06 de março, 2025

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“O turismo é meio efetivo para se construir a paz”

Num encontro que junta, em Fátima, operadores turísticos nacionaiseinternacionais, o reitor do Santuário apresentou a Cova da Iria como lugar “que fomenta uma efetiva fraternidade humana”.

 

O reitor do Santuário de Fátima participou, na manhã desta quinta-feira, 6 de março, no XII Workshop Internacional de Turismo Religioso, que, por estes dias, reúne mais de cinco centenas de participantes, sobretudo operadores turísticos internacionais e nacionais e empresários da hotelaria, no Centro Pastoral de Paulo VI, em Fátima.

Na sessão de abertura, o padre Carlos Cabecinhas destacou a longevidade da iniciativa como o “mais eloquente” sinal da sua importância, sublinhando, no entanto, a complexidade do cenário do mundo globalizado em que vivemos, caracterizado por “tendências isolacionistas cada vez mais evidentes”.

O reitor do Santuário de Fátima participou ainda de uma conferência inter-religiosa sobre o tema “Turismo Religioso como Caminho de Paz e Fraternidade Humana”, como representante da Igreja Católica, numa mesa-redonda onde esteve acompanhado por representantes do Judaísmo, Islamismo, Hinduísmo e Igreja Evangélica.

Na intervenção que partilhou neste debate, o padre Carlos Cabecinhas começou por estabelecer uma ligação entre a peregrinação, presente na tradição cristã desde os primeiros séculos, e o turismo religioso, destacando a essência de encontro que ambos partilham. Para, de seguida, perspetivar o turismo religioso como um “espaço decisivo de encontro” e uma oportunidade para “vencer preconceitos”.

“Como a peregrinação era e é caminho para a paz, também o turismo é meio efetivo para se construir a paz nos nossos dias”, afirmou o reitor do Santuário de Fátima, ao apresentar a atitude de diálogo inter-religioso adotada pela Igreja Católica, desde o Concílio Vaticano II, como um exemplo deste caminho de encontro entre religiões.

Ao recordar a insistência do Papa Francisco para o diálogo inter-religioso, no caminho para a paz, o padre Carlos Cabecinhas apontou o turismo religioso como meio para concretizar esse mesmo objetivo.

“O encontro de crentes de diferentes religiões e o mútuo conhecimento, que o turismo proporciona, ensinam a respeitar o específico de cada um, sem sincretismos nem proselitismos”, sintetizou o responsável, ao apresentar Fátima e o seu Santuário como lugar que custodia uma mensagem de paz e espaço de encontro religioso que fomenta a fraternidade humana.

O XII Workshop Internacional de Turismo Religioso reúne, hoje a manhã, em Fátima e na Guarda, operadores turísticos, empresários e especialistas para debater a importância do turismo religioso. Organizado pela ACISO em conjunto com o Município de Ourém e da Guarda, o evento fomenta os contactos entre operadores turísticos, reforçando a relevância do turismo religioso no contexto do setor turístico mundial.

 

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