15 de agosto, 2024

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Na solenidade da assunção de Maria, D. José Ornelas lembrou as mulheres que assistem ao sofrimento e à morte dos filhos

Na homilia que proferiu, esta manhã, no Recinto de Oração, o bispo de Leiria-Fátima alertou para o sofrimento das mães que fogem da guerra e das mulheres que batem à porta das maternidades encerradas.

 

D. José Ornelas destacou, hoje, os muitos papéis de Maria enquanto mãe e, a partir deles, chamou a atenção para o sofrimento vivido atualmente por muitas mulheres, em diferentes partes do mundo, na tentativa de protegerem os filhos.

Na missa a que presidiu no Recinto de Oração do Santuário de Fátima, neste dia em que se celebra a solenidade da assunção ao Céu de Nossa Senhora, o bispo de Leiria-Fátima evocou Maria-mãe que deu à luz “no aconchego incerto de um curral”. Através dessa imagem, expôs o exemplo das mães que “dão à luz em barcos de fortuna, no Mediterrâneo, buscando um futuro melhor para os filhos que geram” e lembrou as mulheres que “batem à porta das nossas maternidades encerradas, porque ainda não encontrámos modos de acolher bem as grávidas e os bebés que batem à porta da vida”.

Maria, a “mãe refugiada no Egito para proteger o filho dos tiranos da violência, da guerra e dos abusos” foi a figura modelar a que D. José Ornelas recorreu para trazer à reflexão as mães que “pedem asilo nas nossas fronteiras e enfrentam perigos, muros, rejeição e discriminação”.

Maria, a “mãe perplexa de um filho querido adolescente, a idade de redescobrir e tantas vezes de integrar ainda mal as peças da vida” foi a imagem que o presidente da celebração transpôs para os dias de hoje, através das mães que procuram “ver o futuro nos sonhos incertos dos seus filhos e filhas”.

Maria, a “senhora da piedade e do luto carinhoso, com o cadáver do filho querido, morto na cruz, chorando o bebé que tantas vezes fez adormecer nos seus braços” permitiu estabelecer uma ligação com as mães que, atualmente, choram “filhos e filhas reféns do terrorismo ou despedaçados pelas bombas iníquas e ódios assassinos, em Gaza e em tantas guerras do nosso mundo”.

Maria, a “mãe que ora com os discípulos do seu filho e os acompanha na missão entre os povos, até aos confins da terra e da história” conferiu o exemplo de “tantas mulheres e tantos homens que continuam a partir, por todo o mundo, cuidando de filhos e filhas de outros pais e mães”.

A terminar a homilia, o bispo de Leiria-Fátima sublinhou ainda que Maria é a mãe que “também em Fátima, naquilo que foi a sua vocação e é a vocação das mães, veio cuidar de três crianças, dando-lhes a força necessária para um mundo desumano, tantas vezes injusto, um mundo em guerra, um mundo em pandemia e que os conduziu à glória do Céu onde vivem com ela”.

“Que ela nos acompanhe sempre, nos dê vida, coragem e alegria de transformar este mundo e de esperar e viver o mundo que Deus nos há de dar na sua bondade e na sua ternura de pai”, concluiu.

Participaram na celebração desta manhã 51 sacerdotes e cerca de 17 mil peregrinos. Entre estes, além de Portugal, contaram-se grupos de proveniências tão diferentes como Alemanha, Malta, Senegal, Bélgica, Vietname, Canadá, Costa do Marfim, Espanha, França, Sri Lanca, Porto Rico, Eslováquia, Hungria, Polónia, Argentina, China, Itália, Estados Unidos, República Centro Africana e Líbano.

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