16 de novembro, 2004

Mane Nobiscum Domine

De seguida, e entre aspas, algumas palavras do Santo Padre João Paulo II para o Ano da Eucaristia, publicadas na carta apostólica Mane Nobiscum Domine, datada de 7 de Outubro deste ano, memória de Nossa Senhora do Rosário.

 «O Sacrum Convivium, in quo Christus sumitur! O Ano da Eucaristia nasce do assombro que a Igreja sente diante deste grande Mistério. É um assombro que não cessa de permear o meu espírito. Dele brotou a encíclica Ecclesia de Eucharistia. Sinto como sendo uma grande graça do vigésimo sétimo ano de ministério petrino, que estou para iniciar, poder chamar agora toda a Igreja a contemplar, louvar, adorar de modo muito especial este inefável Sacramento. O Ano da Eucaristia seja para todos ocasião preciosa para uma renovada consciência do tesouro incomparável que Cristo entregou à sua Igreja. Seja estímulo para a sua celebração mais viva e sentida, da qual brote uma existência cristã transformada pelo amor.
Muitas iniciativas se poderão realizar nesta linha, ao critério dos Pastores das Igrejas particulares. A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos não deixará de oferecer, para o efeito, sugestões e propostas úteis. Todavia não peço que se façam coisas extraordinárias, mas que todas as iniciativas sejam marcadas por profunda interioridade. Mesmo que o seu fruto fosse apenas reavivar em todas as comunidades cristãs a celebração da Missa dominical e incrementar a adoração eucarística fora da Missa, este ano de graça teria conseguido um significativo resultado. Mas é bom apostar alto, não se contentando com medidas medíocres, porque sabemos poder contar sempre com a ajuda de Deus.
A vós, amados Irmãos no Episcopado, confio este ano, seguro de que acolhereis o meu convite com todo o vosso ardor apostólico.
Vós, sacerdotes, que repetis cada dia as palavras da consagração e sois testemunhas e arautos do grande milagre de amor que acontece entre as vossas mãos, deixai-vos interpelar pela graça deste ano especial, celebrando cada dia a Santa Missa com a alegria e o fervor da primeira vez e detendo-se de boa vontade em oração diante do Sacrário.
Seja um ano de graça para vós, diáconos, que estais envolvidos de perto no ministério da Palavra e no serviço do Altar. Também vós, leitores, acólitos, ministros extraordinários da comunhão, tende viva consciência do dom a vós concedido através das missões que vos são confiadas em ordem a uma digna celebração da Eucaristia.
De forma particular dirijo-me a vós, futuros sacerdotes: na vida de Seminário, procurai fazer experiência de quão amável é não só participar diariamente na Santa Missa, mas também demorar-se longamente em diálogo com Jesus Eucaristia.
Vós, consagrados e consagradas, chamados pela própria consagração a uma contemplação mais prolongada, recordai que Jesus no Sacrário espera por vós junto d´Ele, para derramar nos vossos corações aquela experiência íntima da sua amizade que é a única que pode dar sentido e plenitude à vossa vida.
Vós, fiéis todos, descobri novamente o dom da Eucaristia como luz e força para a vossa vida quotidiana no mundo, no exercício das respectivas profissões e em contacto com as mais diversas situações. Descobri-o sobretudo para viverdes plenamente a beleza e a missão da família.
Enfim, muito espero de vós, jovens, ao fixar-vos o nosso encontro para a Jornada Mundial da Juventude, em Colónia. O tema escolhido — «Viemos adorá-Lo (Mt 2, 2)» — presta-se a sugerir-vos de modo particular a justa disposição para viver este ano eucarístico. Ponde, no encontro com Jesus escondido sob o véu eucarístico, todo o entusiasmo da vossa idade, da vossa esperança, da vossa capacidade de amar.
Diante dos nossos olhos temos o exemplo dos Santos, que encontraram na Eucaristia o alimento para o seu caminho de perfeição. Quantas vezes se comoveram até às lágrimas na experiência de tão grande mistério e viveram horas indescritíveis de alegria «esponsal» diante do Sacramento do Altar. Ajude-nos sobretudo a Virgem Santa, que encarnou a lógica da Eucaristia na sua existência inteira. «A Igreja, vendo em Maria o seu modelo, é chamada a imitá-La também na sua relação com este mistério santíssimo».(26) O Pão eucarístico que recebemos é a carne imaculada do Filho: «Ave verum corpus natum de Maria Virgine». Neste ano de graça, a Igreja, sustentada por Maria, encontre novo impulso para a sua missão e reconheça cada vez mais na Eucaristia a fonte e o apogeu de toda a sua vida.
A todos chegue, portadora de graça e de alegria, a minha Bênção».

 (Artigo publicado na edição de Novembro 2004 da Voz da Fátima)
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