15 de julho, 2012
O Movimento da Mensagem de Fátima (MMF), associação canónica com estatutos aprovados pela Conferência Episcopal Portuguesa com a missão de dar a conhecer, a viver e a difundir a mensagem de Fátima, realiza este fim de semana a sua peregrinação à Cova da Iria. Em estreita ligação à proposta temática do Santuário de Fátima para o corrente ano pastoral, os mensageiros escolheram como tema da peregrinação a pergunta “Quereis oferecer-vos a Deus?”, colocada por Nossa Senhora em Fátima, em maio de 1917. Além dos momentos celebrativos, a peregrinação incluiu a realização, na tarde de ontem, 14 de julho, de uma reunião entre os responsáveis do MMF. Realizada setorialmente, a reunião decorreu na Casa de Retiros de Nossa Senhora das Dores e pretendeu formar os mensageiros para melhor poderem servir e levar a efeito a sua missão nas diversas áreas de atuação do movimento – Oração, Peregrinação e Doentes – e iniciar a preparação do próximo ano pastoral. Na manhã de hoje, a cor laranja dos estandartes do MMF deu um colorido diferente ao Recinto de Oração do Santuário. Após a recitação do rosário, na Capelinha, os peregrinos participaram na missa dominical, presidida pelo bispo de Leiria-Fátima e assistente geral do MMF, D. António Marto, e concelebrada por D. António Francisco dos Santos, bispo de Aveiro, e por vários sacerdotes. Além deste grupo em peregrinação nacional, participaram na eucaristia mais de uma dezena de grupos de vários países. Destaque-se a presença do grupo da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima da diocese de Aveiro, que celebra os 50 anos da sua elevação a paróquia. Deus chama-nos a quê e para quê? No dia em que a liturgia recorda o envio dos doze apóstolos para, em comunidade, anunciarem a mensagem proclamada por Jesus, D. António Marto recordou, na homilia da missa dominical, os motivos por que Deus chama os homens a anunciar a sua mensagem. “Ser cristão não é apenas um nome, é, antes de mais, um chamamento e uma missão”, afirmou explicando que esse chamamento, “que cada um sente à sua maneira, no íntimo do seu coração tal como os primeiros apóstolos e discípulos”, é um convite para “estarem com Ele (Jesus), para partilharem a sua amizade, para fazerem uma experiência de vida nova, que abre à beleza e à riqueza daquele amor que sustenta e salva o mundo”. O bispo de Leiria-Fátima exortou os peregrinos a reforçarem a sua confiança em Deus e a viverem a sua vida à semelhança da dos videntes de Fátima: “com o coração aberto por Nossa Senhora à universalidade do amor”, de uma forma “viva, existencial, prática”. Frente a uma cultura que carateriza de “mercantilista, em que nada se faz sem se calcular quanto se vai ganhar ou perder”, ser cristão é colaborar na missão de levar o Evangelho ao mundo, implica “fazer a experiência do amor eterno de Deus, que nos envolve e nos precede desde toda a eternidade, tal como o amor dos nossos pais nos precede antes de nos gerarem, antes de nos trazerem ao mundo”. “Tal como aos nossos pais, Deus ama-nos não porque somos bons e belos, mas somos bons e belos porque Deus nos ama”, conclui D. António Marto. |