06 de dezembro, 2011
 Esta exposição temporária, inaugurada a 1 de dezembro de 2011, está patente ao público, no vestíbulo do Convivium de Santo Agostinho, na Igreja da Santíssima Trindade.
Pode ser visitada de segunda a domingo, entre as 09:00 e as 19:00, até 31 de outubro de 2012.
As entradas são livres.
"No trilho da Luz – As aparições de Fátima"
Para melhor ajudar a viver o segundo ano de celebração do Centenário das Aparições, a Secção de Arte e Património preparou uma nova exposição temporária que, neste ano, dedica às Aparições de Fátima.
Como neste segundo ano o Santuário abre um ciclo de reflexão que toma como mote cada uma das aparições da Virgem Maria, foi entendimento da Secção de Arte e Património que a exposição pudesse oferecer uma panorâmica de todas as aparições, a fim de proporcionar uma visão geral acerca de todo o percurso da Mensagem de Fátima.Intitulada “No trilho da Luz”, a exposição inicia com um primeiro núcleo que pretende ser o prolongamento da exposição do ano anterior (“Orai comigo”, patente de Dezembro de 2010 a Outubro de 2011, no Santuário de Fátima) recapitulando, inclusive nas cores usadas, o tema das aparições do Anjo, verdadeira porta de um edifício que se foi construindo ao longo das aparições da Virgem Maria, em 1917. É este o motivo de os títulos dos núcleos da exposição serem colhidos no léxico arquitectónico: ao “Pórtico” (“nos umbrais da Mensagem”), sucedem-se seis “Arcos de luz”, através dos quais se descobre a “Mensagem revelada” que conduz ao terceiro núcleo, intitulado, mais uma vez com recurso à linguagem arquitectónica, de “abóbada da Mensagem”. Esta expressão foi, aliás, timbrada pelo próprio bispo da diocese de Leiria-Fátima, D. António Marto, aquando de um estudo acerca da Mensagem de Fátima. Neste último espaço da exposição (“A luminosa chave da Mensagem”), o visitante é colocado no ambiente místico narrado pela Irmã Lúcia quando descreve a revelação que teve acerca da Santíssima Trindade, no convento de Tuy. Não sendo um tema até agora muito trabalhado no que respeita à museologia, talvez seja uma das partes mais surpreendentes da exposição. Para auxiliar o discurso expositivo, o percurso foi enriquecido com três peças de arte, de diferentes expressões artísticas (ourivesaria, pintura e escultura) e de diferentes cronologias (época contemporânea – séculos XX e XXI – e época medieval). Para além de terem sido cirurgicamente escolhidas como evocativas do discurso subjacente à exposição, estas obras procuram mostrar a diversidade da produção artística em torno das temáticas presentes na Mensagem de Fátima. No primeiro espaço, encontra-se uma custódia de prata e ouro que faz evocação das aparições do Anjo, obra de Joana Delgado, oferecida ao Santuário de Fátima no ano de 2011 pelo Movimento Adoración Nocturna Española. No espaço intermédio, pontifica uma tela de grandes dimensões pintada por Adolf Baeyens, entre 1946 e 1950, e que constituiu uma alegoria à Virgem de Fátima como Medianeira junto de Cristo. No último núcleo, o visitante poderá contemplar uma escultura da Santíssima Trindade, segundo a iconografia típica da Baixa Idade Média, normalmente conhecida como “Trono da Graça”, obra de alabastro de Nottingham datada do século XV e pertença do espólio do Museu Diocesano de Leiria-Fátima. Através dos relatos da Irmã Lúcia, sobretudo a partir da sua Quarta Memória, escrita em 1941, e de textos eivados de argumento bíblico, a exposição apresenta a Mensagem de Fátima enquanto caminho que conduz à Luz. Neste sentido, o próprio elemento “luz” é também ele um objecto mais a ser observado nesta exposição, porquanto a sua força plástica, juntamente com o grafismo cénico desenhado, foi aproveitada para enfatizar esse trilho em direcção à luz divina. Marco Daniel Duarte, comissário da exposição |
