15 de agosto, 2019

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“Maria é a porta do Céu”, afirma Cardeal D. António Marto

Bispo de Leiria-Fátima assinala a solenidade da Assunção de Maria e pede a intercessão da Senhora de Fátima na luta contra o mal

 

O bispo de Leiria-Fátima presidiu esta manhã à Missa no Recinto de Oração do Santuário de Fátima, e destacou que a solenidade da Assunção de Maria é um convite à esperança e à vitória do bem sobre o mal.

“É uma  festa que nos fala do presente e do futuro” disse D. António Marto sublinhando que “na  assunção de Nossa Senhora à glória celeste compreendemos que o céu de Deus tem um coração de mãe”.

“Que mistério grande é este, que nos fala sobretudo de esperança, de consolação e de alegria para todos nós” precisou o cardeal português aos milhares de peregrinos que voltaram a participaram numa celebração em Fátima esta semana, oriundos de Portugal mas também da Costa do Marfim, da França, da Áustria, da Alemanha, do Vietname, de Itália, dos Estados Unidos, de Espanha e da Lituânia.

“Foi este mistério que os pastorinhos tão bem compreenderam, em especial a pequena vidente Lúcia a quem Nossa Senhora consolou com a promessa de que o seu coração imaculado seria o refúgio e o caminho que a conduziria até Deus”, lembrou D. António Marto.

“Também nós estaremos ao lado de Jesus na sua plenitude. Esta é a nossa esperança na vida para além desta vida- a vida eterna”, disse ainda.

O prelado diocesano destacou, por outro lado, que além da esperança esta festa convida-nos a “crer no poder da ressurreição de Cristo e a vivermos como homens e mulheres corajosos, capazes de levar a luz onde existe o mal e as trevas”.

D. António Marto deixou um desafio: “não nos deixemos vencer pelo poder do mal do dragão sanguinário, pois onde há a presença de Deus, o mundo torna-se melhor. Tenhamos, pois, coragem!”

D. António Marto lembrou que Maria é sempre a mãe que “do Céu nos olha, com amor, está perto de nós e nos segue com a sua solicitude materna”. Por isso, acrescentou: “agarremo-nos a Ela”.

“Olhemos para Nossa Senhora de Fátima e peçamos-lhe a sua intercessão para que não nos abandone, continue a proteger-nos, nos momentos felizes e nos mais difíceis e nos acolha junto do seu filho”, frisou ainda convidando os peregrinos a olhar para Maria como “a porta do Céu, onde nos espera o seu filho. Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora da Assunção, Porta do Céu, rogai por nós”, concluiu.

A celebração terminou com uma saudação do presidente nas várias línguas, como é seu apanágio.

A Igreja Católica assinala hoje, em todo o mundo, a solenidade litúrgica da Assunção de Maria, um dogma solenemente definido pelo Papa Pio XII, em 1 de novembro de 1950, e celebrado há vários séculos, numa data que é feriado em Portugal.

“Declaramos e definimos ser dogma divinamente revelado que a imaculada Mãe de Deus, a sempre virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial”, refere a constituição apostólica ‘Munificentissimus Deus’ com a qual se deu a definição deste dogma da fé católica.

A importância do culto a Nossa Senhora, por parte dos católicos, reside na convicção de que  Maria tem uma “missão de intercessão e salvação”, pois  “Nossa Senhora ao ser assunta ao Céu fica mais próxima de seus filhos aqui na terra, intercedendo por eles junto a Jesus, e torna-se um sinal luminoso da vida futura que esperamos” como  referiu  a seu tempo o papa emérito  Bento XVI.

No calendário litúrgico da Igreja latina celebra-se, com a categoria de solenidade (a mais importante, além das celebrações dominicais), a 15 de agosto.

 

 

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