11 de setembro, 2016

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Fátima “é uma escola de verdade porque nos defende das fábulas, nos ensina a encarar a realidade e o coração de Deus”

Cardeal D. José Saraiva Martins preside à missa de encerramento do 24ºCongresso Mariológico Mariano Internacional

 

O enviado do Papa ao 24º Congresso Mariológico Mariano Internacional, que hoje termina na Cova da Iria com a celebração da Eucaristia dominical no Recinto de oração, afirmou que Fátima “é uma escola de verdade porque nos defende das fábulas, nos ensina a encarar a realidade e o coração de Deus, com os olhos da fé, nas várias aparições”.

Perante a “perda do sentido dos valores e desorientação das consciências, Nossa Senhora apresenta princípios não negociáveis dos quais se deve partir para uma correta convivência civil e cristã: a vida, a família, o matrimónio, a união entre um homem e uma mulher,  a caridade concreta e a dignidade pessoal” precisou D. José Saraiva Martins denunciando a “silenciosa apostasia da fé” que está a “desvirtuar” o modelo cristão europeu.

Durante a homilia da missa de encerramento do 24º Congresso Mariológico Mariano Internacional, promovido pela Pontíficia Academia Mariana Internacional, em colaboração com o Santuário de Fátima e as várias academias marianas dos diversos cantos do mundo, o cardeal português sublinhou a atualidade da mensagem de Fátima quer do ponto de vista das circunstâncias que o mundo atravessa quer naquele que deve ser o caminho para as ultrapassar.

“Ela (Nossa Senhora) quando apareceu previu as contradições da nossa época e não foi por acaso que apareceu no início de um século marcado por duas guerras, ideologias materialistas e ateias” disse o prefeito emérito da Congregação das Causas dos Santos sublinhado que “esta sombra continua”.

“Até ao presente continua a apostasia da fé que, progressivamente comprometeu e contagiou a europa cristã que sempre ofereceu ao mundo uma cultura rica em humanidade, criativa e respeitadora do homem e hoje parece cada vez mais incapaz de o fazer”, referiu o cardeal. Por isso, prosseguiu, “é a luz desta apostasia da fé e da necessidade de a superar quanto antes, para bem do homem de hoje, que têm de ser aprofundadas as aparições da Branca Senhora na Cova da Iria”.

“À silenciosa apostasia da fé, a Virgem propõe a fé em cristo crucificado” ensinando-nos “a caminhar bem sobre a terra para que na nossa caminhada brilhe o céu”.

O enviado do Papa ao Congresso, “que com grande competência” desenvolveu este trabalho de estudo, reflexão e difusão da mensagem deixada em Fátima por Nossa Senhora, referiu-se ainda à importância do exemplo legado pelos pastorinhos, perante “a indiferença do mundo” e a “sua dedicação e compromisso a Deus”.

Tiveram  “um papel fundamental estas três crianças” disse D. José Saraiva Martins destacando o papel de Francisco- “rezar a Jesus escondido para contentar a Deus”-, de Jacinta- “que sofria pelos pecados e pelo desejo de conversão dos pecadores” e de Lúcia- “que viveu perto de cem anos mas conservou sempre os olhos da menina de Aljustrel que soube guardar o tesouro da graça que Nossa Senhora lhe deixou”.

“Fátima fala de famílias simples, modestas mas dignas e capazes de serem solidárias com os próximos; fala-nos da experiência de crianças bafejadas com a sorte de uma graça imprevista e mostra-nos com que seriedade aqueles corações acolheram os pedidos do céu”, concluiu.

A Eucaristia dominical, concelebrada pelo bispo de Leiria-Fátima e pelos responsáveis pela promoção e organização do Congresso, encerrou o 24º Congresso Mariológico Mariano Internacional que decorreu desde segunda feira no Centro Pastoral de Paulo VI, centrado no fenómeno e na mensagem de Fátima.

Para o reitor do Santuário de Fátima, tratou-se de um momento de grande importância que permitiu "refletir sobre o que foi Fátima ao longo de 100 anos e aquilo que é hoje e o que se prevê que seja no futuro".

A reflexão produzida ajuda a "perceber" que esta é uma mensagem atual, que tem como elemento fundamental a "paz" e que continua a ser "de uma premência incrível".

A mensagem de Fátima centra-se "na sensibilidade e na atenção aos outros e às suas necessidades", notou, recordando a constante chamada de atenção do papa Francisco para "a necessidade de combater a ditadura da indiferença".

 

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