04 de janeiro, 2011

“Paz, tão desejada por todos, mas tão ameaçada por muitos”
No primeiro dia do ano de 2011, em que a Igreja Católica celebra a Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus e o Dia Mundial da Paz, o Reitor do Santuário de Fátima alertou que “o séc. XXI continua marcado por muitos sinais de falta dessa paz, tão desejada por todos, mas tão ameaçada por muitos”.
“Vão mudando os âmbitos em que ela é violada, agora de forma mais discreta, mas não menos real. Os campos de batalha são, agora, outros e as armas de guerra são mais silenciosas, de tal modo que, chegam a confundir-se com os caminhos da paz”, afirmou o Padre Virgílio Antunes, na homilia da eucaristia de 1 de Janeiro, celebrada às 11:00 na Igreja da Santíssima Trindade, e na qual participaram à volta quatro mil pessoas.
O “primeiro e o mais trágico campo de batalha” é o da vida humana em que “as armas são todas as leis e procedimentos que permitem a violação do direito à vida em todas as suas fases, desde a concepção até ao seu fim natural”.
“Para que alguns vivam na abundância, negam-se as possibilidades de realização a outros; para que alguns desfrutem das possibilidades terrenas, condenam-se outros a morrer, tanto no seu corpo como na sua alma: os mais frágeis e indefesos, as crianças, os doentes e os idosos”, acusou o Padre Virgílio Antunes, que acrescentou ainda que “a má distribuição dos bens da terra, o enriquecimento sem medida, a falta de acesso aos cuidados de saúde, a impossibilidade de trabalhar e ganhar o próprio sustento, a violência resultante da pobreza, são autênticas armas que matam no silêncio e acabam por ser denominadas de problemas sociais ou de injustiças”.
Considera o sacerdote que um outro campo de batalha é o da liberdade humana. “As armas são, neste caso, todas as formas de opressão e escravidão em que pode viver cada pessoa ou às quais alguns sujeitam os outros”.
“O caminho está traçado: para que haja paz, havemos de sentir que todos somos filhos de Deus, que somos irmãos de Jesus Cristo e irmãos de todos os homens, havemos de sentir-nos todos iguais em dignidade. Ninguém tem o direito de atentar contra a liberdade do seu semelhante”, afirmou.
Em terceiro lugar, considera o Reitor, “a religião e a fé, aliadas à consciência das pessoas, estão a tornar-se, de novo, campo de batalha”.
“As perseguições por motivos religiosos são uma enorme contradição num tempo em que se grita a tolerância e a liberdade religiosa”.
“A perseguição contra os cristãos está a recrudescer em, algumas regiões do mundo, onde é proibido o chamado proselitismo e a propaganda religiosa, mas onde, no fundo, se nega aos discípulos de Cristo o direito de professarem e viverem em paz, liberdade e segurança, de acordo com as suas convicções de fé”, lamentou o Padre Virgílio Antunes, para quem, também no Ocidente, “se desencadeiam acções silenciosas, que vão no sentido de criar obstáculos ao cristianismo, tentando organizar-se a vida social e cultural, como se a fé e a civilização cristãs não existissem e não estivessem bem enraizadas no nosso meio”.
A homília, na integra: #
LeopolDina Simões

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