13 de novembro, 2021
“Nestes tempos difíceis para a Igreja, esta celebração vem recordar-nos que devemos rezar pela unidade da Igreja e pela conversão dos seus membros”Pe. Carlos Cabecinhas presidiu à missa da peregrinação mensal de novembro, na qual se celebra a solenidade da Dedicação da Basílica da Santíssima Trindade
O Pe. Carlos Cabecinhas, reitor do Santuário de Fátima, presidiu à missa da peregrinação mensal de novembro, na qual se celebra a solenidade da Dedicação da Basílica da Santíssima Trindade. Para esta celebração fizeram-se anunciar nos Serviços do Santuário, dois grupos de peregrinos de Portugal. “A celebração da Dedicação de uma igreja é sempre um convite a tomarmos consciência do que significa ser Igreja, uma vez que nos orienta sempre para o mistério da Igreja de pedras vivas que aí se reúne nos espaços celebrativos”, começou por explicar o sacerdote, acrescentando que a Igreja não são as paredes “somos nós”. Desta forma, a Palavra de Deus proclamada neste dia “chama-nos a atenção para a realidade do que somos a partir do lugar onde nos reunimos para celebrar”. “A comunidade cristã e o coração humano são o verdadeiro templo onde Deus habita, o lugar do encontro com Deus”, afirmou o reitor do Santuário de Fátima, na homilia. O Pe. Carlos Cabecinhas lembrou ainda que é neste facto que “reside a nossa dignidade”, uma vez que nada vida da Igreja “nos é estranho”. “Alegramo-nos com as suas alegrias, mas também sofremos com as infidelidades dos seus membros, e nestes tempos difíceis para a Igreja, esta celebração vem recordar-nos que devemos rezar pela unidade da Igreja e pela conversão dos seus membros”, reiterou. Esta consciência de ser Igreja “aponta para a nossa comunhão com o Santo Padre, sinal visível da unidade da Igreja, e a concessão do título de basílica a esta igreja, feita pelo Santo Padre, põe em evidência sobretudo o vínculo de especial comunhão com o Papa”. “A união ao Santo Padre é marca característica de Fátima, não apenas porque tivemos já a graça de acolher, neste Santuário São Paulo VI, São João Paulo II, Bento VI e o Papa Francisco, mas sobretudo porque é uma dimensão constitutiva da própria mensagem de Fátima”, afirmou o sacerdote, recordando os peregrinos que rezar pelo Santo Padre e pelas suas intenções é prática diária no Santuário. “Celebrar a dedicação desta Basílica significa assumir o compromisso de união e comunhão com o Santo Padre, e hoje, damo-nos conta das resistências que o Papa Francisco encontra na sua missão, seja dentro da própria Igreja, seja fora, e cabe-nos a nós, cristãos, ajudá-lo com a nossa adesão aos seus ensinamentos e cabe-nos ajudá-lo, sendo suporte da sua missão com as nossas orações”, assegurou o reitor. Esta Basílica recorda “constantemente o veemente apelo da mensagem de Fátima a darmos a Deus lugar na nossa vida, vivendo de acordo com a Sua vontade, dedicando tempo à oração, descobrindo os sinais da Sua presença nos outros e nos acontecimentos que nos cercam”. A Igreja da Santíssima Trindade foi dedicada em 12 de outubro de 2007 pelo cardeal Tarcisio Bertone, então Secretário de Estado do Vaticano e legado pontifício do Papa Bento XVI para o encerramento do 90.º aniversário das aparições de Nossa Senhora aos três pequenos pastores videntes. Em 2012, a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos concedeu a este templo o título de basílica, concessão atribuída por Decreto de 19 de junho de 2012 e que pôs em evidência o seu relevo pastoral e, sobretudo, o especial vínculo de comunhão com o santo padre – dimensão particularmente importante da mensagem de Fátima – e, simultaneamente, o carinho que ele nutre por Fátima. |