29 de maio, 2006

A imagem da Virgem da Capelinha das Aparições foi levada a Lisboa onde, no dia 12 de Novembro, a cidade se consagrou a Nossa Senhora de Fátima.
O acto de consagração, após uma procissão de velas com a imagem, foi uma das várias iniciativas que integraram o programa religioso do Congresso Internacional para a Nova Evangelização, que decorreu na capital portuguesa de 5 a 13 de Novembro.
No dia 13, ao início da tarde, a imagem regressou à sua Capelinha, onde foi recebida por entre palmas, cânticos e muita emoção.
Tarde de 13 de Novembro:
A imagem de Nossa Senhora de Fátima regressou à sua Capelinha

Emoção e fé na recepção da imagem da Virgem na Cova da Iria

No dia 13 de Novembro, foi grande a emoção no Santuário de Fátima, no momento do regresso da imagem de Nossa Senhora, terminada a visitação a Lisboa.
Após a comovente manifestação de fé vivida na noite do dia 12, em Lisboa, com a consagração da Diocese e da Cidade a Nossa Senhora de Fátima, depois de uma grandiosa peregrinação/procissão de velas pelas principais ruas da capital portuguesa, na qual terão participado, de acordo com os dados oficiais divulgados, 500 mil pessoas, a imagem regressou à Cova da Iria onde foi recebida com uma enorme salva de palmas, ao som do cântico “Bendizemos o Teu nome”.
A entrada da imagem no Recinto do Santuário, passavam poucos minutos das 14h30, realizou-se pelas traseiras da Capelinha das Aparições. Antes de ser colocada no seu local habitual, a imagem ficou sobre o altar da Capelinha, perante a alegria e a comoção de mais de dois mil fiéis, que não paravam de bater palmas.
Em termos de entidades eclesiais, receberam a imagem original de Nossa Senhora de Fátima que se venera na Capelinha das Aparições, D. Serafim de Sousa Ferreira e Silva, Bispo de Leiria-Fátima, e o P. António de Sousa, capelão e director do Serviço de Administração do Santuário de Fátima.
Os participantes na celebração batiam as palmas emocionados. O Sr. Bispo começou por dizer “Acaba de chegar a imagem de Nossa Senhora”, mas interrompeu as suas palavras porque as palmas se ouviam mais alto. Depois, seguiu-se o silêncio e o recolhimento. Apenas uma voz de homem o interrompeu. Dizia: “Viva Nossa Senhora de Fátima, viva Portugal!” e, de novo, as palmas.
A todos, D. Serafim, também visivelmente emocionado, disse que a imagem da Virgem, acabada de regressar de Lisboa, “de uma das maiores manifestações de fé vividas nos últimos tempos”, tinha visitado dois outros lugares na capital portuguesa, em visita particular.
A imagem da Virgem de Fátima, antes da procissão pelas avenidas de Lisboa, visitou a Universidade Católica Portuguesa, “simbolicamente, para mostrar que a educação é fundamental”, afirmou o prelado.
Uma segunda paragem aconteceu no Instituto Português de Oncologia (IPO). “No IPO a Virgem deixou uma bênção grande, que não é um remédio, é uma energia, para quem acredita na vida eterna. Para quem acredita nesta vida; que tem dificuldades, doenças e problemas; e para quem acredita numa vida que se transforma, mas que não acaba”, disse D. Serafim.
Nas suas breves palavras dirigidas aos presentes, o Bispo de Leiria-Fátima, que integrou o grupo de bispos que participou na procissão em Lisboa, confessou: “Eu ontem chorei em Lisboa”. Mais tarde, após a celebração da recepção da imagem, disse à Sala de Imprensa do Santuário: “Eu queria dizer tanta coisa a esta gente, o meu coração exulta de alegria!”.
“Na procissão em Lisboa ninguém levou cartazes contra os inimigos, os opositores, o desemprego. Levantou-se apenas a bandeira da paz. Estavam todos a uma só voz, ninguém condenou ninguém”, disse D. Serafim, na Capelinha.
Para as vozes mais críticas, que consideram que a RTP deu demasiado destaque às cerimónias realizadas na tarde e na noite do dia 12 em Lisboa, D. Serafim Ferreira e Silva disse: “Temos os futebóis, temos política, temos tanta coisa! Precisamos de colocar a nossa fé na vida pública!”.
A imagem foi entretanto colocada na sua coluna na Capelinha das Aparições e o Bispo pediu um aplauso, em tom de agradecimento, à associação de Servitas de Nossa Senhora de Fátima, “pelo cuidado que tiveram com a imagem, pela delicadeza, pela atenção”.
A cerimónia terminou após a oração, por três vezes, da Ave Maria, por três intenções especiais escolhidas por D. Serafim Ferreira e Silva: a primeira foi “pela paz no mundo”, a segunda “pela Mensagem de Fátima” e a terceira “para que o Congresso Internacional para a Nova Evangelização produza bons frutos”.
 
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Tarde/Noite de 12 de Novembro:

Diante da imagem da Capelinha das Aparições
Lisboa consagrou-se a Nossa Senhora de Fátima
A imagem de Nossa Senhora de Fátima da Capelinha das Aparições foi levada a Lisboa onde, no dia 12 de Novembro (sábado), a cidade se consagrou a Nossa Senhora.
A coroa preciosa, oferecida pelas mulheres de Portugal e na qual foi incrustada a bala oferecida por João Paulo II, acompanhou a imagem, que saiu privadamente de Fátima, na manhã do dia 12, em direcção a Lisboa, tendo como destino final a Igreja de Nossa Senhora de Fátima.
O acto de consagração foi uma das celebrações que integraram o programa religioso do Congresso Internacional para a Nova Evangelização, que decorreu na capital portuguesa de 5 a 13 de Novembro.

 
Salve Rainha!

Na Praça dos Restauradores, pela voz do Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José da Cruz Policarpo, a cidade e a Diocese consagraram-se à Virgem, nestas palavras: 
 
 
«Mãe Santíssima, A cidade de Lisboa está, hoje, a vossos pés, aclamando-Vos com ternura filial, com aquela saudação que Vos surpreendeu e comoveu há dois mil anos: “Ave Maria, cheia de graça, Vós sois bendita entre as mulheres”. O Povo Português, ao longo da sua história exprimiu essa saudação com aqueloutra que sublinha bem o lugar que tendes no nosso coração e na nossa cidade: “Salve Rainha!”. Se aquela é a proclamação do mistério que Deus realizou em vós, ao escolher-Vos para serdes a Mãe de Jesus e nossa Mãe, esta é um preito de vassalagem de um Povo que quer que sejais sua Rainha. Com esse gesto, considera-Vos membro desse Povo, a primeira, a mais honrada e o modelo inspirador para todas as mulheres portuguesas. 
“Salve Rainha”, Vos repetimos nós, hoje, porque esperamos que nos leveis a Cristo, fonte da Vida, porque Vos pedimos que nos ensineis a amar com a simplicidade e radicalidade com que o Vosso coração de mulher se abriu ao amor, porque queremos confiar em Vós, deixar-nos atrair por Vós, porque nos abandonamos à Vossa ternura maternal.
Ao aclamar-Vos como nossa Rainha, confiamo-Vos a nossa cidade, assinalada por marcos que sublinham a confiança filial dos habitantes de Lisboa. Vós sois, há muito tempo para eles, a Senhora de Belém, a Senhora da Saúde, a Senhora da Rocha, a Senhora da Penha de França, a Senhora do Amparo, a Senhora de Fátima, títulos que mostram bem a confiança que a  cidade de Lisboa deposita em Vós e se reúnem todos na designação de Santa Maria Maior, título da nossa Catedral, a Igreja Mãe desta diocese de Lisboa.
Porque fazeis parte da nossa cidade e da nossa história, Vos aclamamos hoje, com confiança renovada, como nossa Rainha e Protectora e Vos consagramos a nossa diocese e a nossa cidade de Lisboa.
* Consagramo-Vos a Igreja de Lisboa. Conduzi-a à intimidade com o Vosso Filho, Cristo Vivo e fonte da vida. Guiai-a no caminho da santidade que há-de brotar de cada Eucaristia que celebra; tornai-a firme na fé, sólida na esperança, generosa na caridade. Ajudai-a a ser testemunho vivo de vida nova, em Jesus Cristo.
* Consagramo-Vos os nossos seminaristas e sacerdotes. Vós que correspondestes ao chamamento misterioso de Deus, ensinai-os a entregar-se confiadamente e sem limites à vocação a que Deus os chamou. Que sejam servidores como Vós fostes serva, que sejam felizes no seu dom, protegei-os nas suas lutas, iluminai-os nas suas dúvidas, defendei-os das tentações e do espírito do mundo. Eles “estão no mundo, mas não são do mundo!”. Ensinai-os a serem pastores, “sacramentos” de Cristo Bom Pastor, e a fazerem de cada Eucaristia um momento de júbilo e de louvor.
* Consagramo-Vos as famílias cristãs. Vós que sois Virgem, Esposa e Mãe, revelai-lhes o verdadeiro segredo do amor, que na sua pureza e generosidade é sempre virginal. Tornai-as fortes na fidelidade, generosas na fecundidade. Revelai-lhes a beleza da comunidade. Protegei-as dos ataques de que são tantas vezes alvo pela cultura permissiva, por leis desajustadas e pelo cultivo desmesurado da liberdade individual.
* Consagramo-Vos as mulheres cristãs da nossa diocese, as esposas e as mães, as jovens e as que já tocam o ocaso da vida, as que consagraram o seu coração a Cristo e à Igreja, e todas as que trabalham na missão da Igreja. Vós, mulher como elas, comunicai-lhes esse modo feminino de amar, que tão fecundo pode ser na Igreja e no mundo.
Ensinai-as a deixar-se atrair pelo amor de Jesus Cristo, sobretudo na Eucaristia que celebram.
* Consagramo-Vos os nossos jovens. Cativai-os, prendei-os a Vós, porque convosco eles vencerão dúvidas e hesitações, valorizarão o que de mais íntimo e profundo há nos seus corações, como o anseio pela vida. Assim mergulharão no amor infinito do Vosso Filho Jesus Cristo. Acarinhai-os, Senhora, protegei-os com o Vosso amor de Mãe, ensinai-os a amar.
* Consagramo-Vos toda a nossa cidade, os seus responsáveis, todos os que procuram generosamente fazer dela um espaço de convivência e de dignidade. Entregamo-Vos também aqueles que não são crentes ou adoram a Deus noutra religião. Só Vós sabeis como ajudá-los, só Vós podeis tocar-lhes o coração, para terem a simplicidade de procurar resposta para as suas inquietações. Vós sois, o mais vivo luzeiro de onde pode irradiar a luz que lhes toque os corações.
A cidade de Lisboa está a Vossos pés, Virgem Santíssima. Vós sois a nossa Rainha. Fazeis parte da nossa cidade. Só convosco podemos percorrer os caminhos de um futuro jubiloso e libertador.».

Esta foi a nona saída da imagem que se encontra na Capelinha das Aparições.
De acordo com dados fornecidos pelo Serviço de Estudos e Difusão (SESDI) do Santuário de Fátima, a primeira viagem da imagem de Nossa Senhora de Fátima da Capelinha das Aparições decorreu entre 7 e 13 de Abril de 1942, para o encerramento de um congresso promovido pelo Conselho Nacional da Juventude Católica Feminina, em Lisboa.
A segunda saída veio a acontecer por ocasião do tricentenário da proclamação de Nossa Senhora da Conceição como Padroeira de Portugal, em 1946. A imagem saiu do Santuário de Fátima na manhã do dia 22 de Novembro e regressou a 24 de Dezembro, após um périplo pela Estremadura e Ribatejo.
A terceira saída teve lugar entre Outubro de 1947 e Janeiro de 1948. Nesta ocasião, a imagem peregrinou pelo Alentejo e Algarve, passando a fronteira luso-espanhola por duas vezes, em Elvas e Badajoz, e em Vila Real de Santo António.
Por ocasião do Congresso Mariano Diocesano de Madrid, a imagem da Capelinha das Aparições fez a sua quarta viagem, a Madrid, passando por outras localidades, entre 22 de Maio e 2 de Junho de 1948.
Entre 9 de Junho e 13 de Agosto de 1951, aconteceu a quinta saída, neste caso com a visita a todas as paróquias da Diocese de Leiria.
Por ocasião da inauguração do Monumento a Cristo Rei, a 17 de Maio de 1959, a imagem visitou novamente Lisboa e Almada. Foi a sexta saída do Santuário de Fátima.
A pedido do Papa João Paulo II, a imagem efectuou a sua sétima peregrinação fora do Santuário da Cova da Iria. Foi levada a Roma, no dia 24 de Março de 1984, onde, um dia depois, na Praça de S. Pedro, durante a celebração eucarística presidida por João Paulo II, se fez a consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria. Foi nesse dia, a 25 de Março de 1984, que João Paulo II entregou ao então Bispo de Leiria-Fátima, D. Alberto Cosme do Amaral (falecido a 7 de Outubro de 2005), a bala que o tinha atingido no atentado de que tinha sido vítima a 13 de Maio de 1981. O projéctil foi incrustado na coroa da imagem de Nossa Senhora de Fátima que tinha sido oferecida à Virgem pelas mulheres portuguesas, a 13 de Outubro de 1942.
Esta coroa, chamada coroa preciosa, apenas é usada nas peregrinações aniversárias, ou em outras ocasiões consideradas especiais, estando todos os outros dias em exposição na “Fátima Luz e Paz”, mostra representativa das ofertas feitas a Nossa Senhora ou ao Seu Santuário, patente ao público no edifício da Reitoria do Santuário.
A imagem voltaria ao Vaticano a 8 de Outubro do ano 2000, para, na presença de 1500 bispos de todo o mundo e de milhares de fiéis e peregrinos, Sua Santidade o Papa João Paulo II, na Praça de S. Pedro, consagrar o novo milénio à Virgem Santíssima, diante desta imagem de Nossa Senhora de Fátima, e em união com todo o episcopado do mundo.
“Ó Mãe, que conheces os sofrimentos e as esperanças da Igreja e do mundo, assiste os teus filhos nas provações quotidianas que a vida reserva a cada um e faz com que, graças ao esforço de todos, as trevas não prevaleçam sobre a luz.
A Ti, aurora da salvação, confiamos o nosso caminho no novo Milénio para que, sob a tua guia, todos os homens descubram Cristo, Luz do Mundo e Único Salvador, que reina com o Pai e o Espírito Santo pelos séculos dos séculos. Amem”, refere, no 5.º e último ponto, o texto da consagração.
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Manhã de 12 de Novembro:
Fátima despediu-se esta manhã da imagem da Virgem
A Cova da Iria despediu-se esta manhã, dia 12 de Novembro, pelas 10h00, da imagem oficial de Nossa Senhora de Fátima, a que habitualmente se encontra na Capelinha das Aparições, e que hoje se desloca a Lisboa, onde, às 20h00, na Praça dos Restauradores, a capital portuguesa se consagrará à Virgem de Fátima, no âmbito do Congresso Internacional para a Nova Evangelização, que termina amanhã em Lisboa.
A despedida da imagem foi uma cerimónia comovente, na qual participaram mais de duas mil pessoas, entre habitantes de Fátima, peregrinos e turistas.
O Reitor do Santuário, que presidiu à celebração, explicou aos presentes o contexto da saída da imagem, e rezou à Virgem pelos participantes no Congresso Internacional para a Nova Evangelização, e por todas as pessoas que, em Lisboa vão receber a imagem, “para que tenham o dom da paz”.
Monsenhor Luciano Guerra pediu também a Nossa Senhora de Fátima que olhe pelos “Seus filhos que vivem desesperados, sem trabalho, sem pão, sem educação, sem saúde e sem rumo na vida”, para que “todos se entreguem ao Coração da Mãe do Céu”.
No acto de homenagem a Nossa Senhora, que antecedeu a substituição da imagem que habitualmente se encontra na Capelinha pela imagem original da Virgem Peregrina de Fátima, o Reitor sublinhou a força de Nossa Senhora que, através desta estátua, “já operou maravilhas no coração, no corpo e na vida de muitas pessoas”.
Ainda durante este momento, o Reitor disse que “o essencial da mensagem de Fátima, tal como o essencial (da mensagem) que Maria levou a sua prima Isabel, é Jesus”, que é “o Mistério Pascal – a morte, ressurreição e glorificação de Jesus, para a eternidade”. Assim, o sacerdote pediu à Virgem que coloque no coração de quem a recebe hoje na capital do país “o Mistério Pascal do Seu Filho, que é a alegria e a felicidade”.
A imagem foi colocada no estojo concebido de propósito para a última saída: a Roma, no ano 2000, onde, a 8 de Outubro, João Paulo II consagrou o novo milénio à Virgem Santíssima. A cerimónia terminou com o cântico “Senhora da Azinheira”, cuja estrofe principal é a seguinte: “Senhora da Azinheira/ Percorrei a terra inteira / Ó mãe das nossa Esperanças/ Senhora das pombas brancas/ Senhora dos Pastorinhos/Senhora da Azinheira”.

(Nota: Fotos na Página da Internet/Arquivo Multimédia. www.fatima.pt)

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