20 de junho, 2024
Militares e forças de segurança oferecem à nação e à sociedade “a solidez para as suas escolhas e o seu desenvolvimento”D. Rui Valério presidiu à XLI Peregrinação Militar Nacional ao Santuário de Fátima
O Santuário de Fátima acolheu, hoje, a XLI Peregrinação Militar Nacional com o tema “Peregrinos na Esperança. Esta manhã, após uma saudação na Capelinha das Aparições, os militares seguiram em procissão para a Basílica da Santíssima Trindade, onde decorreu a Eucaristia, presidida por D. Rui Valério, administrador apostólico das Forças Armadas e das Forças de Segurança. O patriarca de Lisboa lembrou o “contexto exigente” que as Forças Armadas e as Forças de Segurança vivem, agora também com um “acrescido sentimento de preocupação e incerteza”. “Nos horizontes dos dias e das horas por que passamos, quem se assume construtor de paz e promotor de segurança não é indiferente aos conflitos que deflagram no palco do mundo, tanto no Médio Oriente, como em solo europeu”, referiu o prelado. A perspetiva dos militares e das forças de segurança “é hoje, como sempre foi, pautada pela prontidão e vontade de participar na construção de caminhos, na procura de resoluções, e não permanecer meros espetadores de dificuldades e problemas”, e por esse motivo peregrinar à Cova da Iria “num secular e sentido gesto de gratidão a Nossa Senhora, para agradecer as graças que as forças armadas e forças de segurança têm recebido ao longo das suas histórias, une-se ao reconhecimento da proteção e segurança que a Rainha da Paz, com a sua ternura maternal, tem concedido a nós, aos nossos camaradas e suas famílias”. “Mas a nossa vinda e presença neste lugar de promessa assume também a forma de um compromisso”, uma vez que aqui, cada militar, cada elemento das forças de segurança “quer reafirmar o seu sim incondicional à vontade de Deus e à missão de realizar Portugal, e cada soldado, cada militar, cada polícia, cada mulher e homem de boa vontade, reafirma aos pés de Maria, o sim da sua total disponibilidade para partir quando for chamado”. Em Fátima “confirma-se o sim da bravura, para enfrentar os inimigos da humanidade e aqui se renova o sim do caráter, para construir firmeza na atual cultura movediça do relativismo”. “O sim da abnegação e do serviço para defender a vida e promover a dignidade de cada ser humano”, reiterou D. Rui Valério. A Palavra de Deus, “além de nos oferecer a inspiração, também nos mostra o caminho para construir a paz”, com esperança “a que o Papa Francisco nos convida no jubileu de 2025, e não é mero otimismo, mas nasce da certeza de que tudo o que somos e temos está nas mãos de Deus”. “Nada é difícil, quando o amor tudo torna fácil”, referiu o prelado, acrescentando: “A vossa prontidão é, a exemplo do amor de Deus, incondicional e plena, até ao derramamento do próprio sangue, se necessário for”. “Pela sua graça e bondade, sejamos promotores de vida, e peregrinos que mostram o caminho da esperança”, pediu o patriarca de Lisboa, desafiando os militares e elementos das forças de segurança, a “reconhecerem-se nesta disposição vital, porquanto eles próprios desenvolvem a sua missão, oferecendo à nação e à sociedade a solidez para as suas escolhas e o seu desenvolvimento”. “Garantir a paz e salvaguardar a segurança são o esteio de toda a possibilidade de viver em comunidade, de ter trabalho, de progredir nos enclaves da história”, concluiu. Durante a tarde, e ainda no programa desta peregrinação, a Escola Prática de Polícia realizou a Bênção dos Crachás dos cerca de 500 futuros agentes da PSP na Capelinha das Aparições. O Capelão desta unidade, padre Luís Leal, referiu que ser polícia “mais que uma missão, é uma entrega, uma vocação”. O sacerdote desafiou cada um a “ser mais”, para que sejam “um corpo coeso e unido ao serviço dos cidadãos e da pátria”. O programa teve início na tarde de ontem com a via-sacra nos Valinhos. |