21 de junho, 2017

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Fátima é um “modelo de transparência na avaliação crítica de si mesma” refere o professor João Duque

Congresso Internacional do Centenário arrancou hoje em Fátima, no Centro Pastoral de Paulo VI

 

O presidente da Comissão Organizadora do Congresso Internacional Pensar Fátima afirmou esta manhã que Fátima é, entre os Santuários mais significativos do mundo, o que “mais seriamente se tem dedicado ao estudo de si mesmo” e por isso “tem contribuído para o desenvolvimento de uma leitura científica multidisciplinar importante” para a compreensão deste acontecimento.

“Há muitos elementos do que vai acontecendo em Fátima que ainda precisam de investigação mas temos de reconhecer que Fátima é um modelo de transparência na avaliação crítica de si mesma” e este congresso “é o corolário deste trabalho”, disse o Professor João Duque na sessão de abertura do Congresso do Centenário, que começou hoje e se prolonga até ao próximo sábado, procurando apresentar e debater várias leituras e análises do evento de Fátima.

O presidente da Comissão Organizadora do Congresso lembra que ele “não caíu do Céu” assumindo-se antes como “o desfecho natural de um processo longo de investigação e análise crítica” e por isso não “deve ser um ponto final” mas o “ponto de partida para novas abordagens”.

“Fátima dará sempre mais do que pensar do que o pensado e o dito possam formular” acrescentou o responsável que dirige este congresso promovido pelo Santuário de Fátima, em colaboração com a Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa.

Para o reitor do Santuário de Fátima este congresso insere-se na linha do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelo Santuário no sentido de promover o interesse pelo estudo científico de Fátima e permitirá não só fazer o balanço do que já foi feito, como aprofundar as várias dimensões do evento de Fátima e abrirá perspetivas novas de estudo.

“Este congresso pretende sublinhar, por isso, a convicção de que a celebração deste jubileu é uma oportunidade para aprofundar o conhecimento do acontecimento e da mensagem de Fátima”, concluiu o Pe. Carlos Cabecinhas, lembrando que este é um trabalho que se iniciou na década de 50 com a criação do arquivo de Fátima e depois com a reestruturação do Serviço de Estudos e Difusão do Santuário na década de 70.

O bispo de Leiria-Fátima, que deixou também uma palavra na abertura dos trabalhos, apresentou “Fátima em caleidoscópio” referindo-se a este lugar como um espaço “multifacetado e plural desde a sua génese”.

“Desde sempre que verificamos aqui a disparidade entre a fragilidade das testemunhas do acontecimento e o sentido profundo da história que ele revela”, naquele que é “o maior acontecimento religioso da primeira metade do século XX”.

D. António Marto sublinhou, uma vez mais, que  a “explosão violenta e escandalosa do sobrenatural” (que aconteceu há cem anos) “não deve ofuscar que é através do olhar simples de três crianças que nos é dado a conhecer esta história”.

Por isso, “a humildade da infância é em Fátima a interlocutora da grande história ao dizer-lhe que é sempre acariciada pela presença de Deus”.

Referindo-se ao congresso propriamente dito o bispo de Leiria-Fátima lembrou que a igreja “tem muito a acolher deste exercício de reflexão multidisciplinar”.

O Congresso Internacional Pensar Fátima, inserido no âmbito das celebrações do Centenário das Aparições, como o corolário de um conjunto de simpósios e conferências que decorreram ao longo dos últimos sete anos na Cova da Iria, prolonga-se até sábado.

Neste congresso vão ser estudadas várias das dimensões de Fátima, em perspetiva interdisciplinar: Teologia, Sociologia, Psicologia, Cultura, História, Arte.

As intervenções vão dividir-se em conferências plenárias, conferências temáticas e comunicações autopropostas por investigadores; todas as intervenções matinais do congresso são seguidas de 30 minutos de diálogo com o público.

O Santuário de Fátima e a Faculdade de Teologia, da Universidade Católica Portuguesa, convidaram o presidente do Conselho Pontifício da Cultura da Santa Sé para a conferência final, no dia 24 de junho. O cardeal italiano Gianfranco Ravasi vai apresentar o tema ‘Fátima como promessa’ no encerramento do congresso internacional ‘Pensar Fátima’, no Centro Pastoral Paulo VI, seguida de um momento de diálogo.

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