16 de fevereiro, 2020

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“Não podemos ser oferentes perante Deus e ofensores perante os irmãos”, afirmou reitor do Santuário

Na Cova da Iria começa hoje o programa celebrativo do Centenário da Morte de Santa Jacinta Marto.

O Santuário de Fátima inicia este domingo a celebração do Centenário da morte de Santa Jacinta Marto com o VI Concerto Evocativo dos Três Pastorinhos de Fátima pelo ensemble Moços do Coro, sob a direção de Nuno Miguel de Almeida, que tem lugar às 15h30, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima.

O concerto, que tem entrada livre, centra-se na vida e na espiritualidade da mais jovem Santa, não mártir, da igreja e estreia duas obras especialmente encomendadas para celebrar esta efeméride: Consoladores, de Rui Paulo Teixeira e Fecha os olhos, de Gonçalo Lourenço.

Jacinta Marto morreu no dia 20 de fevereiro de 1920, dia que a Igreja consagrou à memória litúrgica dos dois mais novos videntes de Fátima, proclamados santos pelo Papa Francisco a 13 de maio de 2017, na Cova da Iria.

Na homilia da missa deste domingo, na Basílica da Santíssima Trindade, e a partir do Evangelho, o reitor do Santuário de Fátima desafiou os peregrinos a imitarem os pastorinhos de Fátima e a aprender deles a autenticidade de uma vida cristã feita a partir de uma “relação íntima com Deus” e não “com a preocupação em cumprir determinadas normas”.

Numa homilia centrada nas palavras “duras e exigentes” da liturgia deste domingo, que são “difíceis de ouvir e acolher”, o padre Carlos Cabecinhas convidou os peregrinos a “avançar numa atitude inteiramente nova” que vá muito “para além dos mínimos ditados pelos mandamentos”.

“A sua preocupação não foi o cumprimento formal de umas tantas normas, de uns tantos mandamentos; a grande preocupação deles foi cuidar da sua relação com Deus. Por isso, sentem a necessidade de consolar Deus, que está triste com os pecados e as ofensas; centram a sua atenção nos outros que sofrem, atentos aos pobres e pecadores, porque o encontro deles com Deus, que é amor, leva-os a uma atitude idêntica para com os outros”, afirmou o reitor.

“É isso que Jesus nos ensina” disse o padre Carlos Cabecinhas lembrando que para isso é preciso “uma conversão do coração”.

“Não basta cumprir com uma série de normas. É preciso que o nosso coração se converta para que a nossa vida seja coerente com o que professamos. É aqui que está o verdadeiro ensinamento de Jesus: não basta cumprirmos casuística ou regularmente os mandamentos porque esses são os mínimos, o mínimo dos mínimos. A nós, seus discípulos, é -nos pedido mais, muito mais”, disse o reitor do Santuário de Fátima.

“É precisa uma atitude interior inteiramente nova, uma relação com Deus que transforme verdadeiramente o coração, que parta de dentro da nossa interioridade”, esclareceu ainda ao sublinhar que se trata de “um caminho exigente, duro e dinâmico” mas que se faz com gosto “na observância do mandamento do amor”, a partir “do coração de cada um”.

“No nosso dia-a-dia será que damos conta disto nas nossas relações uns com os outros?” interpelou o reitor ao focar situações que podem “ferir, aniquilar e destruir os outros”, para além da morte física.

“São muitos os modos pelos quais causamos danos uns aos outros: as nossas palavras que ofendem, ou calunias que destroem o bom nome, o desprezo que exclui ou a indiferença que fere, pode ser o orgulho que impede perdoar e pedir perdão... tudo isto mata, tudo isto destrói. Quantas vezes as nossas palavras matam... temos consciência disto?” questionou o reitor do Santuário de Fátima, destacando que os cristãos não podem ser em simultâneo “oferentes perante Deus e ofensores perante os irmãos”.

 

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