11 de fevereiro, 2024

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“Nas dificuldades, compaixão e ajuda ao próximo fazem ‘milagres’”

Na homilia deste domingo, o reitor do Santuário desafiou os peregrinos a imitar Jesus na atenção aos outros.

 

Na Missa deste VI Domingo do Tempo Comum, o reitor do Santuário de Fátima desafiou os peregrinos, reunidos na Basílica da Santíssima Trindade, a “imitar Jesus na atenção aos outros e às suas necessidades”. No dia em que se celebra o Dia Mundial do Doente, o presidente da celebração exortou os peregrinos a serem “o meio através do qual Jesus, hoje, continua a tocar e a curar”, dando como exemplo a atitude dos santos Pastorinhos nesta atenção ao sofrimento do próximo.

A partir do milagre da cura do leproso, relatado no Evangelho deste domingo, o padre Carlos Cabecinhas começou por deduzir a “imagem da experiência de sofrimento que atinge tantas pessoas em situação de doença”: um sofrimento “que não é apenas físico, mas também psíquico e espiritual e tantas vezes marcado pela solidão, pelo isolamento, pelo desespero”.

“Diante desta experiência de sofrimento, a Palavra de Deus deixa-nos uma mensagem de esperança; mostra-nos que Jesus Cristo continua a vir, hoje, ao nosso encontro, a olhar compadecido para as nossas fragilidades, (…) com gestos de ternura e compaixão”, assegurou o presidente da celebração, ao desafiar a assembleia a ser “imitadora de Cristo”, a partir das palavras de São Paulo aos Coríntios, ouvidas na segunda leitura de hoje.

“A compaixão diante das dificuldades dos outros, nomeadamente dos doentes, e a ajuda concreta nos momentos difíceis fazem ‘milagres’ e permitem que Cristo continue hoje a fazer milagres por nosso intermédio. Não se trata, de facto, de realizar ações grandiosas: é nos pequenos “nadas” do nosso dia a dia, na atenção e escuta de alguém, na partilha singela com quem precisa que somos desafiados a imitar a atitude de Jesus”, concretizou.

Neste dia em que se inicia o podcast da novena dos Pastorinhos — uma das iniciativas do programa que assinala a memória litúrgica de São Francisco e Santa Jacinta Marto, celebrada no próximo dia 20 — o reitor do Santuário apontou para o “exemplo de atenção aos outros e ao sofrimento” que os videntes assumiram em vida.

Com os ícones dos santos Pastorinhos já dispostos no altar da Basílica da Santíssima Trindade, o sacerdote lembrou que “mesmo na situação de doença, que a ambos vitimou, [os Pastorinhos] foram exemplares na confiança em Deus, que nunca os deixou sós, e continuaram a preocupar-se com os outros, oferecendo os seus sofrimentos pelos outros”.

Na reflexão que ofereceu, o reitor do Santuário evocou, ainda, a mensagem do Santo Padre para este Dia Mundial do Doente, que exorta a adotar o “olhar compassivo de Jesus” e a “cuidar de quem sofre e está sozinho, porventura marginalizado e descartado”, contrastando, deste modo, com “a cultura do individualismo, da indiferença, do descarte e fazer crescer a cultura da ternura e da compaixão”.

 

Encontro em Fátima refletiu sobre o sentido da vida perante o sofrimento

No início da celebração, o presidente da celebração deixou uma saudação particular aos participantes no encontro “Sofres? Amar? Viver!”, sobre o sentido da vida perante o sofrimento, que decorre desde ontem na Casa de Retiros de Nossa Senhora das Dores, no âmbito da celebração do Dia Mundial do Doente e da comemoração do 40.º aniversário da Salvifici Doloris, carta apóstolica de João Paulo II sobre o sentido cristão do sofrimento humano.

A celebração da Missa foi o culminar de um programa que ofereceu uma proposta específica dedicada às pessoas com deficiência psíquica e que incluiu um momento de partilha de testemunhos pessoais. Entre ontem e hoje, foram abordados temas como: “O Sofrimento nos Evangelhos”; “A fragilidade e vulnerabilidade humanas: potencialidades da pessoa que sofre” e “O sofrimento e imagens de Deus”.

O encontro teve a organização dos Silenciosos Operários da Cruz; do Centro Voluntários do Sofrimento e do Serviço Pastoral a Pessoas com Deficiência, da Conferência Episcopal Portuguesa; com o apoio do Santuário de Fátima, do Secretariado Nacional da Pastoral Social, da Comissão Nacional Pastoral da Saúde e do Movimento Fé e Luz.

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