12 de setembro, 2021

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“O Cristão não pode fechar-se em si próprio, preocupado apenas em concretizar os seus sonhos e projetos pessoais, ser cristão implica fazer da nossa vida um dom generoso a Deus e aos irmãos”

Reitor do Santuário de Fátima presidiu à missa dominical no Recinto de Oração

 

O Recinto de Oração do Santuário de Fátima, acolheu a missa dominical, presidida pelo reitor, o Pe. Carlos Cabecinhas. Esta celebração foi transmitida pelos meios de comunicação social e digital do Santuário.

Na reflexão apresentada, o sacerdote tomou como ponto de partida a liturgia deste dia, e falando do convite de Jesus a uma vida plena explicou que só se atinge “pelo exigente caminho de uma vida feita dom e é com estas palavras exigentes que Jesus define no Evangelho agora proclamado o que significa sermos cristãos”.

“Tomar a Cruz foi o caminho que Jesus escolheu e ao anunciar esse caminho não procura o sofrimento e a morte, mas sim a fidelidade à vontade de Deus, quer a nossa salvação e esta atitude de quem não foge da sua cruz, mas a abraça como manifestação suprema de amor, escandaliza o apostolo Pedro, mas esta atitude não dos deve espantar, é a nossa atitude também”, reiterou.

De facto, “a cruz e o sofrimento, assustam-nos, mas as palavras de Jesus são claras e renunciar a si mesmo significa renunciar ao egoísmo e à autossuficiência para fazermos da nossa vida um dom a Deus e aos outros”, alertou o Pe. Carlos Cabecinhas, acrescentando ainda que Jesus “desmascara aquela ilusão em que pensamos que a nossa felicidade está se nos fecharmos em nós”.

“O Cristão não pode fechar-se em si próprio, preocupado apenas em concretizar os seus sonhos e projetos pessoais, ser cristão implica fazer da nossa vida um dom generoso a Deus e aos irmãos”, afirmou.

Mas isto não significa ir atrás de sofrimento, “trata-se de amor, e não falamos em atos heroicos, mas sim pequenas coisas e gestos, escolhas e atitudes, que manifestam o quão viva é a nossa fé”.

“É no dia-a-dia, nos pequenos nadas, que se vive a renuncia a nós próprios e se manifesta uma vida entregue à imagem de Jesus, para ganhar pleno sentido”, reiterou o sacerdote.

A vida dos pastorinhos é um exemplo claro, “faziam sacrifícios como ato de amor, quem ama sacrifica-se por aqueles que ama, porque procura o bem daqueles que ama, e é isto que encontramos no seu testemunho, consequência de uma vida entregue a Deus”.

“O sofrimento não é objetivo ou meta, é consequência de uma vida de entrega”, concluiu.

O Santuário mantém as regras de segurança – uso obrigatório da máscara, distanciamento físico e higienização das mãos à entrada dos espaços – e garante o acolhimento nos vários locais, assegurado por voluntários e funcionários do Santuário de Fátima.

Aos fins-de-semana, os escuteiros do CNE e os da Fraternidade de Nuno Álvares (em setembro e outubro) bem como os Servitas de Nossa Senhora de Fátima asseguram de forma mais expressiva o acolhimento no Recinto de Oração e as entradas na Basílica da Santíssima Trindade e Capelinha das Aparições.

 

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O Santuário de Fátima acolheu hoje a sétima peregrinação da comunidade surda em Portugal.

Esta é uma peregrinação nacional promovida pelo Santuário de Fátima em conjunto com o Grupo de Intérpretes de Língua Gestual Portuguesa do Santuário.

André Pereira, diretor do Departamento de Acolhimento e Pastoral, em declarações à Sala de Imprensa do Santuário de Fátima afirmou que a peregrinação “superou positivamente as expectativas, tendo em conta a conjuntura que estamos a viver”.

“O programa foi pensado para estas circunstâncias, e decorreu com normalidade, conforme estava previsto”, disse ainda.

O programa começou com uma saudação a Nossa Senhora e abertura da Peregrinação, na Capelinha das Aparições. Em seguida, os cerca de 60 participantes foram convidados a participar numa Celebração penitencial, na Capela da Ressurreição de Jesus e a visitar a exposição temporária “Os Rostos de Fátima”, no Convivium de Santo Agostinho, piso inferior da Basílica da Santíssima Trindade. O Museu desenhou um roteiro específico para esta peregrinação, quer ao nível dos núcleos a destacar, quer da forma de comunicar os conteúdos tendo em conta o público-alvo.

 

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Durante a tarde, conforme consta do programa oficial, a missa das 15h00 na Basílica da Santíssima Trindade, contou com interpretação em Língua Gestual Portuguesa. Em virtude da peregrinação, a segunda leitura foi proclamada em LGP exclusivamente, precedida de uma breve admonição a contextualizar os peregrinos ouvintes. O programa deste dia findou com uma Catequese a partir dos vitrais de João de Sousa Araújo, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima.

A primeira peregrinação da comunidade surda ocorreu em setembro de 2015 e contou com cerca de três dezenas de surdos que participaram em várias iniciativas propostas. Esta primeira peregrinação realizou-se dois anos depois do Santuário ter começado a oferecer uma Missa semanal com interpretação em Língua Gestual, como forma integrar e proporcionar as melhores condições àqueles que têm necessidades especiais.

(notícia atualizada dia 12 de setembro, 17h22)

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