o túmulo de Santa Jacinta, faleceu ontem, aos 74 anos de idade.

Ao enumerar os diversos trabalhos executados pela “autora que desafiou a arte portuguesa a partir do conceito de investigação” para o Santuário de Fátima, o comunicado adjetiva a obra de Clara Menéres como uma “modelação e investigação do transcendente cristão”.

A escultora é também a autora do presépio, criado em 2010, para o presbitério da Basílica da Santíssima Trindade. Mais recentemente, em 2016, foi a esta escultora que o Santuário recorreu para celebrar o Centenário das Aparições do Anjo, pedido que resultou numa peça artística que se encontra sobre a porta da capela do Anjo da Paz.

“Também a Clara Menéres o Santuário de Fátima recorreu como conselheira artística, nomeadamente quando a chamou a integrar os membros de júri de importantes concursos, como o que levou à criação das esculturas de Francisco e Jacinta (no recinto de oração) e à criação das obras de arte do novo presbitério inaugurado em 2016”, informa a nota que é assinada pelo diretor do Museu do Santuário de Fátima, Marco Daniel Duarte.

A temática de Fátima pontuou a vida desta autora nas diversas vezes que trabalhou a temática da Virgem de Fátima, em diversos espaços religiosos do país, dá conta o documento. É também da sua autoria a moeda comemorativa do Centenário das Aparições emitida pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda.

“A obra de Clara Menéres (…) situa-se, de facto, entre a modelação a investigação do mundo e do transcendente. Detentora de uma vasta cultura teológica, Clara Menéres olhava para a arte como uma forma de pensamento”, conclui a nota do Museu do Santuário.

Um forte ligação com o Santuário

Durante a sua vida, Clara Menéres estabeleceu uma ligação muito próxima com o Santuário de Fátima e com a Mensagem de Fátima. Por ocasião do Centenário das Aparições, a escultora foi uma das personalidades que deu o seu testemunho na rubrica de vídeo “Vozes do Centenário”, onde sublinhava a universalidade de Fátima como “sinal de esperança e de paz”.

“O Santuário de Fátima é um caso evidente de um espaço escolhido por Deus para aí se manifestar, através de Nossa Senhora, enviando-nos uma mensagem universal. O lugar não é indiferente nem desligado da Mensagem. As pessoas mais sensíveis sentem que, em Fátima, se tem vindo a construir um centro sagrado com um eixo que une o céu e a terra, um canal que eleva as vozes dos orantes e que envia, em resposta, as graças mediadas pela Virgem”, disse.

Já antes, na edição de 13 de outubro da revista cultural do Santuário “Fátima XXI”, Clara Menéres havia dado testemunho da sua forte ligação com Fátima.

“O Santuário adquiriu o estatuto de Pilar do Mundo, coluna de luz invisível aos olhos profanos, onde o espaço e o tempo se transfiguram em caminho de ressurreição. Fátima convoca o humano e milenar desejo de transformação, conversão e renascimento”, escreveu, ao sublinhar que “Fátima convoca o humano e milenar desejo de transformação, conversão e renascimento”.

Clara Menéres nasceu a 22 de Agosto de 1943, em Braga. Estudou escultura na Escola Superior de Belas-Artes do Porto, onde começou a dar aulas. Prosseguiu os estudos no estrangeiro, nomeadamente em nos Estados Unidos em França, onde se doutorou em Etnologia na Universidade de Paris VII. Entre 1971 e 1996 foi professora na atual Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa e, entre 1996 e 2007, foi professora catedrática na Universidade de Évora.

A par da sua carreira como docente, Clara Menéres manteve a sua atividade artística, criando uma vasta e reconhecida obra escultórica. A artista expôs regularmente e recebeu diversos prémios, estando a sua obra representada em museus e coleções privadas tanto no país como no estrangeiro.

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