14 de julho, 2018

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O cardinalato “não é uma promoção na carreira”, afirma D. António Marto

Celebração eucarística em Leiria assinalou a dedicação da catedral nos 100 anos da restauração da diocese

 

O novo cardeal português, D. António Marto, que presidiu à missa de ação de graças por ocasião da celebração da dedicação da Sé de Leiria e da sua criação como cardeal, afirmou esta noite que o cardinalato não é uma promoção de carreira , e que as mudanças da igreja fazem-se a partir da santidade e da missão.

“Gostaria que ficasse bem sublinhado que esta nomeação não é uma promoção na carreira e, neste sentido, a minha pessoa pouco conta” disse durante a homilia, uma ideia reforçada já no final antes da bênção, momento em que lembrou: “não vou mudar de nome, não vou mudar de rosto, não vou mudar de ser. Continuo a ser o vosso bispo”.

O prelado de Leiria-Fátima fez de questão de frisar ao longo da homilia proferida que a nomeação cardinalícia que recebeu do Santo Padre é para prestar “ um serviço à Igreja Universal, de comunhão com o Papa Francisco, como seu colaborador mais próximo, no serviço da Igreja e da renovação que ele lhe quer imprimir”.

“A grande reforma da Igreja que o Papa Francisco empreendeu e nos convida a colaborar para a tornar mais fiel ao estilo do evangelho realiza-se a partir da dimensão da santidade e da dimensão missionária. Sem elas nenhuma reforma poderá renovar a Igreja”, sustentou.

O bispo de Leiria-Fátima, que recebeu as insígnias cardinalícias no consistório do passado dia 28 de junho, na Basílica de São Pedro, em Roma,  presidiu esta sexta feira à Missa que assinalou a dedicação da Catedral, num ano em que se celebram os 100 anos da restauração da diocese.

O cardeal D. António Marto referiu que em causa nesta data não está só a evocação de “um monumento, uma obra de arte, um edifico imponente”.

“A festa de dedicação da catedral evoca não apenas os muros do edifico, mas ante de mais o mistério da Igreja diocesana, reunida em nome do Senhor, à volta do seu bispo, como sucessor dos apóstolos”, afirmou.

O bispo de Leiria-Fátima referiu que o edifício é imagem das “pedras vivas” e evoca “a figura do bispo que, precisamente a partir da catedral, garante a comunhão com a fé dos apóstolos” e exprime a unidade de todos os “membros da Igreja diocesana” em união com a “Igreja universal, em comunhão com o Papa”.

O cardeal concluiu sublinhando que a catedral é a “síntese de todo caminho de um povo”, “crente católico que peregrina” na região de Leiria-Fátima.

Durante a celebração, foram enviados em missão de 16 membros do grupo missionário Ondjoyetu, 3 para Angola e 13 para Figueiró dos Vinhos, e 100 caminheiros do Corpo Nacional de Escutas para o Rover Way, na Holanda.

Seguiu-se ainda um Porto de honra nos claustros da Sé, onde os diocesanos puderam cumprimentar o novo cardeal português, o quinto escolhido durante o século XXI, que integra agora o colégio cardinalício.

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