04 de novembro, 2018
O amor a Deus e ao próximo “não são concorrentes”, afirma reitor do Santuário de FátimaPadre Carlos Cabecinhas presidiu à missa dominical e sublinhou o exemplo desta capacidade de amar nos santos Francisco e Jacinta Marto
O amor a Deus e o amor ao próximo “são inseparáveis” e “nunca são concorrentes” afirmou esta manhã o reitor do Santuário de Fátima, Pe. Carlos Cabecinhas, que presidiu à missa dominical na Basílica da Santíssima Trindade. Diante de milhares de peregrinos que enchiam quase por completo a Basílica, oriundos de várias proveniências, nomeadamente de Itália, Espanha, Filipinas e Estados Unidos, o sacerdote sublinhou que este duplo mandamento apresentado no Evangelho deste domingo- “Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma, com toda a tua mente e com toda a tua força. [...] amarás o teu próximo como a ti mesmo"- é a verdadeira força do crente. “Tudo o resto na nossa vida cristã só tem sentido se for a concretização disto”, afirmou o responsável pelo santuário de Fátima. “Ser cristão não é uma questão do cumprimento de normas mas uma questão de relação com Deus e com os outros”, esclareceu o sacerdote frisando que se trata de um “compromisso exigente” e alertando para a “ilusão” que é pensar que “ se ama a Deus quando desprezamos o outro”. “Não nos iludamos quando pensamos que amamos a Deus e depois desprezamos os outros, os que nos estão próximos”, precisou destacando a importância desta centralidade do amor a Deus e ao próximo na mensagem de Fátima e no testemunho de vida dos santos Francisco e Jacinta Marto. “Eles fizeram esta forte experiência de Deus. Primeiro conduzidos pelo Anjo, e depois por Nossa Senhora, tomaram consciência do grande amor de Deus por eles e, a partir daí, torna-se evidente o desejo de estar com Deus, de o consolar e de o amar acima de tudo. Mas quando olhamos para a sua vida percebemos que este amor a Deus não os distrai da atenção aos outros. Vemo-Los a rezar pelos pecadores, a interceder junto de Nossa Senhora pelas necessidades que lhes são apresentadas, ou a partilhar o pouco que têm – a merenda- com os mais pobres. O amar a Deus acima de tudo não os impede de ter sempre os outros no horizonte das suas preocupações”, lembrou o Pe. Carlos Cabecinhas. “Este é o exemplo próximo de nós que somos convidados a imitar: viver duplamente o amor que o Evangelho nos apresenta”, concluiu. Na missa do programa oficial fizeram-se anunciar vários grupos de Portugal, Filipinas, Espanha, Itália e Estados Unidos. |