17 de fevereiro, 2021

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“O amor a Deus e ao próximo são inseparáveis, por isso não pode haver conversão sincera do coração sem a dimensão da caridade aos irmãos”

Missa com a imposição das Cinzas aconteceu pela primeira vez no Santuário de Fátima sem a presença física de peregrinos 

 

O padre Carlos Cabecinhas, presidiu esta manhã à missa com a imposição das Cinzas, que marca o início da Quaresma, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, e que pela primeira vez, aconteceu sem a presença física de peregrinos.

O reitor do Santuário de Fátima, falou da liturgia deste dia, que apresenta “o programa de vida deste tempo da Quaresma, e que de forma sintética diz o que é este tempo e como devemos vivê-lo”.

“A Quaresma é por excelência tempo de conversão, isto é, a orientação da nossa vida para Deus que começa cá dentro, dentro do nosso coração”, explicou o sacerdote, considerando este tempo “favorável, pois é algo que Deus nos oferece para preparar o coração para a celebração pascal que se aproxima”.

O essencial da Quaresma “acontece dentro de nós e tem depois consequências e reflexos exteriores”.

"Mais do que rasgar as vestes, hoje somos convidados a rasgar os corações e isso tem de ter consequências práticas na nossa vida", afirmou o sacerdote.

“A palavra de Deus agora proclamada gira em volta deste apelo, em orientar o nosso coração para Deus e a imposição das cinzas significa o reconhecimento da necessidade de conversão por parte de cada um de nós, precisamos todos de conversão”, afirmou o padre Carlos Cabecinhas.

O caminho para este ato de conversão “passa pela oração, pelas práticas penitenciais, e pela prática concreta do amor fraterno”.

A Quaresma “é um tempo de oração mais intenso, é o reatar dos laços da nossa relação com Deus, tantas vezes enfraquecida, pelos afazeres da vida”.

O sacerdote considera que “é na oração mais intensa, é na escuta mais assídua da Palavra de Deus que nos damos conta da necessidade de conversão, e por isso o tempo da Quaresma é tempo para rezarmos mais e melhor”.

“Este é o primeiro meio posto diante de nós para o esforço de conversão a que somos desafiados, a oração”, reiterou, falando ainda das práticas penitenciais, “que têm como exemplo o jejum, isto é, o renunciar a algo, faz parte desta pedagogia da Quaresma”.

A prática penitencial significa “renunciamos a algo sensível e visível como símbolo do nosso esforço, para renunciar ao que nos afasta de Deus, abster-nos do pecado”.

Assim, “o amor fraterno, a caridade, são imprescindíveis na vivencia quaresmal, não há oração verdadeira, como não há autêntica expressão de amor a Deus que não passe por uma caridade concreta e sincera pelos outros”.

“O amor a Deus e ao próximo são inseparáveis, por isso não pode haver conversão sincera do coração sem esta dimensão da caridade aos irmãos”, alertou o padre Carlos Cabecinhas.

Este ano pela conjuntura de pandemia que o mundo vive a Quaresma será “diferente, estranha até, impossibilitados que estamos de participar em celebrações comunitárias, e por este motivo difícil”.

“Mas mesmo nestas circunstâncias e com todas estas limitações, podemos viver intensamente este tempo favorável, a oração, as práticas penitenciais, o amor fraterno vivido concretamente continuam a estar ao nosso alcance mesmo com os condicionamentos que agora experimentamos e por isso este tempo pode ser vivido de forma intensa”, explicou.

A mensagem de Fátima “não nos distrai da vivência quaresmal, pelo contrário, oferece um estímulo renovado para a vivencia deste tempo favorável deste tempo da salvação”.

“O apelo à conversão está no centro da Quaresma mas está também no Centro da mensagem de Fátima, por outro lado, na vida breve dos Santos Pastorinhos, encontramos um exemplo inspirador para a vivencia daquelas atitudes a que a quaresma nos convida, são o testemunho da centralidade da oração, os sacrifícios feitos por amor, oferecidos em reparação pela conversão dos pecadores, descobrimos a atenção concreta aos mais pobres e aos que sofrem”, recordou o sacerdote.

Esta tarde, imediatamente a seguir à missa das 15h00, vai ser transmitida uma Via-Sacra, nos meios digitais do Santuário de Fátima.

Neste tempo de pandemia, em que existe a impossibilidade dos peregrinos se deslocarem fisicamente à Cova da Iria para participar nas celebrações, o Santuário de Fátima oferece durante a Quaresma uma proposta de Via-Sacra a exibir ainda todas as sextas-feiras, às 16h00.

O Santuário transmite diariamente três missas - às 11h00, 12h30 e 15h00 - e dois momentos de oração do Terço - às 18h30 e 21h30 -, a partir da Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, numa parceria com a TV Canção Nova Portugal. Estas cinco celebrações podem ser seguidas em www.fatima.pt, através do facebook e canal youtube do Santuário, bem como do MEOKanal, posição 707070.

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