31 de julho, 2023

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Milhares de jovens celebraram em Fátima, a um dia do início da JMJ

Esta manhã, milhares de jovens de diferentes nacionalidades reuniram-se em assembleia, na Cova da iria, para celebrar uma Missa, a caminho da JMJ Lisboa 2023. A presidir esteve D. José Ornelas, que lhes pediu serviço à Igreja e ao mundo, tomando como exemplo a peregrinação terrena de Nossa Senhora.

 

Esta manhã, na homilia da Missa que juntou no Recinto de Oração do Santuário de Fátima milhares de jovens a caminho da Jornada Mundial da Juventude (JMJ Lisboa 2023), que tem início amanhã, o bispo de Leiria Fátima apresentou aos “peregrinos da festa da juventude do mundo e da Igreja” o caráter de peregrinação de que Nossa Senhora foi modelo para a Igreja e desafiou a juventude o serviço, assumindo a missão de uma Igreja renovada, para bem do mundo.

A partir do relato da anunciação, o presidente da celebração começou por apresentar Nossa Senhora como “peregrina do anúncio e da missão”.

“Esta é uma linda imagem para a JMJ: celebrar a festa da fé, celebrar a Igreja, com os jovens de todo o mundo”, começou por dizer, ao apresentar Maria como “sinal de esperança”, na perseguição que Ela mesma experimentou, durante a sua fuga para o Egipto, para salvar o Filho.

“O mesmo acontece, hoje, com tantos milhões de pessoas, muitos dos quais crianças e jovens, que andam à procura de futuro e dignidade. Ela é um sinal de esperança para estes refugiados, mas também um sinal de desafio para toda a Igreja”, afirmou o prelado, destacando a dimensão essencial do acolhimento, como experiência que “muda o sentido da vida”.

D. José Ornelas apresentou também Maria como “peregrina da fé”, pelo entendimento exemplar que a Mãe de Jesus teve da fé e da tradição, à luz dos passos do Seu Filho.

“Muitos jovens têm dificuldades em encontrar resposta para o mundo de hoje. Uns desanimam e deixam a Igreja, outros fecham-se no imobilismo do passado, como se a fé fosse uma arca frigorífica ou um museu. Nós acreditamos que cada geração renova a mensagem do Evangelho”, afirmou o presidente da celebração, ao perspetivar a peregrinação da Mãe de Deus no seu caminho com a Igreja e na sua maternidade divina.

“Maria torna-se Mãe e modelo da Igreja no acolhimento a todos os filhos e filhas deserdados da Terra e desafia todos os que vêm às JMJ a assumir a missão de cuidar das fragilidades dos que são esquecidos, vítimas da fome e da miséria, dos abusos, da guerra, para cuidar da casa de toda a família humana que é o nosso planeta”, exortou, aos jovens, o bispo de Leiria-Fátima.

 

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“Põe-te à escuta no santuário do teu coração: (…) não deixes de perguntar: Senhor, que queres que eu faça?”

Na conclusão, D. José Ornelas apresentou Maria como “peregrina em missão”, pelo percurso que fez em vida, ao “acompanhar a missão da Igreja, na diversidade dos povos da Terra”.

“A mobilidade do mundo moderno e a rede de comunicações que chega a todos os cantos do mundo tem de ser caminho de solidariedade, de diálogo, de esperança e anúncio do Evangelho, para que a ninguém fique excluído o conhecimento da Boa Nova”, disse o presidente da celebração, desafiando os jovens a serviço e à missão, tal como Maria, pela Igreja e por um mundo melhor.

“Hoje, Maria segreda aos vossos corações: está atento, põe-te à escuta, no santuário do teu coração: (…) não deixes de perguntar: Senhor, que queres que eu faça da minha juventude e da minha vida, na Igreja, na sociedade e no mundo? E, com todas essas perguntas, não deixes de repetir, como Maria, ‘Eis a serva do Senhor, realize-se em mim a Tua Palavra’.”

No final da Eucaristia, D. José Ornelas dirigiu-se aos milhares de jovens da assembleia, em inglês, para lhes desejar uma “jornada de encontro e de festa” e uma “experiência de universalidade de uma Igreja, que se preocupa com os jovens de todo o mundo e que reza pela paz”.

No início da celebração, foi passado nos ecrãs do Recinto de Oração o “Fátima, um sopro do Espírito”, uma animação de cerca de cinco minutos que conta o acontecimento de Fátima e dá a conhecer a Mensagem que Nossa Senhora deixou na Cova da Iria, durante as aparições de 1917.

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