29 de abril, 2022

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O rosto dos Papas em Fátima vai ser o tema da primeira visita temática à exposição “Rostos de Fátima: fisionomias de uma paisagem espiritual” do ano pastoral 2021/2022

Jornalista Aura Miguel, irá orientar esta visita, agendada para dia 04 de maio, pelas 21h15

 

 

O rosto dos Papas em Fátima vai ser o tema da primeira visita temática à exposição “Rostos de Fátima: fisionomias de uma paisagem espiritual” do ano pastoral 2021/2022. Esta iniciativa agendada para 4 de maio, pelas 21h15, será orientada pela jornalista Aura Miguel.

Aura Miguel é licenciada em Direito, pela Universidade Católica e tem uma pós-graduação em Ciências de Informação, pela mesma universidade. Jornalista desde 1982, colaborou nos jornais "A tarde" e "Semanário" e, desde 1985, trabalha em exclusivo na Rádio Renascença, onde é especialista em assuntos religiosos e relacionados com a Santa Sé. Com acreditação permanente junto da Santa Sé (vaticanista), tem acompanhado as atividades do Papa e do Vaticano. Habitualmente integra a comitiva dos jornalistas que viajam a bordo do avião papal. Até hoje, a sua agenda inclui 102 viagens apostólicas ao lado de João Paulo II, Bento XVI e agora do Papa Francisco. Em 2002 foi escolhida entre os 14 jornalistas convidados pelo Santo Padre para escrever uma das 14 estações da Via Sacra de Sexta-Feira Santa, presidida por João Paulo II no Coliseu de Roma. Aura Miguel é também autora de dois livros sobre João Paulo II. "O Segredo que conduz o Papa” (Principia, Maio 2000), sobre a experiência de Fátima no pontificado de João Paulo II (também traduzido em espanhol, francês, italiano, alemão, polaco, russo, italiano e checo) e "Porque viajas tanto?” (Ed. Lucerna, Outubro 2003, sobre algumas viagens de João Paulo II, publicado para assinalar os 25 anos do seu Pontificado. Em Abril de 2010, por ocasião da visita do Papa a Portugal, publicou o livro “As razões de Bento XVI” (Ed. Texto Editores/Leya, Maio 2010). Em Março de 2017, publicou “Conversas em Altos Voos” (Ed. Paulus) que inclui uma entrevista exclusiva ao Papa Francisco e vários detalhes do que se passa durante as suas viagens pastorais. É também autora de dois documentários, a convite da RTP, (ambos com realização de Camilo Azevedo): “No coração de João Paulo II” (em 2006, no primeiro ano da morte de João Paulo II) e “Fátima na Rússia” (em 2007, por ocasião dos 90 anos das aparições de Fátima). Além da actividade de vaticanista, mantém desde 2016, na RR, um programa semanal, “Aura Miguel convida”, que já deu origem a um livro, com o mesmo nome e que reúne algumas dessas entrevistas (Ed. Paulus, Maio 2019). 

Neste espaço museológico constam peças de coleções particulares e institucionais, cedidas para a ocasião e apresenta peças do Museu do Santuário de Fátima, nomeadamente da sua exposição permanente, que estará encerrada durante esta mostra, como é o caso da coroa preciosa de Nossa Senhora de Fátima.

A visita temática inicia com a apresentação da jornalista, seguindo-se a visita livre à exposição. A parte respeitante à intervenção do orador será realizada na Galilé dos Apóstolos Pedro e Paulo, no piso inferior da Basílica da Santíssima Trindade. Este espaço é amplo, o que permite os necessários distanciamentos em ordem à segurança dos participantes. A entrada far-se-á pelas escadas de acesso a esta Galilé, pelo lado norte. Será obrigatório o uso de máscara de proteção. As visitas temáticas cumprirão os requisitos de segurança exigidos para os espaços museológicos.

Estão ainda previstas mais cinco visitas: a 1 de junho, com o tema "Os rostos dos Pastorinhos de Fátima na fotografia e na arte", por Marco Daniel Duarte; a 6 de julho com o tema "O rosto de Cristo cantado pela Verónica e por outros cantos da tradição popular", pelo Rancho Folclórico da Casa do Povo do Paul, Covilhã; a 3 de agosto com o tema "Voz da Fátima, rosto do Santuário da Cova da Iria", por Carmo Rodeia; a 7 de setembro, com o tema "A Virgem Peregrina, rosto de Fátima no mundo", por Sónia Vazão; e a 5 de outubro, com o tema "Museologia, rosto da relação com o sagrado", por  Maria Isabel Roque.

Nesta exposição, os visitantes poderão percorrer, até 15 de outubro de 2022, a história de Fátima pelos vários rostos que a fizeram, num percurso que, num tempo de pandemia, que convoca toda a humanidade a refletir sobre a sua própria condição, apresenta o tema da morte e da vida como momentos luminosos da peregrinação do Homem no mundo.

A exposição está dividida em duas partes. Num primeiro momento, que percorre o primeiro século de Fátima, dão-se a conhecer os rostos relevantes da história da Cova da Iria, a começar pelos três Videntes, passando pelos impulsionadores, administradores, investigadores e até os adversários de Fátima, que assumiram dúvidas e militâncias em relação ao acontecimento da Cova da Iria. A primeira parte da exposição tem ainda um núcleo dedicado à fisionomia artística, onde estão expostas obras daqueles que olharam para Fátima no último século e termina com uma galeria fotográfica dos protagonistas de Fátima: os próprios peregrinos, onde são também apresentados os objetos oferecidos pelos Papas ao Santuário, nomeadamente as rosas de ouro e o anel de São João Paulo II.

A segunda parte propõe um percurso orante e centrado na fé pelas “fisionomias espirituais”, desafiando o visitante a interpelar-se sobre a sua condição humana, numa espécie de jogo de espelhos que confronta a realidade concreta que vivemos com o desejo relacional com a transcendência. Neste momento, menos factual e mais contemplativo, são mostrados os “rostos que Fátima apresenta aos rostos que a visitam”, a começar pelo próprio Deus, que a mostra tenta traduzir através das formas plásticas expostas que retratam Cristo e a Trindade.

A exposição culmina com uma reflexão sobre a condição humana na perspetiva da fé, num diálogo entre a arte antiga e contemporânea que levanta várias interrogações sobre a fragilidade humana. No final, depois de apresentados os rostos de Maria em Fátima, nomeadamente através da exposição da própria coroa da Imagem de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, uma tapeçaria apresenta Cristo como dono da História, numa epifania que é legendada com um excerto da última encíclica “Fratelli tutti”, onde o Papa Francisco perspetiva o tempo atual como redentor para uma humanidade mais fraterna.

A entrada é livre.

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