“O Natal é festa da vida, porque celebra a Vida que nasce no nosso mundo, para que cada ser humano tenha a vida que só Deus pode oferecer”

“O Natal é festa da vida, porque celebra a Vida que nasce no nosso mundo, para que cada ser humano tenha a vida que só Deus pode oferecer”

Reitor do Santuário de Fátima, presidiu esta manhã à missa da Solenidade do Natal do Senhor na Basílica da Santíssima Trindade.

O Pe. Carlos Cabecinhas, reitor do Santuário de Fátima, presidiu esta manhã à missa da Solenidade do Natal do Senhor na Basílica da Santíssima Trindade.

“Cristo nasceu!”, disse o sacerdote, acrescentando que “este é o feliz anúncio do Natal, e nestes dias, os nossos olhos contemplam, no Presépio, o mistério de Deus feito Menino, o mistério de Deus que vem ao nosso encontro, porque quer estar próximo de nós e assume a nossa humanidade”.

Quando se reflete acerca do Natal, “vêm-nos à mente os relatos bíblicos do nascimento de Jesus, dos quais os nossos presépios procuram ser expressão plástica, porém, hoje, dia de Natal, as leituras que escutámos adoptam uma linguagem diferente”.

O Evangelho fala do nascimento de Jesus, “mas em vez de narrar o acontecimento, centra a nossa atenção no seu significado, o Menino Jesus do presépio é-nos apresentado como o Verbo da Vida, a Palavra da Vida”.

Deste modo, o Pe. Carlos Cabecinhas considera que “o Natal é festa da vida, porque celebra a Vida que nasce no nosso mundo, para que cada ser humano tenha a vida que só Deus pode oferecer”.

“Fomos feitos para viver em plenitude e levamos sempre connosco o desejo de uma existência plena de sentido, sem os limites que conhecemos no momento presente, e é em Jesus Cristo, o Menino do Presépio, que podemos encontrar essa abundância de vida, pois Ele vem ao nosso mundo e partilha a nossa história para que as dores e as tristezas que experimentamos não apaguem em nós a esperança de uma vida sem fim, de uma vida plenamente realizada”, clarificou o reitor do Santuário de Fátima.

O sacerdote alertou para o facto de que “esta Vida, que é Jesus Cristo, manifesta-se como Palavra definitiva de Deus, não uma palavra qualquer, superficial, vazia e banal, como são tantas vezes as palavras que ouvimos e até às vezes aquelas que pronunciamos, mas antes como Palavra capaz de atingir a profundidade da nossa existência e dar sentido às nossas vidas”.

“O Natal é festa de luz, não pelas luzes caracteristicas desta época mas sim porque o Deus-Menino do presépio vem até nós para nos libertar das trevas que nos ameaçam. N’Ele encontramos a Luz que ilumina as nossas vidas, mostrando-nos o imenso amor de Deus por nós”, acrescentou.

Assim, o dinamismo da fé assenta essencialmente em “experimentar, vendo e ouvindo; levantar-se e pôr-se a caminho para testemunhar com palavras e obras o Amor que se fez carne”, tal como recorda o tema do Santuário de Fátima para este ano pastoral: “Levanta-te! És testemunha do que viste.”

“Para quem acredita que Jesus é a Vida, para quem experimenta a sua presença, celebrar o Natal implica dar graças e louvar a Deus que se faz próximo e nos manifesta o seu amor; significa pôr Jesus Cristo no centro da nossa vida. Celebrar o Natal é darmos testemunho de alegria e confiança em Deus, que quer estar próximo de nós; é sermos testemunhas da esperança de quem sabe que Deus não nos abandona”, explicou o sacerdote.

Celebrar o Natal “passa também por identificarmos nos rostos simples e humildes da humanidade no Rosto de Deus, que quis ter traços humanos”, concluiu.

Amanhã, dia 26 de dezembro, Solenidade da Sagrada Família, a missa será celebrada às 11h00, na Basílica da Santíssima Trindade. Neste dia, far-se-á uma oração por todas as famílias.

Em todas as missas das três solenidades (Natal, Santa Maria Mãe de Deus e Epifania) e na festa da Sagrada Família, a recolha de ofertas, durante a veneração do Menino Jesus, serão destinadas à Obra Social das Criaditas dos Pobres.

Em todas as celebrações deve ser preservado o distanciamento físico, bem como o uso da máscara e a desinfeção das mãos.