07 de dezembro, 2010
A Academia Portuguesa da História distinguiu Marco Daniel Duarte, responsável pela secção Arte e Património e pelo Museu do Santuário de Fátima, com o Prémio Prof. Doutor Joaquim Veríssimo Serrão, instituído naquela academia pela Fundação Eng. António de Almeida.
Em declarações à Sala de Imprensa do Santuário de Fátima, Marco Daniel Duarte, de 33 anos de idade, fala da alegria com que recebeu o anúncio de que era vencedor. “Recebi a notícia com grande júbilo, sem dúvida. Fiquei surpreendido pelo facto de a obra ter sido distinguida com tão importante prémio. Não conheço os restantes trabalhos a concurso, mas estou seguro de que são de grande valia, pois assim é o timbre dos membros da Academia. Por outro lado, pareceu-me importante que uma obra sobre história local tivesse sido distinguida, pois, muitas vezes, mesmo na comunidade científica, existe um preconceito relativamente a este tipo de trabalho que é, de facto, de uma exigência muito grande”, afirma.
O concurso aos prémios da Academia é realizado através de uma obra de investigação histórica que tenha sido publicada no ano anterior.
“O trabalho premiado trata-se de um estudo monográfico sobre a história do concelho de Tábua, desde os primeiros indícios de ocupação humana naquela região até aos inícios do século XXI, sem descuidar os testemunhos artísticos e a identidade histórica daquela região, perscrutável através da memória colectiva vinculada a importantes figuras que ali nasceram ou desenvolveram a sua acção. O trabalho, com a chancela da Câmara Municipal de Tábua, foi editado com o título «Tábua: história, arte e memória» ”. Em 2009, Marco Daniel Duarte concluiu esta investigação sobre o concelho de Tábua, realizada, durante cerca de três anos, a pedido daquela autarquia e no contexto de um Centro de Investigação ao qual pertence como colaborador, o Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra. O prémio ser-lhe-á entregue na sessão extraordinária da Academia Portuguesa da História, no dia 8 de Dezembro, dia em que a Academia completa 290 anos, por se considerar herdeira da Academia Real da Historia Portugueza, fundada por D. João V, em 1720, por conseguinte, a mais antiga academia científica de Portugal. Encarado como um estímulo pessoal à investigação, este prémio é para Marco Daniel Duarte uma honra que significa também grande responsabilidade. “Se por uma parte me sinto muito honrado, esta distinção traz-me também grande responsabilidade, sobretudo pelo patrono do prémio ser um dos mais insignes historiadores de Portugal. Procurarei continuar a honrar esta distinção. Encaro-a como um estímulo a prosseguir na investigação histórica e como um lembrete de que, ainda que a investigação seja uma tarefa árdua, merece o esforço, sobretudo quando se coloca ao serviço da Comunidade que não pode alhear-se da sua consciência histórica e artística. Marco Daniel Duarte é natural da Covilhã, cidade onde estudou até ingressar no ensino superior, em Coimbra, onde se licenciou em História, variante de História da Arte, pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, à qual se encontra ligado como doutorando desde 2001. Entre outras agremiações científicas e culturais, pertence à Academia Portuguesa da História, desde Fevereiro de 2007. É funcionário do Santuário de Fátima desde Janeiro de 2008, data em que integrou o Serviço de Estudos e Difusão, como responsável do Museu do Santuário, ao mesmo tempo que se constituía a secção de Arte e Património. Em relação e este seu trabalho em Fátima, Marco Daniel Duarte refere que “muito me apaixona pelo contributo que pretende dar em ordem ao ambiente estético que o Santuário tem proposto aos seus peregrinos”. LeopolDina Simões, Sala de Imprensa |