19 de maio, 2008

Cada um dos Pastorinhos de Fátima tem a sua fisionomia espiritual. A Jacinta é a apóstola dos pecadores; Francisco, o consolador de Jesus e a Lúcia, a privilegiada do Coração de Maria. Escreve esta última, referindo-se aos dois primos:
«Enquanto a Jacinta parecia preocupada com o único pensamento de converter os pecadores e livrar as almas do inferno, ele parecia só pensar em consolar Nosso Senhor e Nossa Senhora, que lhe tinha parecido estarem tão tristes». As palavras proferidas pelo Anjo na sua terceira aparição «Consolai o vosso Deus», impressionaram o pastorinho e marcaram para sempre a sua vida. Oiçamos o que ele disse à Lúcia:  «Gosto mais de consolar Nosso Senhor. Não reparaste como Nossa Senhora, ainda no último mês (Outubro), se pôs tão triste quando disse que não ofendessem mais a Nosso Senhor, que já está tão ofendido? Eu queria consolar a Nosso Senhor e depois converter os pecadores, para que não O ofendessem mais».
 A Jacinta perguntava-lhe:
 – Não tens pena dos pecadores?
 – Tenho, mas tenho ainda mais pena de Nosso Senhor. Queria primeiro consolá Lo».
Quando Lúcia, receando enganos do demónio, resolve não voltar à Cova da Iria, o Francisco anima-a com estes delicados pensamentos: «Mas que tristeza! Deus está tão triste com tantos pecados e agora, se tu não vais, fica ainda mais triste!».
Nas duas primeiras aparições, Nossa Senhora fez incidir sobre o peito dos Pastorinhos, uma luz muito intensa, pela qual se viram em Deus.
O Francisco comentava depois: «Nós estávamos a arder naquela luz que é Deus e não nos queimávamos... Mas que pena Ele estar tão triste! Se eu O pudesse consolar!...».
Para desagravar a Nosso Senhor, acrescentava o sacrifício à oração. Por vezes ouviam-no exclamar: «Mas que pena Deus estar tão triste! Se eu O pudesse consolar! Ele ainda estará tão triste? Eu ofereço-Lhe todos os sacrifícios que posso arranjar».
Na doença pergunta-lhe Lúcia: «– Francisco, sentes-te mal?
 – Sinto, mas sofro para consolar a Nosso Senhor!».
 Na véspera de morrer, segreda à Lúcia: «– Olha, estou muito mal. Já me falta pouco para ir para o Céu.
 – Então não te esqueças de lá pedir muito pelos pecadores, pelo Santo Padre, por mim e pela Jacinta.
 – Sim, eu peço, mas essas coisas pede-as antes à Jacinta, que eu tenho medo de me esquecer quando vir a Nosso Senhor e depois antes O quero consolar».
E na manhã do dia 4 de Abril de 1919, primeira sexta-feira do mês, o vidente Francisco partiu para o Céu, nos braços da Mãe Celeste, para consolar Nosso Senhor.
No jardim das Oliveiras, antes da sua Paixão e Morte, mostrou Jesus a sua tristeza e pediu aos apóstolos que O acompanhassem na sua agonia. Como eles não fizeram caso, veio do Céu um Anjo a confortá-lo.
O Francisco escutou o pedido de Jesus. Quis ser o seu Anjo consolador. Para isso oferecia as suas orações, sacrifícios e demoradas visitas ao Santíssimo Sacramento.
Padre Fernando Leite, sj
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