12 de julho, 2018
Fátima favorece a experiência comunitária da Igreja, diz D. António Augusto AzevedoBispo auxiliar do Porto preside à peregrinação de julho, e alerta para a existência dos que “semeiam palavras de divisão e gestos de ódio” e condicionam a liberdade e a justiça
O bispo auxiliar do Porto, D. António Azevedo, que preside à peregrinação Internacional Aniversária de julho, no Santuário de Fátima, afirmou esta noite que em Fátima vive-se uma verdadeira “experiência” de igreja, marcada pela misericórdia. “Neste santuário experimentamos a riqueza de sermos povo de Deus e a força de sermos Igreja verdadeiramente católica” disse o prelado auxiliar do Porto durante a homilia da missa da vigília concelebrada, entre outros, pelo novo cardeal português, D. António Marto. “Junto de Maria sentimos como é importante vencer as tentações dos particularismos de indivíduos ou grupos, de superar focos de divisão e de nos congregarmos da unidade” acrescentou desafiando os peregrinos a dar graças por este dom de Fátima, “um grande sinal de Deus para a Igreja e para o mundo”. “Damos graças pelo bem que a partir de Fátima se tem multiplicado em muitas vidas, em famílias, grupos e comunidades cristãs; pela paz que desde Fátima tem chegado a muitos corações”, afirmou ainda. Fátima é um “lugar de verdade” sublinhou, por outro lado, D. António Augusto Azevedo porque é um lugar que potencia uma abertura “à verdade de Deus”. “A peregrinação que cada um faz para Fátima é um caminhar progressivo na verdade. Mas o percurso espiritual que deve continuar depois de partirmos deste santuário é também um caminho de peregrinos mais conscientes da verdade da sua missão de cristãos e de protagonistas da história do nosso tempo”, disse. D. António Augusto Azevedo sublinhou o sentimento de “privação”, “carência” e “vazio” que o homem sente quando se afasta de Deus e apontou a necessidade de “líderes sábios e competentes, capazes de congregar os povos e as instituições na busca do bem comum, no respeito pela liberdade e dignidade da pessoa”. “Não podemos andar distraídos diante dos que semeiam palavras de divisão e gestos de ódio e dos que querem condicionar a liberdade e a justiça” alertou o prelado que pediu aos peregrinos para escutarem os profetas” e “aprenderem com a simplicidade” dos pequeninos, como foi o exemplo dos pastorinhos. A terminar a homilia o prelado deixou, ainda, uma palavra para os jovens para que abram o coração “à misericórdia de Deus”. A peregrinação de julho assinala a terceira aparição de Nossa Senhora aos pastorinhos. Nela estão inscritos 36 grupos, provenientes de 18 países: Alemanha, Bélgica, Brasil, Costa do Marfim, Eslováquia, Espanha, Estados Unidos, França, Gabão, Holanda, Hungria, Irlanda, Israel, Itália, Malta, Reino Unido, Polónia e Portugal. Amanhã, o Rosário será recitado às 9h00, seguido da Missa Internacional Aniversária. Todas estas celebrações podem ser seguidas em www.fatima.pt |