10 de julho, 2022

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Fátima reza pelos “bombeiros, populações e todos os agentes incansáveis” que combatem os incêndios

O padre Carlos Cabecinhas presidiu à Missa dominical no Recinto que contou com a participação, entre outros, de 12 grupos organizados, três dos quais provenientes de Espanha e Reino Unido

 

O reitor do Santuário de Fátima pediu hoje aos peregrinos presentes na Missa Internacional no recinto de Oração da Cova da Iria, que rezem pelo fim dos incêndios e sobretudo por todos aqueles que “de forma incansável” lutam contra os incêndios que lavram em todo o país.

“Hoje temos especialmente presentes todos aqueles que estão envolvidos no combate aos incêndios- os bombeiros, as populações e todos os agentes que lutam entre as chamas de forma incansável”, disse o padre Carlos Cabecinhas mencionando de forma particular o incêndio que lavra desde quinta-feira no concelho de Ourém, mas também todos os outros que atravessam o país.

“Rezemos por todos os que são afectados por esta tragédia” disse o reitor.

“Nestes dias de muito calor, não posso deixar de reiterar os apelos das autoridades para que tenhamos todos o maior cuidado, por causa dos incêndios” alertou ainda sublinhando que “a prevenção do flagelo dos incêndios também depende de cada um de nós e dos cuidados que cada um possa ter”.

“Este é um modo concreto de amarmos o próximo, de nos fazermos próximos dos outros” afirmou o padre Carlos Cabecinhas relacionando a Palavra de Deus proclamada este domingo, que nos fala do caminho para a vida plena, assente no amor a Deus e ao próximo, contada a partir da parábola do Bom Samaritano.

“A compaixão faz mudar completamente a perspetiva com que olhamos a vida porque nos descentra de nós e centra-nos nos outros” afirmou sublinhando que “é a compaixão que nos faz perceber quem são aqueles de quem somos chamados a ser próximos. A compaixão é outro modo de dizer amor: concretiza o que significa amar os outros como a nós próprios”.

O reitor lembrou, de resto, que a atitude do Samaritano contrasta com a do Levita e com a do sacerdote, ambos cumpridores rigorosos das normas e das leis, mas “com um coração longe de Deus”.

“Este pode ser o drama das nossas vidas: encontramos sempre bons motivos – até religiosos – para fecharmos os olhos ao sofrimento dos outros” constatou.

“Os Santos Francisco e Jacinta dão-nos o exemplo desta compaixão, que os leva a fazerem-se próximos dos que precisavam da sua ajuda: os mais pobres, com quem partilhavam o pouco que tinham; as pessoas que lhes vinham confiar os seus problemas e dramas e pedir a sua oração; os que estavam longe de Deus e por quem rezavam e se sacrificavam; os que os maltratavam e a quem, apesar disso, queriam bem; os familiares – o pai, a mãe e os irmãos... De todos procuraram ser próximos e ajudar naquilo que estava ao seu alcance” recordou.

“Façamo-nos próximos de quem necessite de nós e do nosso auxílio, seja amigo ou inimigo, conhecido ou desconhecido; façamo-nos próximos de qualquer irmão ou irmã caídos nos caminhos da vida, que necessitem, para se levantar, da nossa ajuda e do nosso amor. Façamo-nos próximos dos refugiados – nomeadamente ucranianos – que chegam e dos imigrantes, que entre nós procuram meios para uma vida digna” afirmou o reitor do Santuário de Fátima.

“Não fiquemos indiferentes diante do sofrimento dos outros! É este o sentido deste vai e faz o mesmo” que Jesus diz ao doutor da Lei, concluiu.

Apesar do calor intenso que se faz sentir na Cova da Iria foram milhares os peregrinos que participaram nesta Missa dominical, com particular destaque para 9 grupos portugueses e três estrangeiros- dois de Espanha e um do Reino Unido- que se fizeram anunciar nos serviços do santuário. Entre os portugueses estava um grupo de doentes da diocese de Viana do Castelo.

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