01 de dezembro, 2024

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“O Advento é tempo para percebermos o que torna pesado o nosso coração”

Reitor do Santuário de Fátima desafiou os peregrinos a viver o Advento como tempo de escuta mais assídua da Palavra de Deus, de oração mais intensa e de especial atenção aos outros.

 

Na homilia da missa deste domingo, o primeiro do Advento, o reitor do Santuário de Fátima encorajou os peregrinos a exercitar a vigilância para uma vivência plena da preparação do Natal, impedindo que os corações “se tornem pesados e incapazes de acolher o Senhor que vem”.

“Precisamos de estar atentos e vigilantes, pois facilmente os nossos corações se afastam de Deus”, referiu o padre Carlos Cabecinhas. Para esse afastamento contribuem a rotina que se vai instalando na relação uns com os outros e com Deus; a sedução pelos caminhos fáceis; as mil e uma ocupações e preocupações que desviam o foco do que realmente importa.

A partir da Palavra de Deus, o padre Carlos Cabecinhas indicou três caminhos possíveis para exercitar essa vigilância.

A primeira dessas vias é a escuta mais atenta e assídua da Palavra de Deus. “O Advento é tempo para olharmos com atenção a nossa vida à luz de Deus e da sua Palavra, para percebermos o que torna pesado o nosso coração e que pode ser obstáculo a acolher o Senhor que vem ou a reconhecê-lo presente nas nossas vidas”, salientou.

O segundo caminho é a oração. “O Advento é tempo de oração mais intensa, pois se não rezarmos, a nossa fé adormece; sem oração, os nossos corações tornam-se pesados”, referiu.

Em terceiro lugar apontou a atenção aos outros. “Estarmos vigilantes concretiza-se na atenção e no amor aos outros, porque também a indiferença aos sofrimentos e aos problemas dos que nos cercam, o orgulho e autossuficiência tornam pesados, insensíveis e indiferentes os nossos corações”, acrescentou.

Por fim, o presidente da celebração evocou os santos Francisco e Jacinta Marto como exemplo do que significa estar atento e vigilante: “Eles souberam estar atentos à voz de Deus e à sua vontade; procuravam dar tempo à oração e desejavam esses momentos de encontro com Deus; viviam atentos aos outros, sempre dispostos a partilhar o pouco que tinham e a ajudar os que lhes pediam que intercedessem por eles junto de Nossa Senhora”.

Francisco e Jacinta Marto “mostram-nos como podemos preparar o nosso coração para acolher a vinda do Senhor, que celebraremos no Natal que se aproxima”, concluiu o padre Carlos Cabecinhas.

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