18 de novembro, 2010


A 14 de Novembro, o Grupo de Acólitos do Santuário de Fátima (GASF) comemorou 25 anos de existência. Fundado em 1985, o GASF é constituído actualmente por 37 acólitos, com idades entre os 10 anos e os 40 anos. As comemorações das bodas de prata constaram da participação na missa, às 11:00, seguida de um almoço festivo, na Casa de Nossa Senhora do Carmo. A festa continuou durante a tarde com uma sessão comemorativa, no Salão de Nossa Senhora do Carmo, com o canto dos parabéns e com a partilha do bolo de aniversário. Encerrou com a fotografia de grupo.
Cerca de cem pessoas participaram nas comemorações: os actuais acólitos do Santuário e os seus familiares, os antigos acólitos e os seus familiares directos, capelães e outras pessoas que têm acompanhado e ajudado os acólitos a melhor realizar o seu trabalho.
Na sessão comemorativa dos 25 anos do GASF esteve presente Mons. Luciano Guerra. Reitor do Santuário de Fátima entre 1973 e Setembro 2008, Mons. Guerra lembrou a criação do grupo. Depois, tomou da palavra o Padre Pinho, responsável pelo grupo durante alguns anos. Seguiram-se vários testemunhos de antigos e actuais acólitos e a projecção de fotografias que ilustram diversos momentos marcantes dos 25 anos de existência do grupo.
A sessão terminou com uma palavra do actual Reitor do Santuário, Padre Virgílio Antunes. Assim como na homilia com que se iniciou esta jornada, o Reitor sublinhou a importância do Grupo de Acólitos para o Santuário.
Na missa, no final da homilia, dirigindo-se directamente ao grupo, saudou-o com as seguintes palavras: “Caros amigos, acólitos actuais ou nestes últimos 25 anos! Pertencer a este grupo foi e é um sinal da bondade de Deus para cada um de vós. Fostes chamados a uma relação de maior  e mais próxima amizade com Ele, presente de um modo sacramental e real na Eucaristia, em que exerceis o vosso ministério. O mesmo Jesus que vos convidou, espera uma resposta decidida e alegre da vossa parte”.
“Procurai aproveitar bem a vossa juventude e vivei-a com entusiasmo e com ideais grandes; aprofundai a vossa fé e comprometei-vos a amar o Senhor com a vossa oração e a vossa a vida. Procurai dar sempre bom testemunho de Cristo junto dos vossos colegas e amigos, pois, sabendo que sois acólitos, eles esperam de vós palavras e atitudes condizentes”, exortou o Reitor, que rezou “que o Beato Francisco Marto, patrono dos acólitos portugueses vos proteja e interceda por vós junto de Deus.”
Recorda-se o passado, vive-se o presente e prepara-se o futuro do GASF, sempre com novos desafios. Para o director do SEPALI, o Padre Carlos Cabecinhas, é ponto assente que a grande aposta para este grupo de voluntários ao serviço de Nossa Senhora e do Santuário de Fátima passa pela formação. “Vamos tentar dar novo alento à formação, com um programa próprio”, referiu o sacerdote.
Ser acólito no Santuário de Fátima - Dois testemunhos
Dois dos actuais acólitos, dos mais velhos do grupo, recordam à Sala de Imprensa do Santuário o que significou a celebração deste aniversário dos 25 do GASF, e o que para eles significa ser acólito.
Domingo sem ir ao Santuário não é Domingo
César Vicente, de 37 anos, é acólito no Santuário há 23. “Desde muito cedo, comecei a participar nas missas de semana. Tínhamos uma escala, estava eu no Externato de São Domingos, e, dois a dois, íamos de ‘fugida’ da escola para o Santuário. Na altura, o grupo chamava-se os Meninos do Coro e usávamos um roquete branco sobre a batina vermelha. O Santuário tinha uns sapatos pretos no armário que eram para ser utilizados por aqueles que participavam na missa. Foi assim nestes convívios que fui crescendo. Mais tarde, foi criado o Grupo de Acólitos para as celebrações da Páscoa e dos domingos. Hoje em dia, se não for à missa ao Santuário, o domingo para mim não é domingo”, recorda.
Como momentos especiais ao serviço do Santuário de Fátima, César recorda dois em particular: a dedicação da Igreja da Santíssima Trindade, a 12 de Outubro de 2007, e a despedida de Mons. Luciano Guerra como reitor do Santuário, a 25 de Setembro de 2008.
“A dedicação da Igreja da Santíssima Trindade foi um marco na história de Fátima, um momento alto na história da Igreja em Portugal. Assim, na celebração nada pôde faltar, nada pôde passar sem ser calculado. Por isso, reuniões, ensaios e muita paciência foi o que tive de pedir aos acólitos para esta grande festa”, afirma.
E porquê a despedida de Mons. Guerra? “Porque foi uma das pessoas que me marcou, pela sua frontalidade, inteligência e capacidade de contagiar todos que o rodeiam para a realização dos seus projectos. Participava nas actividades recreativas do grupo, mesmo a jogar à bola, aos saltos e noutras brincadeiras. Isto impressionava todos os jovens acólitos. Foi sempre um grande defensor deste grupo. Ensinou-me muito e eu nunca esquecerei a sua despedida, que comoveu todos os presentes, voltado para Nossa Senhora, na Capelinha das Aparições. Foi marcante e nessa altura senti que algo se ia desligar. Aproveito para lhe dizer um grande obrigado pelo seu trabalho”.
Também em jeito de agradecimento ao Santuário pela comemoração do aniversário dos 25 anos do GASF, o César destacou o momento como “uma festa muito bonita, simples e alegre”, uma ocasião “de reencontro entre todos aqueles que passaram pelo grupo”.
Ser acólito no Santuário é privilégio e uma responsabilidade
Luís Ferreira, de 39 anos e também natural de Fátima, é acólito no Santuário de Fátima há 25 anos, mas, tal como o César, já ajudava à missa desde os 6/7 anos de idade, nos Meninos do Coro.
Para este jovem ser acólito “é um dom e um ministério da Igreja; é uma forma de participação activa que deve contribuir para a solenidade e dignidade das celebrações; é uma demonstração de amor e devoção a Jesus Eucaristia; é um caminho para melhor saborear a liturgia. Sê-lo no Santuário de Fátima é um privilégio e uma responsabilidade”.
Também Luís Ferreira guarda alguns momentos especiais do seu serviço neste santuário: “Naturalmente que guardo com especial carinho a recordação das celebrações presididas por João Paulo II e Bento XVI, e em particular a profundidade do olhar de João Paulo II”.
Como em tudo nesta vida, há sempre também uma história mais caricata a recordar: “A título de curiosidade, recordo também um momento, ainda do primeiro ano de acólito: ao apresentar o turíbulo ao presidente da celebração - Mons. Luciano Guerra -, algumas brasas caíram na carpete, que começou a queimar-se; recordo a forma desembaraçada com que Monsenhor deu um pontapé nas brasas, de forma a afastá-las dali”.
O Luís destaca o momento da comemoração dos 25 anos do GASF como “de partilha, de (re)encontro e de recordações”.
“Foi o assinalar de um caminho percorrido e o lançamento de desafios para o futuro, como os propostos pelo Reitor P. Virgílio Antunes: «aprofundai a vossa fé e comprometei-vos a amar o Senhor com a vossa oração e a vossa a vida. Procurai dar sempre bom testemunho de Cristo junto dos vossos colegas e amigos, pois, sabendo que sois acólitos, eles esperam de vós palavras e atitudes condizentes»”, recorda este acólito. 
LeopolDina Simões
Grupo de Acólitos do Santuário de Fátima: ../gasf/ 

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