13 de novembro, 2020
Nossa Senhora de Fátima é esperança para a liberdade num dos países onde os cristãos mais são perseguidos
Todas as terças-feiras, na Catedral de Myeong-dong, em Seul, reza-se pela Coreia do Norte. Desde há 25 anos que por iniciativa do “Comité de reconciliação nacional”, na Arquidiocese de Seul, na Coreia do Sul, celebra-se uma missa e reza-se o Terço pela reconciliação e unidade do povo coreano. Agora, desde o dia 15 de Agosto, esse momento de oração tem um significado ainda mais especial. Numa cerimónia solene que decorreu precisamente na Catedral de Seul, a Diocese de Pyongyang, a capital da Coreia do Norte, foi oficialmente dedicada e consagrada a Nossa Senhora de Fátima. A data escolhida para a consagração de Pyongyang e de toda a Coreia do Norte é significativa. O dia 15 de Agosto, solenidade da Assunção da Virgem, comemora também o dia da libertação da península coreana do domínio colonial japonês, no final da Segunda Guerra Mundial. Este ano assinalou-se ainda o 70º aniversário do início da guerra fratricida na península coreana. O “Comité de reconciliação nacional” tem redobrado as suas actividades nos últimos anos. Segundo a agência Fides, isso traduz-se na “intensificação” da campanha de oração pelos Cristãos que se encontram na Coreia do Norte e que “vivem a sua vida de fé clandestinamente e com grande risco pessoal e familiar”. Recorde-se que a Coreia do Norte é considerado como “um dos piores lugares do mundo para a liberdade religiosa ou de crença”, como se pode ler no mais recente Relatório sobre a Liberdade Religiosa, publicado pela Fundação AIS. Nesse relatório afirma-se ainda que a Coreia do Norte “é um dos poucos países onde há uma quase total recusa deste direito humano básico e uma sistemática violação de cada liberdade estabelecida pela Declaração Universal dos Direitos Humanos”.
*Com Fundação AIS (Fátima Luz e Paz, Ano 18, N.º 67, 13 de novembro de 2020) |