03 de agosto, 2021
“Fazer voluntariado no Santuário de Fátima, é ter contacto direto com várias experiências de fé, que nos tocam, e que nos enriquecem”, considera o Pe. Carlos CabecinhasVoluntários rezaram na Capelinha das Aparições pelas vítimas da Pandemia por Covid-19
A pandemia que que o mundo enfrenta desde dezembro de 2019, obrigou o Santuário de Fátima a redefinir o Plano de voluntariado. Esta tarde, cerca de 106 dos 368 voluntários do Santuário de Fátima, tiveram um reencontro, no dia em que habitualmente se realizaria o tradicional passeio, mas que este ano ainda não foi possível levar a cabo. Este momento começou com um momento celebrativo na Capelinha das Aparições, onde os voluntários e demais peregrinos ali presentes rezaram o terço, conforme o pedido ali deixado por Nossa Senhora. “É com alegria que hoje aqui nos reunimos para rezar em conjunto como comunidade orante”, disse o Pe. Carlos Cabecinhas, convidando à oração “pelo fim da pandemia e sua vítimas”. “A oração é força na fragilidade e na oração descobrimos o imenso amor de Deus por nós”, lembrou, explicando ainda que as atuais circunstâncias “levaram a afastamento físico e a uma diminuição do número de atividades desenvolvidas no Santuário de Fátima”, afirmou o reitor do Santuário de Fátima. O programa teve continuidade no Centro Pastoral de Paulo VI, onde o Pe. Carlos Cabecinhas recordou que o afastamento impossibilitou a participação na sua missão durante longos meses, mas agora “é uma alegria poder haver este reencontro depois destes tempos tão longos com tantas limitações, em que praticamente não foi possível fazer encontros com voluntários”. Este já era habitualmente um dia de encontro, “mas noutros moldes, pois era o dia em que se realizava o tradicional passeio de voluntários e a expectativa é que no próximo ano, já estejamos novamente reunidos neste dia, mas num passeio, de convívio que é também importante para todos nós”. “Tivemos saudades vossas, e é agora importante acreditar que vamos poder retomar a nossa atividade habitual, com todos os cuidados”, salvaguardou o sacerdote que dirigiu ainda uma palavra de “profunda gratidão pelo vosso serviço, compreensão nestes tempos tão diferentes e difíceis”. O responsável pelo Santuário de Fátima, quis “agradecer o testemunho, com a consciência de quem sabe que o Santuário não poderia cumprir a sua missão como cumpre sem o vosso serviço”. O Santuário conta desde início com muitas pessoas, “que de forma voluntária procuraram dar o seu contributo, nomeadamente no acolhimento dos peregrinos, bem como nos vários serviços em que era necessário assegurar”. Foram ainda evocadas a Associação de Servitas de Nossa Senhora, o Corpo Nacional de Escuteiros e ainda a Fundação Nuno Alvares, que “também dão um importante contributo ao serviço dos peregrinos”. “Cada um a seu modo sois rosto para os nossos peregrinos, muitas vezes são o primeiro contacto, e mesmo nos serviços mais escondidos, permitis que a voz do Santuário chegue mais longe e a nossa gratidão é também por tudo isso”, reiterou, explicando ainda que “ser rosto do Santuário é igualmente uma responsabilidade grande”. O Pe. Carlos Cabecinhas concluiu a sua reflexão considerando ainda que o serviço voluntário no Santuário de Fátima permite “ter contacto direto com várias experiências de fé, que nos tocam, que nos enriquecem”. O encontro, terminou com uma reflexão do Pe. José Nuno Silva, Capelão do Santuário de Fátima, que apresentou o tema pastoral que o Santuário está a viver “Louvai o Senhor, que levanta os fracos”. “Fátima é um lugar onde o Senhor levanta os fracos e o vosso lugar neste lugar, é fundamental, e nas circunstâncias que estamos a viver isto torna-se particularmente importante porque ao fim de décadas do Homem a autoiludir-se acerca da sua fragilidade, e desde dezembro de 2019 teve início este processo que veio relembrar isto”, disse o sacerdote. A pandemia da Covid-19 obrigou o Santuário de Fátima a redefinir o Plano de voluntariado, centrando-o na resposta às necessidades emergentes como o acolhimento e a monitorização das regras de segurança sanitária nos diferentes espaços da Cova da Iria, dos celebrativos aos museológicos. As tarefas de voluntariado estão distribuídas por 17 grupos: apoio à comunicação social, apoio aos serviço, acolhimento no serviço de Informações, acolhimento na Capela da Reconciliação, apoio à música litúrgica, acólitos, Coro do Santuário de Fátima, leitores nas celebrações, Ministros Extraordinários da Comunhão, Schola Cantorum, apoio à expedição das publicações, apoio nos retiros de doentes, apoio aos peregrinos a pé, acolhimento no Posto de Socorros, acolhimento no Museu do Santuário de Fátima, acolhimento nas celebrações, apoio à ornamentação dos espaços. |