11 de setembro, 2022

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“Jesus revela a natureza de Deus como a de um Pai que nunca se dá por vencido enquanto não tiver dissolvido o pecado e superada a recusa com a compaixão e a misericórdia”

Pe. Joaquim Ganhão presidiu à celebração dominical

 

O Pe. Joaquim Ganhão, diretor do Departamento de Liturgia do Santuário de Fátima, presidiu à missa dominical no Recinto de Oração.

Esta celebração teve transmissão nos meios de comunicação social e digital do Santuário de Fátima, e fizeram-se anunciar vários grupos de peregrinos.

O sacerdote tomando como ponto de partida a liturgia deste dia, citou o Papa Francisco, para falar das “parábolas dedicadas à misericórdia”, pois “Jesus revela a natureza de Deus como a de um Pai que nunca se dá por vencido enquanto não tiver dissolvido o pecado e superada a recusa com a compaixão e a misericórdia”.

“Nestas parábolas, Deus é apresentado sempre cheio de alegria, sobretudo quando perdoa, e nelas, encontramos o núcleo do Evangelho e da nossa fé, porque a misericórdia é apresentada como a força que tudo vence, enche o coração de amor e consola com o perdão”, acrescentou o Pe. Joaquim Ganhão.

Podemos assim dizer que “Jesus Evangelizou Deus, isto é, mostrou-nos que o nosso Deus é uma Boa Nova, uma Boa notícia para todas as pessoas, mostrando-nos Deus com a sua própria vida, Jesus coloca em crise de julgamento todas as falsas imagens de Deus, todos os bezerros de ouro que os homens fabricaram com as suas próprias mãos e com os seus conceitos, colocou em crise aquela imagem de Deus fruto das projecções meramente humanas que nos levam a pensar num Deus que nos ama apenas se formos bonzinhos”.

“No coração desta Boa Nova de Jesus, encontramos o anúncio da misericórdia gratuita e providente de Deus que desde as origens narradas no livro do Génesis, nunca se cansou de vir ao nosso encontro, nos nossos caminhos de pecado, para nos chamar a um regresso sempre novo e surpreendente ao Seu Amor, e a iniciativa é sempre dele, porque nos ama sempre e para sempre”, disse o sacerdote.

A liturgia hoje proclamada mostra que Jesus coloca destaque no facto de o Pai ter continuado a amar e a esperar pelo filho pecador que saiu de casa, tendo invocado a morte antecipada ao pedir a herança antes do tempo.

“Deus não ama os pecados dos homens, os nossos pecados, mas ama-nos no nosso pecado, na nossa própria realidade, reconcilia-nos com ele quando nos reconhecemos pecadores”, reiterou, lembrando que esta experiência que tem mudado a vida de tantos homens e mulheres ao longo dos séculos.

Assim é este “amor desconcertante de Deus para connosco e o nosso ódio, o nosso pecado em todas as suas dimensões, está aqui a desconcertante mensagem através da qual Jesus evangeliza Deus e o torna uma boa nova de uma vez para sempre”.

Em Fátima “todos os dias nos cruzamos com irmãos e irmãs que aqui procuram este rosto misericordioso, este seio terno onde podem chorar os seus dramas e reanimar a esperança para retomarem o caminho”, concluiu.

 

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O Santuário de Fátima acolhe hoje a peregrinação da comunidade surda em Portugal. Esta é uma peregrinação nacional promovida pelo Santuário de Fátima em conjunto com o Grupo de Intérpretes de Língua Gestual Portuguesa do Santuário.

O programa começou ao início da manhã com uma Saudação a Nossa Senhora, na Capelinha das Aparições, seguindo-se celebração penitencial, na Capela da Ressurreição de Jesus. A manhã findou com um momento catequético e formativo, na Capela da Ressurreição de Jesus. No período da tarde os participantes desta peregrinação são convidados a participar na missa na Basílica da Santíssima Trindade. A peregrinação termina com uma visita ao painel de Álvaro Siza Vieira, na Galilé dos Apóstolos S. Pedro e S. Paulo.

Na passada sexta-feira, já estavam presentes alguns grupos grupo de peregrinos surdos provenientes dos Açores, para os quais foram direcionadas algumas ações específicas: uma visita aos vitrais da Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima e uma outra visita, a Aljustrel e Valinhos.

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