05 de dezembro, 2021

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Escuta da palavra, oração e caridade apresentados como caminhos para conversão, neste tempo de Advento

Na homilia da missa deste II Domingo do Advento, reitor do Santuário apelou à conversão, “para acolher o Senhor que vem, no coração e na vida”.

Na homilia da Missa deste II domingo do Advento, celebrada na Basílica da Santíssima Trindade, o reitor do Santuário propôs a escuta da Palavra, a oração e a atenção ao próximo como caminhos da conversão a que somos chamados para a vinda do Messias.

O sacerdote começou a reflexão homilética perspetivando a Palavra proclamada na liturgia de hoje como um “veemente apelo à conversão”.

“A Palavra vem dizer-nos que é preciso prepararmo-nos para acolher o Senhor que vem e diz-nos que essa preparação consiste, fundamentalmente, na conversão do coração e da vida”, afirmou, ao apresentar a figura de João Batista como “uma das figuras mais marcantes deste tempo do Advento”, por “encarnar este apelo à conversão”.

“Ele é o precursor do Messias, o arauto da Sua chegada, aquele que prepara os corações para o Natal do Senhor (…) e a voz incómoda que, a cada ano, nos prepara para o Natal, que se aproxima. (…) Para acolher o Senhor que vem é, de facto, necessário preparar a nossa vida, pois só em corações verdadeiramente transformados o Senhor jesus encontrará lugar para nascer”, explicou o presidente da celebração, ao deter-se sobre o significado desta conversão que é proposta.

“A conversão não é uma qualquer mudança superficial ou cosmética, mas significa tomar consciência do que precisa de ser modificado na nossa vida, para podermos, realmente, acolher Jesus. Implica avaliarmos as nossas prioridades, equacionarmos os valores que orientam o nosso agir, questionar as nossas opções e atitudes, pois só assim teremos consciência dos aspetos e dimensões da nossa vida que podem estar mais afastados de Deus e que carecem de mudança.”

A partir de uma exegese da primeira leitura deste Domingo, o reitor do Santuário lembrou que “a conversão não é apenas um esforço nosso, mas também obra de Deus”, pois implica disponibilidade para “o compromisso de confrontarmos a nossa vida com a vontade de Deus”, apresentando a escuta da Palavra de Deus e a oração, sobretudo neste tempo de Advento, como caminhos fundamentais para “frutificar o esforço de conversão”.

Com referência à segunda leitura, o sacerdote destacou o “esforço por crescer na caridade” que São Paulo apresenta como outra dimensão desta conversão a que somos chamados neste tempo.

“A escuta da Palavra, a oração e a atenção ao próximo são caminhos de conversão a que somos convidados para preparar o Natal que se aproxima”, sintetizou, destacando ainda a centralidade do apelo à conversão da mensagem de Fátima como um “precioso estímulo” para a vivência mais autêntica e intensa destas atitudes, no tempo do Advento.

“Na mensagem de Fátima encontramos o insistente apelo à oração e, na vida dos santos Pastorinhos, encontramos o exemplo da especial atenção aos outros e às suas necessidades”, concluiu o presidente da celebração, exortando os peregrinos a “não ficarem indiferentes a este apelo à conversão” e a deixarem-se “incomodar pela voz profética de João Batista, procurando fazer deste tempo de Advento um efetivo momento de conversão para acolher o Senhor que vem, no coração e na vida”.

Neste dia 5 de dezembro, celebra-se o Dia Internacional do Voluntariado, instituído pelas Nações Unidas há 36 anos. Na prossecução da sua Missão de acolhimento aos peregrinos e difusão da mensagem de Fátima, o Santuário de Fátima conta a preciosa e indispensável ajuda dos seus mais de 300 voluntários, em especial neste tempo de pandemia.

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