29 de maio, 2022

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O mundo precisa de "mãos dadas no serviço fraterno" e empenho na construção da Paz, afirma bispo emérito da diocese de Portalegre-Castelo Branco

D. Augusto César presidiu este domingo em Fátima, num dia em que a diocese que liderou durante 26 anos cumpre a sua peregrinação diocesana à Cova da Iria

 

O Bispo emérito da diocese de Portalegre-Castelo Branco, D. Augusto César, desafiou esta manhã os peregrinos de Fátima a serem “mais irmãos” atentos a quem está à sua volta.

“Ser membro da Igreja à conta de uma paróquia ou de uma diocese, equivale a ser irmão de outros irmãos.  No contexto em que vivemos da pandemia e da guerra é preciso ser atento a quem vai ou está ao nosso lado e precisa da nossa ajuda” afirmou o prelado que, este ano, cumpre 50 anos de ordenação sacerdotal, 26 dos quais a liderar a diocese de Portalegre-Castelo Branco.

“É preciso escutar quem vai ao nosso lado e quem se aproxima de nós” enfatizou o bispo aos diocesanos e aos restantes peregrinos que participaram na missa dominical na Cova da Iria, a onde se fizeram anunciar 27 grupos, com destaque para 5 provenientes de Espanha, 2 da Irlanda e um da Itália e outro da Polónia.

A partir da liturgia proclamada este domingo falou ainda da necessidade do testemunho.

“Do mistério trinitário- Pai, Filho e Espírito Santo- recebemos a inspiração de ser família, testemunhando comunhão fraterna e vontade de nos ajudarmos uns aos outros ou a quem de nós precisa” afirmou.

“O tempo de hoje necessita deste testemunho, dado com fé e com a vida, pois a moda vai por outro caminho afirmando `eu é que sei´ e `eu é que sou´... E o desejo do lucro reveste-se muitas vezes de  presunção à conta do poder ou do dinheiro. Ora, nem a fé nem a caridade manifestam esse rosto”, disse ainda.

Só convertidos, disse, “poderemos saborear o perdão e a paz”

“O ambiente social do nosso tempo precisa de mãos dadas no serviço fraterno e de muito empenhamento para construir a paz”, concluiu referindo-se ao exemplo dos Pastorinhos que na sua “simplicidade” souberam ser “apóstolos”.

Na reflexão que partilhou com os peregrinos, D. Augusto César destacou a importância da oração pelas esperanças e sofrimentos do mundo, pela paz.

“Nós rezamos pelos ucranianos que tanto sofrem e são tratados como lixo humano e também pelos adversários que os tratam com tanto desprezo para que se convertam”, disse.

 

Além do expressivo número de peregrinos que integrou a peregrinação anual da diocese de Portalegre-Castelo Branco, encabeçada pelo atual bispo, D. Antonino Dias, que presidiu ao Rosário na Capelinha das Aparições , destaque igualmente para o grupo de peregrinos da paróquia de Santa catarina da Serra, diocese de Leiria-Fátima, que cumpriu este ano a sua 93ª peregrinação anual.

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