14 de março, 2021

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“Haverá motivos para a alegria nestes tempos de pandemia, com os seus dramas e dores?”

No IV domingo da Quaresma, o domingo da alegria, o reitor do Santuário de Fátima exortou os peregrinos à reflexão do tempo presente

 

A Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, acolheu esta manhã a missa do IV domingo da Quaresma, o domingo da alegria, presidida pelo Pe. Carlos Cabecinhas, reitor do Santuário de Fátima.

Esta celebração aconteceu ainda sem a presença física de peregrinos, mas foi acompanhada por milhares de fiéis em todo mundo, através dos meios de comunicação social e digital. Recorde-se que o Santuário de Fátima vai retomar o seu programa oficial diário a partir de amanhã, com celebrações abertas aos peregrinos, mas mantendo em vigor as regras sanitárias.

A partir de amanhã, dia 15 de março, o Santuário retoma a sua atividade celebrativa garantindo diariamente seis missas - às 07h30, 09h00, 11h00, 15h00 e 18h30 - , na Basílica da Santíssima Trindade e a das 12h30 na Capelinha das Aparições e a oração do terço às 12h00, 18h30 e 21h30, também na Capelinha das Aparições. Ao fim-de-semana haverá ainda terço às 10h00. Regressa, igualmente, a oração de Vésperas ao domingo, às 17h30, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima.

Este IV Domingo da Quaresma, “exorta-nos à alegria”, considera o Pe. Carlos Cabecinhas, colocando várias questões à reflexão dos peregrinos: “haverá motivos para a alegria nestes tempos de pandemia, com os seus dramas e dores? Haverá motivos para a alegria quando vivemos situações de confinamento, de afastamento e isolamento, de solidão, de crise e de carência? Haverá motivos para a alegria num tempo penitencial – como é a Quaresma – e que nos convida à conversão?”.

“A Palavra de Deus assegura-nos que sim, que temos motivos para a alegria, pois somos convidados a alegrarmo-nos porque Deus nos ama com um amor sem limites, e esta é uma alegria que nada nem ninguém nos pode tirar”, assegurou o reitor.

O Evangelho deste dia recorda que “Deus nos ama tanto, que nos enviou Jesus Cristo para nos dar vida e salvação, e convida-nos a contemplar Cristo na cruz, para tomarmos consciência desse amor sem limites”.

É frequente imaginar Deus “como Alguém que nos exige isto e aquilo, alguém que torna pesada a nossa vida com as Suas exigências, normas e mandamentos, e por isso, temos sempre dificuldade em acolher a Sua revelação como Aquele que dá e que Se dá, que oferece e Se oferece a nós, que quer apenas salvar e não condenar”, explicou o sacerdote.

O Pe. Carlos Cabecinhas considera que há um convite à alegria, “mesmo no meio das dificuldades do momento presente, porque nos sabemos amados por Deus, que não quer senão o nosso bem e a nossa salvação; porque Deus não nos deixa sós nos momentos sombrios que temos que enfrentar”.

Por outro lado, “é quando tomamos consciência do amor com que Deus nos ama, que nos damos conta do quanto precisamos de conversão”.

“É a consciência do amor de Deus por nós que torna possível este caminho de conversão, a que a Quaresma nos desafia”, afirmou, lembrando ainda que neste caminho quaresmal, “talvez o que precise mais urgentemente de conversão seja a imagem que temos de Deus”.

“Somos amados por Deus, que levanta os fracos, fortalece os frágeis, vem ao nosso encontro nos momentos de desânimo para animar a nossa esperança e despertar em nós a confiança, este é o motivo para a nossa alegria, que ninguém nos pode tirar e que nem as tribulações do momento presente podem fazer desaparecer”, concluiu.

A 14 de março de 2020 era colocado em prática, no templo da Cova da Iria, um confinamento inédito na sua história quase centenária, devido à situação pandémica do novo coronavírus.

A decisão de suspender todas as celebrações litúrgicas com a presença física de peregrinos foi anunciada logo após as celebrações da Peregrinação de 13 de março de 2020, em conformidade com as orientações que emanavam da Conferência Episcopal Portuguesa. No mesmo dia, o Santuário de Fátima garantia a transmissão diária da Missa e da recitação do Rosário – que passavam a ser celebradas à porta fechada – através dos seus canais digitais, num esforço de mitigar o isolamento do confinamento, levando às pessoas o “conforto do colo materno que encontram na Cova da Iria”.

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HORÁRIOS

15 nov 2024

Missa, na Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima

  • 07h30
Missa

Rosário, na Capelinha das Aparições

  • 12h00
Terço
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