10 de junho, 2024

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No dia de Portugal, o país esteve representado em Fátima

Pequenos peregrinos de todo o país participaram, hoje, na Peregrinação das Crianças.

 

No dia de Portugal, o país esteve representado na Cova da Iria, com milhares de pequenos peregrinos provenientes de diversas geografias nacionais a marcarem presença em mais uma Peregrinação das Crianças.

Os mais pequenos tiveram lugar reservado no topo do Recinto de Oração, durante a celebração da missa da peregrinação, no final da manhã. Vistos das colunatas, os diferentes grupos apenas se distinguiam pelas cores dos bonés, dos lenços e das camisolas, que representavam as inúmeras paróquias de proveniência.

De cor verde, o grupo de 44 crianças da paróquia da Sé de Faro, da diocese do Algarve, juntou-se, no final da celebração, para uma foto, na escadaria do presbitério, com os catequistas que os acompanhavam.

“Já chegámos ontem, de autocarro. Já era habitual virmos à Peregrinação das Crianças, embora não tivéssemos vindo nos últimos anos, devido à pandemia. Foi bom regressarmos, pois já estávamos à espera deste momento há muito tempo”, admite Maria Barra, catequista do 6.º e 2.º ano daquela paróquia.

Durante o mês de março, as catequeses paroquiais foram convidadas a preparar a vinda a Fátima com uma dinâmica especial e esta paróquia do sul do país não foi exceção. Além da habitual campanha de maio, tiveram de arregaçar as mangas para conseguirem fundos para ajudar na viagem.

“Vendemos bolos caseiros, feitos pelos pais, e rifas, à saída das missas da paróquia”, contamSofia Rosa e Maria Silva, ambas catequizandas do 7.º ano da catequese. “Demorámos quatro horas a cá chegar, mas é uma sensação boa a de perceber que são muitos os que, como nós, acreditam em Deus”, admitem as duas amigas.

 

“Aqui, podemos ser nós mesmos, livres”

Para Amélia Dias e Isabel Vargas, que frequentam o 6.º ano da catequese da Sé de Faro, esta é uma oportunidade de “sair da zona de conforto” e experimentar algo diferente do que têm, habitualmente, na catequese, nos escuteiros e na igreja da paróquia.

“Estamos habituadas à mesma rotina e esta experiência, exclusiva para os mais novos, é bonita e única também por podermos estar aqui com os amigos que conhecemos”, justificam, ao apontar o convívio e a oportunidade de aprofundar os laços de amizade como os aspetos mais positivos que levam desta peregrinação a Fátima.

Já para Pilar Silva, do 5.º ano da catequese, que cumpre a sua primeira vinda à Cova da Iria neste dia, a sensação de liberdade e de partilha da fé foram as experiências que tornaram o dia “muito divertido”.

“Sinto que, aqui, podemos ser nós mesmos, livres e com algo em comum: o propósito de rezar. Esta peregrinação mostra-nos que não estamos sozinhos em nada, até na nossa fé”, explica a peregrina algarvia.

 

Uma peregrinação de crianças que envolve toda a comunidade

Com o mesmo tempo de viagem, mas vindos do norte do país, João Gonçalves e André Sousa falam de "uma experiência que continua a valer a pena".

“É fixe! É sempre bom assistir a tudo e ver a alegria das crianças. Já cá vimos desde crianças. Quando somos mais pequenos, vimos mais pela brincadeira e agora, com 15 e 16 anos, já levamos as coisas mais a sério”, assumem os dois adolescentes de Fafe, antes de elogiarem a “missa dinâmica e participativa” da peregrinação.

Caminham a passos largos com o restante os 77 pequenos peregrinos de Fafe para os parques que ladeiam o Santuário, onde vão almoçar. À frente, segue o catequista do 7.º e 8.º anos, João David, com um moinho de vento colorido em punho a servir de referência ao grupo.

“As crianças e os adolescentes vão-se mantendo assíduos até ao Crisma e nós vamos sempre tentando cativá-los, para que se mantenham ligados à vida da comunidade cristã de forma ativa. Esta peregrinação é, sem dúvida, um momento que ajuda nesta ligação”, garante o catequista, ao sublinhar a importante mobilização dos pais e de toda a comunidade para esta vinda.

“Desde o início do ano pastoral que organizamos feirinhas e vendemos rifas, com a ajuda dos pais, para que os miúdos, também com a ajuda da paróquia, venham cá sem qualquer tipo de despesa. Desde as t-shirts ao chapéu, tudo partiu do empenho das crianças, que aqui estão por mérito próprio”, revela João David.

O grupo saiu de Fafe pouco depois das seis da manhã e chegou ao Santuário às 9h30. À chegada, quiseram passar junto à Capelinha das Aparições para rezar o Terço e já não foram a tempo de assistir à primeira apresentação da encenação, na Basílica da Santíssima Trindade. Contam ir à repetição, ao início da parte da tarde, após a qual se encerrará a Peregrinação. No regresso a Fafe, outras tantas horas de viagem os esperam, mas o cansaço compensa “o espírito de grupo e de missão” que levam de Fátima.

“Hoje, foi o ponto grande de um ano de preparação que envolveu toda a comunidade. Por tudo isso, as crianças acabam por sentir que estão aqui com um sentido”, afirma o catequista, ao assumir a vontade de regressar.

“Está um dia perfeito, até porque o tempo ameno ajudou muito. A vontade de muitas crianças do grupo é já a de estar cá na próxima Peregrinação das Crianças. Desde que haja vontade, é começar a fazer o que for preciso para repetir esta experiência. Mas, agora, estão mais motivadas para ir comer”, diz, entre risos, ao orientar o grupo para o almoço.

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24 nov 2024

Missa, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima

  • 18h30
Missa

Rosário, na Capelinha das Aparições

  • 18h30
Terço
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