28 de fevereiro, 2013
Esta manhã, no dia da resignação do Papa Bento XVI ao ministério petrino, celebrou-se no Santuário de Fátima uma Eucaristia de ação de graças a Deus pela vida, pelo ministério e pelo pontificado deste Papa. “Queremos agradecer a Deus o seu magistério pontifício, com tudo o que nos trouxe e ensinou. Aqui, em Fátima, queremos também agradecer o carinho especial que dedicou a este Santuário e a especial atenção que deu à mensagem de Fátima”, afirmou o Reitor do Santuário de Fátima na homilia da celebração, realizada na Basílica de Nossa Senhora do Rosário, local onde estão tumulados os videntes e onde o Papa Bento XVI rezou em silêncio no dia 13 de maio de 2010. Na mesma homilia, o padre Carlos Cabecinhas destacou a importância do mistério papal e concretamente deste pontificado: “o Papa continua na Igreja o ministério de Pedro, como sinal visível da unidade da Igreja, como aquele que preside na caridade à comunhão das Igrejas. A sua missão é um verdadeiro ‘ministério’, isto é, um serviço. E Bento XVI, que serviu a Igreja, assumindo esta missão, serve agora a Igreja, deixando-a”. “O gesto surpreendente de renúncia”, afirmou o sacerdote, “foi sobretudo um gesto animado pelo seu inquestionável amor à Igreja”. Para o reitor, foi por amor à Igreja, que Bento XVI “aceitou assumir o peso e a responsabilidade inerentes à missão como Papa” e, pelo mesmo amor, “decidiu resignar por sentir não ter já forças para continuar a exercer essa missão”. Concretamente sobre a ligação de Bento XVI e deste pontificado que hoje termina à história e à mensagem de Fátima, o Reitor destacou algumas das palavras proferidas por Bento XVI sobre Fátima, entre outras, as da visita ad Limina dos bispos portugueses, em que o Papa se referiu a Fátima “escola de fé com a Virgem Maria por Mestra” (novembro de 2007), e as que proferiu na sua peregrinação à Cova da Iria em 2010, em que se referiu a Fátima como “cenáculo de fé”. “As citações e as referências podiam multiplicar-se. Estas, porém, bastam para deixar bem vincada a importância que o Papa Bento XVI atribuiu a Fátima e o dever de gratidão que sentimos”, disse. Em declarações anteriores aos jornalistas, o Reitor recordou também que a própria interpretação teológica do Segredo de Fátima foi feita pelo Cardeal Ratzinger, enquanto prefeito da Congregação para a Congregação da Doutrina da Fé. (A mensagem de Fátima) De uma forma conclusiva, no final da homilia, o padre Carlos Cabecinhas destacou a importância deste dia, e dos que se seguem com a escolha do novo sucessor de Pedro, para a Igreja: “Este momento, na vida da Igreja, é momento de gratidão e confiança: gratidão pelo grande dom que Bento XVI é para a Igreja e para o nosso mundo; e confiança na promessa de Jesus Cristo, segundo a qual as forças do mal não prevalecerão, e confiança no Espírito de Deus que continuamente conduz a Igreja”. LeopolDina Simões OBRIGADO, BENTO XVI Ave Maria com o Papa Bento XVI, em Fátima |