O gesto da bênção das imagens do Menino Jesus “é um sinal de que o Natal está próximo e de que os apelos da Palavra de Deus são urgentes”

O gesto da bênção das imagens do Menino Jesus “é um sinal de que o Natal está próximo e de que os apelos da Palavra de Deus são urgentes”

O reitor do Santuário de Fátima, o Pe. Carlos Cabecinhas, presidiu esta manhã à missa dominical na Basílica da Santíssima Trindade

O reitor do Santuário de Fátima, o Pe. Carlos Cabecinhas, presidiu esta manhã à missa dominical na Basílica da Santíssima Trindade. Nesta celebração foi feita a bênção das imagens do Menino Jesus que os peregrinos traziam consigo, e das quatro imagens do Menino Jesus que serão usadas para a veneração no tempo do Natal.

“A liturgia deste terceiro domingo do advento é marcada pela alegria, porque o Senhor vem e se faz próximo, de nós e da nossa vida”, disse o sacerdote, nas palavras que dirigiu aos peregrinos ali presentes, falando ainda da possibilidade de “poder experimentar esta alegria é necessário o nosso esforço de conversão e disposição e testemunho da nossa fé em jesus Cristo”.

A palavra de Deus proclamada neste dia “convida a viver este tempo de advento como tempo de alegria, e é este convite a alegria atravessa toda a celebração de hoje, desde os cânticos às orações, este é um dia em que somos convidados a viver, testemunhar e experimentar a alegria porque o senhor está próximo”.

O Pe. Carlos Cabecinhas considera que neste tempo do Advento “somos convidados à alegria, o Senhor vem, está próximo, não nos abandona nas dificuldades, e é interessante que à medida que nos vamos aproximando do Natal esta exortação à alegria vai se intensificando”.

“Pode parecer uma exortação desadequada, devido à pandemia que vivemos, podemos falar de tudo menos de alegria, mas é sobretudo neste momento que este convite à alegria é necessário e faz sentido”, alertou o reitor, explicando que é no meio das dificuldades que “faz sentido” esta exortação à alegria, “não para que tudo nos corra bem, mas porque sabemos que Deus não nos abandona, sobretudo nos momentos em que somos mais tentados pelo desanimo”.

 “Celebrar o natal é isso mesmo, saber que Deus se faz próximo de nós, das nossas dificuldades e angústias”, afirmou, lembrando que o advento é por si tempo de conversão para acolher o Senhor que vem, e a “alegria é inseparável do esforço de conversão”.

Esta exortação à alegria, na liturgia deste terceiro domingo do Advento, “é acompanhada pelo apelo à conversão, feito por João Batista”.

“A conversão é a condição para podermos experimentar a alegria pela presença do Senhor, porque da conversão depende o acolhimento dessa presença nas nossas vidas”, considera o sacerdote, explicando ainda que “quem fecha o coração aos irmãos e as suas necessidades fecha-se também a Deus e não tem condições para o acolher, é fundamental cuidar da relação com os outros”.

O Pe. Carlos Cabecinhas afirmou ainda que “a conversão é o caminho que nos permite experimentar a alegria a que nos exortavam a primeira e segunda leituras, pois sem esse esforço de conversão não poderemos acolher o Senhor que vem até nós e se faz próximo”.

“Preparar os caminhos do Senhor, preparar-se para O acolher é também remover tudo o que na nossa vida não aponta para Cristo, não O testemunha na nossa vida e é importante dar testemunho da nossa alegria pela Sua presença na nossa vida, é isto que cativa e pode tocar os corações dos que estão connosco e é isto que nos falta tantas vezes como cristãos, a alegria de sermos cristãos e o testemunho dessa alegria”, alertou o sacerdote.

Assim, “cada um de nós que deve discernir os aspetos que precisam de mudança para acolher o Senhor e é um caminho que nos conduz à alegria”

Neste terceiro domingo do Advento, o gesto da bênção das imagens do Menino Jesus “é um sinal de que o Natal está próximo e de que os apelos da Palavra de Deus são urgentes”.

“Acolhamos o tríplice desafio que a Palavra de Deus hoje nos dirige: convite à alegria, porque o Senhor está próximo e Se faz presente nas nossas vidas; a exortação à conversão, para podermos acolher o Senhor; o desafio a sermos testemunhas que conduzem outros a Jesus”, concluiu.

A 19 de dezembro, quarto Domingo do advento, na missa às 11:00, na Basílica da Santíssima Trindade, faz-se a bênção das crianças.